Andrea Rapoport – Porto Alegre/RS

No dia 17 de dezembro de 2006 eu estava em casa, sozinha, para assistir ao jogo INTER e BARCELONA. Recuperando-me de uma cirurgia eu assisti o primeiro jogo na casa dos meus pais, mas fui recriminada por ficar histérica a cada lance. Sendo assim, decidi que iria assistir sozinha na minha casa. O Nolci, na época meu namorado, estava em Yokohama e eu queria muito que o Inter ganhasse, não somente por ser colorada, mas acima de tudo porque eu sabia o quanto iria significar na vida do Nolci, um torcedor apaixonado que me ensinou a viver cada jogo, cada história do Inter com tanta emoção que nunca imaginei que sentiria como torcedora. Na véspera do jogo falamos ao telefone e, receosa com uma possível derrota, pedi a ele que me prometesse que não voltaria deprimido para o Brasil no caso de uma derrota. Mas ele estava confiante na vitória. O jogo foi um sufoco, cada minuto parecia que não passava. Quando o Gabiru entrou no jogo tive certeza que o Nolci estaria furioso lá do outro lado do mundo, era tudo o que ele não queria. Xinguei, fiquei uma pilha de nervos. Quando saiu o gol eu não acreditei, comecei a chorar e a gritar pela janela, meu amor, seremos campeões.

Com  o apito final peguei o telefone e liguei para o celular do Nolci, que obviamente estava desligado, mas naquele momento eu tinha que deixar um recado regado a lágrimas e uma emoção que eu não queria deixar passar. Eu queria ter estado lá, mas estive de coração e alma.

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