Ventos otimistas sopraram no Beira-Rio

Inter x Botafogo. Uma rivalidade familiar. Meu pai, botafoguense desde pequeno, já contava vitória. Pensei: “Dentro do Beira-Rio? Dificilmente“.

Técnico novo. Guiñazú e D’Alessandro de volta. Problema resolvido com Andrezinho. Torcida animanda. Do alto, a bandeira Colorada tremulava, anunciando as boas novas.

Um bom início de jogo. Enfim, o adorado e mais sensato esquema: o 4-4-2. Pressão Colorada durante os 20 minutos iniciais. Cruzamentos visavam Damião e Jô. O Inter chegava e o Botafogo esperava. Tanto esperou, que decidiu atacar, e depois desses 20 minutos, deu mais Botafogo que Inter. D’Alessandro, maestro, do lado direito junto de Nei, criando, trocando bons passes. Andrezinho meio sumido. Guiñazu mostrando toda sua disposição de sempre: um verdadeiro monstro no meio campo. Muriel eficiente que só. Uma cabeçada forte de Jô foi o mais perto que o Inter chegou do gol.

d
Maestro do meio campo colorado

Zé Mário tinha a difícil tarefa de substituir Kléber. Tarefa que o guri tirou de letra. Não deixava uma bola para trás, foi eficiente e preciso no ataque e na defesa. Mas, havia um pouco de desentrosamento entre ele e D’Alessandro. Ora! Todos sabem da jogada impreterível do Inter: D’Alessandro com a bola, Kléber passa e recebe, cruza para Damião marcar.

No 2º tempo, D’Ale ensinou a Zé Mário como se faz: Recebeu a bola. Parou. Pediu para Zé Mário passar. O guri passou e recebeu. Cruzou. Jô raspou. Damião comemorou. E foi exatamente assim que o Colorado venceu: jogando junto, e com calma. Damião, o maior artilheiro do país, honrou mais uma vez a camisa que veste.

Dorival começou de pé direito. Fez boas substituições, e concordei com todas. Bolívar ainda é o grande problema do time. Ele fez por onde perder toda a confiança que tínhamos nele. Moledo foi muito bem. Elton foi discreto, mas foi competente. Ainda prefiro Bolatti ao lado de Guiñazú, mas veremos aos poucos, qual será o verdadeiro time titular do Inter sob o comando de Dorival Jr.

Noite otimista, vitória e mais 3 pontos. Zoações com meu querido pai depois da partida. Não conto vitória antes do tempo como ele tem o costume de fazer. Espero D’alessandro pegar na bola e Damião marcar um gol. Aí sim, tá tudo certo!

Jéssica Loures – Barbacena/MINAS GERAIS
Inter, dos pés à cabeça, da mente ao coração.

4 thoughts on “Ventos otimistas sopraram no Beira-Rio

  1. Jéssica, duas perguntas… com um pai botafoguense, como vocês conseguem assistir ao jogos juntos? E com um pai botafoguense, como é que você foi virar Colorada? 🙂

    Abraço

    1. É uma grande questão não é? Bom, meu pai assiste com o coração na mão né? Mas, a gente sempre assiste juntos e sem problemas. Ele fala pouco, porque sabe que vou retrucar. É engraçado.

      Virei colorada por causa do meu irmão. Ele já é desde pequeno, nunca ligou pra cruzeiro, atlético e até mesmo o Botafogo. Foi pela paixão, e eu, idem.

      Abraço

  2. Que esses ventos soprem o Jô para bem longe do time titular. E mais, parabéns ao Dorival por ter modificado o time ofensivamente nos seus dois primeiros jogos…

  3. Caramba a história dela é um pouco parecida com a minha, sou colorado desde 2010, um pouco antes do titulo da libertadores contra o chivas, e desde lá acompanho o inter assistindo a todos os jogos, acessando o site, tenho camisa oficial, tenho bandeira, copo, caneca e um monte de outras coisas do internacional, sou natural de guarulhos-sp porém moro no paraná a uns 17 anos, na minha cidade tem poucos colorados, mas eu to sempre ai, com a camisa na rua e falando do meu amor pelo internacional, é isso ai, vamo vamo inter, conquistando mais pessoas por todo o Brasil, pois o colorado merece, ser o maior e melhor sempre!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.