Raio X

Alguns exemplares de cerveja, pasteizinhos, e lá estava eu em frente do televisor para assistir ao INTER x Inter. TV COM para prestigiar o pessoal da casa (?), eventualmente ligava o rádio para bater o áudio com o visual que estava tendo, além de conferir as opiniões com a minha observação. Não deu, desisti. Narrador e especialmente o comentarista (???), viam outro jogo, diferente daquele que eu estava assistindo.  Fui para a Sportv encontrei na narração e comentários, coerência e um certo equilíbrio, com elogios e algumas “chineladas” merecidas.

Mas vamos ao jogo. Lá na cozinha, nosso Muriel andou tendo intervenções equivocadas e infelizes, com o eu o vi jogando todo o campeonato sub 23 fico com aquela impressão (muito boa) e prefiro acreditar que foi só um mal sucedido. Mas sem paternalismo, o Agenor tá doidinho pra entrar. Nossos laterais foram assim: Cleber muito bem e Mineiro oscilante, entre um escorregão que permitiu a marcação do gol do Inter SM e o apoio com certa qualidade que lhe permitiu a feitura do quarto gol, mas esse lugar é do Massari. A dupla de zaga sem comprometer apresentou um Rodrigo Moledo promissor, vale observar. O Meio campo mostrou um volante sóbrio que simplifica as jogadas e raramente compromete o setor defensivo. Falo de Juliano, volante de perna esquerda que mesmo sendo um muito bom marcador raramente erra passes ou comete faltas, bem secundado por Augusto cuja maior virtude é a movimentação. Quanto ao Tiago Humberto, demonstrou muito boa técnica, especialmente na feitura do gol. Bater na bola do jeito que bateu é para raros. A maior prova de sua muito boa atuação é que quando saiu o time perdeu grande parte do controle de bola que vinha desenvolvendo até então. Marquinhos teve lampejos do Marquinhos que conhecemos. Aproximou-se um pouco do que pode. Esse da pra cobrar porque tem mais pra dar. Sua atuação de ontem foi muito acima do que vinha produzindo, mas ainda está abaixo do que pode. Guto deixou a desejar. Foi “pifado” duas vezes e não aconteceu. Goleador tem que ser assim: de duas guarda pelo menos uma.

Deixei propositalmente o Ricardo por último para registrar que esse pertence a um seleto grupo de chutadores de meia distância. Ao longo do tempo o Inter teve Miranda , nos anos 60, Jair o príncipe Jajá nos anos 70, Edu nos anos 90 e mais recentemente Alex nos anos 2000 entre outros que a memória não me traz agora, todos eméritos chutadores de meia distância. Isso é raríssimo. O Jovem meia atacante tem sido o que mais arremata ao gol adversário. Não é por outro motivo que está entre os goleadores do campeonato recém iniciado. Já dizia seu Alvarino lá em Viamão “Sem chutar não se faz gol”.

Taí gostei, to animado.

Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO