Prezados Colorado(a)s,
Infelizmente este comentário está sendo escrito ainda sob forte indignação devido à eliminação precoce (quartas-de-final) na Taça Piratini, ou seja, primeiro turno do Gauchão 2011 nos pênaltis para o Cruzeiro de Porto Alegre (ou será Cachoeirinha?). Por isso peço desculpas antecipadas por “pegar um pouco pesado” no meu desabafo… Embora não perdemos nenhum (no tempo regulamentar) dos três jogos que disputamos na semana passada (3 x 2 no Pelotas e 1 x 1 com o Emelec, do Equador, e com o Cruzeiro-RS) , nós, torcedores colorados espalhados por esse mundo afora fomos vítimas novamente de algumas trapalhadas que vivem sendo repetidas pelos nossos dirigentes e jogadores ao longo dos anos:
Palhaçada número 1: Até quando o nosso time vai continuar a levar gols após os 40 minutos do segundo tempo? Puxa é brincadeira, há quase duas semanas atrás sofremos o segundo gol do Veranópolis aos 48 minutos do segundo tempo e, na última quarta-feira, sofremos o gol de empate do Emelec, do Equador, aos 49 minutos também do segundo tempo! Isso vem ocorrendo, sistematicamente, já há vários anos! Eu lembro que durante o Brasileirão de 2003 ou 2004 isso ocorreu com tanta frequência que enviei um “email” para o cronista Guerrinha da RBS para colocar em discussão este aspecto negativo do nosso time. Naquela época fomos apelidados de “ressucitador de mortos” pois bastava um time que estava mal na tabela de classificação jogar contra a gente para voltar a ganhar pois tinha-se quase certeza que faria um gol contra a gente nos instantes finais do jogo… Será que ninguém da direção e/ou comissão técnica fala sobre isso? Puxa, no Gauchão 2007 (quando o nosso treinador era o Abel Braga) fomos desclassificados pelo mesmo Veranópolis após sofrer um gol nos acréscimos! Pode parecer que eu estou exagerando mas tenho convicção que se todos os jogos que disputamos nos últimos dez anos, forem anulados os gols que sofremos após os 40 minutos do primeiro e segundo tempos, teríamos conquistados no mínimo uns três campeonatos… O que me deixa mais indignado como torcedor apaixonado que sou é que o time mantém a mesma postura de jogo durante toda a partida. Isso está errado! O time tem que ter muito mais atenção e determinação após os 40 minutos do segundo tempo pois se sofrer um gol durante esse tempo a probabilidade de desfazer essa desvantagem é quase nula, se comparada com a probabilidade de desfazer um resultado adverso caso sofra um gol com bastante antecedência. Esse problema sério vem se repetindo tanto ao longo dos anos que, confesso, fiquei bastante tempo pensando como resolver, ou pelo menos diminuir consideravelmente a incidência de gols sofridos nos últimos cinco minutos regulamentares e/ou nos acréscimos de jogo. A minha sugestão é: atenção Conselheiros do Sport Club Internacional que frequentam a Arquibancada Colorada, favor sugerir isso na reunião do Conselho Deliberativo: toda vez que o time sofrer um gol após os 40 minutos do segundo tempo, todos os jogadores que participaram da partida terão os seus vencimentos descontados em 10% ao final do mes vigente a não ser que consigam desfazer a desvantagem até o término da partida! Talvez sentindo no bolso, prestem mais atenção durante os minutos finais dos jogos!
Palhaçada número 2: Até quando vamos ficar insistindo em jogar com Inter A, B ou C? Eu já havia comentado anteriormente (conforme publicado mes passado) que os jogadores titulares devem jogar sempre quando tiverem plenas condições físicas. Evidente que às vezes é interessante preservar um, dois ou três jogadores em virtude de um jogo, mas mais do que isso não, pois o time fica muito instável tecnicamente. Tudo bem, eu entendo perfeitamente que todos os jogadores que participaram da partida contra o Emelec, do Equador, na quarta-feira não poderiam ter participado da partida contra o Cruzeiro-RS no sábado pois chegaram em Porto Alegre somente na sexta-feira. Mas que pelo menos colocassem os reservas para jogar! Teve um torcedor colorado entrevistado na rádio Gaúcha AM após o jogo que fez um comentário muito interessante: o Renan, Andrezinho, Alecssandro, etc estariam treinando no sábado e/ou domingo. Puxa, não seria mais interessante que fossem escalados para jogar essa partida decisiva pelo Gauchão 2011 ao invés de ficarem treinando no Beira-Rio? Espero que os nossos dirigentes desistam dessa idéia rídicula de Inter A, B ou C, caso contrário irei sugerir a categoria de sócio-colorado A, B ou C, ou seja, sócio-colorado A paga mensalidade todos os meses (mesmo que o time esteja em férias), o sócio-colorado B paga mensalidade somente em meses de Libertadores e Brasileirão e o sócio-colorado C paga mensalidade somente durante o Gauchão 😉
Palhaçada número 3: Mais uma vez fomos prejudicados na tabela do Gauchão 2011 (ano passado foi a mesma coisa…)! Devido à inércia dos nossos dirigentes e do presidente da FGF, Francisco “Pôncio Pilatos” Novelletto Neto, não pudemos utilizar o time titular contra o Cruzeiro-RS. Aí eu pergunto: qual é o problema de termos dois jogos em Porto Alegre no domingo pelas quartas-de-final do campeonato estadual? É tão difícil fazer um planejamento de logística e segurança para dois jogos no mesmo dia? Eu confesso que não sei qual foi o público total dos jogos da dupla Gre–Nal nesse último fim de semana, mas tenho certeza que não deve ter passado de 60 mil torcedores. Ora, é tão difícil assim administrar um público total não superior a 60 mil torcedores em dois estádios no mesmo dia? Se estavam tão preocupados assim com a segurança e a logística porque não marcaram os dois jogos para domingo em horários diferentes (um começando às 16h00 e o outro às 19h30min, por exemplo)? Até parece que existe uma lei dizendo que quando há alguma partida ou “show” musical no Beira-Rio não se pode utilizar o Olímpico e vice-versa!
Buenas, vou ficando por aqui porque ainda estou muito indignado com a repetição dos mesmos erros citados acima!
Saudações Coloradas daqui da Terra do Sol Nascente.
Wilson Pardi Junior – Numazu/Japão
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão
PS. Foi somente durante a jornada esportiva da partida entre Internacional-RS 1 x 1 Cruzeiro-RS que fiquei sabendo do falecimento (ocorrido na última quarta-feira, 17 de fevereiro) do jornalista e torcedor colorado apaixonado Sérgio Jockymann! Provavelmente o(a)s Colorado(a)s mais jovens nunca ouviram falar dele, mas eu, já na “casa dos cinquenta”, lembro com muita saudade dos “duelos verbais” que ele tinha com o Paulo Santanna no Jornal do Almoço da TV Gaúcha. Eu, apenas um garoto recém começando a torcer pelo Sport Club Internacional adorava ir para a frente da TV, na segunda-feira principalmente, e ver ele tirar o maior sarro do jornalista gremista! Fica aqui os meus pêsames para a família dele e também um agradecimento por ter sido um dos responsáveis na minha escolha clubística. Descanse em paz, amigo Colorado!
Prezada Débora Silveira (e Evandro Milani),
Obrigado por todo o suporte na publicação dos meus artigos e comentários. Gostei muito da foto do palhaço ilustrando este artigo. Ficou muito bom!
Um grande abraço a todos vocês,
Wilson Pardi Junior
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão
Estamos aí para ajudar, estamos sempre às ordens! Obrigada a você tb por nos trazer opiniões tão claras e reflexivas.
Grande abraço
Prezado Aureo Villagra,
Muito bem lembrado! Sim, eu também me lembro desse fato pois estava na casa dos meus avós (já falecidos) em Novo Hamburgo. Eu ainda me lembro vendo o jogo contra o Cruzeiro-MG no domingo à tarde na casa deles e correndo e pulando no pátio de felicidades quando o Figueroa fez aquele gol histórico 🙂
Isso é uma coisa que sinto muita falta aqui no Japão, ou seja, sair na rua e comemorar com outros torcedores colorados. Tenho que me contentar em “socar a parede” ou pular dentro de casa (a minha esposa, japonesa, acha que sou maluco 🙂 quando fazemos gols importantes…
Saudações coloradas,
Wilson Pardi Junior
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão
Alô você, Paulo Melo! 🙂
Obrigado pelo teu comentário acima bem detalhado.
Legal que pudeste encontrar o Sérgio Jockymann algumas vezes.
Quanto ao Inter A, B e C foi bom saber que o nosso atual vice-presidente de futebol agil rápido! Eu não ouvi toda a entrevista dele no domingo somente algumas partes e gostei muito quando ele disse (mais ou menos) “insistir no erro é burrice (ou teimosia)”. Isso mostra sinal de humildade, fico aliviado com isso.
Gostei muita da tua observação sobre providências elementares tipo “malandragem” e “experiência”. Vamos ver se as coisas melhoram daqui pra frente embora eu ainda acho que “doendo no bolso” teria um efeito mais rápido e promissor 🙂
Um grande abraço,
Wilson Pardi Junior
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão
DÁ-LHE WILSÃO, CACETADA CHE….
Grande Wilson, vamos torcer juntos que as mudanças realizadas surjam efeito o quando antes. Estou sempre do lado do Inter, pro que der e vier! 😉
Rumo ao TRI hj a noite!
Abraço
Wilson
Lembra quando o Inter foi campeão brasileiro pela primeira vez? O Sergio Jockmann no outro dia ficou todo o espaço dele na tv apenas rindo, sem dizer uma palavra! Bons tempos….
Aureo
Alô voce, Wilson!
Começemos pelo último parágrafo. Dia 17 quando escrevi meu texto e escutava a RD Gaúcha, ouvi a notícia do falecimento do extraordinário Sérgio Jockymann, às 00,30hs e comentei ao final de meu post. Faço coro as tuas palavras em tudo que dissestes e acrescento que nauela época em algumas vezes pude dar parabéns a ele pelos embates com o P Santana. (Lá no seu reduto de confraternização- A Cia de Sanduiches na G. Vargas, no Menino Deus). Quanto aos A,B,C e outros que tais já não existem mais pela ação do VP R.Sigma. Estamos todos esperando que os bons resultados venham. É preciso seguir agindo. Há muito o que fazer.
Com referência aos gols sofridos nos finais de jogos, também concordo contigo, nada melhor que essa expressão: sofridos. Mas depois de lamentar há que se tomar providências, algumas até elementares. Mas o pessoal tem que ser orientado que anti-jogo também é do jogo. Quando a técnica não for suficiente que se aplique a “malandragem”, se use a “experiência”, mas não se pode aceitar que esse fato ocorra repetidas vezes. Lá em Viamão, o seu Alvarino mandava furar a bola, se fosse o caso.