A notícia chegou e a entristeceu toda a torcida Colorada. Não vi Escurinho jogar, mas conheço suas histórias de decidir jogos difíceis, de calar o adversários no minuto final e por ter sido um dos protagonistas daquele memorável gol contra o Atlético MG, no Brasileiro de 1976.
O ídolo parte agora, para encantar anjos com suas jogadas, cantar suas música e festejar lá em cima da mesma forma que sempre fez aqui em baixo. Quis o destino que esses seus últimos anos fossem mais sofridos, difíceis, mas nem por isso o fez tirar do rosto aquele sorriso de estar sempre feliz com a vida. Driblou as dificuldades que o destino colocou a sua frente, mas jamais desistiu ou achou que a partida estava perdida, sempre lutou até o último minuto.
Escurinho fez parte da nossa Arquibancada com a mesma simplicidade e humildade de quem fez parte de um dos maiores times da história do futebol nacional e nunca perdeu a classe. Suas jogadas, seus passes, seus dribles, seus gol agora só serão lembrados pelos vídeos e na memória daqueles que o viram jogar. Aos que não o assistiram em campo, aprendeão com a história quem fez uma torcida toda baixar a cabeça quando viu que ia entrar em campo, pois a vitória, a virada, era questão de tempo até aquele de nome escuro, iluminar de alegria a nação Colorada.
Enfim, descanse em paz ídolo eterno, agradecemos pelos feitos realizados, pelas jogadas desconcertantes e pelos gols marcados. Você parte desta espera, mas a sua história será eterna, marcada em meio às conquistas Coloradas das glórias inesquecíveis. O nosso muito obrigado e descanse em paz!
Débora Silveira – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
INTER, para sempre eu vou te amar! ,
E um dia o Dom Elias Figueroa confessou: “O único jogador que me ganha de cabeça é o Escurinho, ainda bem que é no treino”. (ainda bem que jogavam no mesmo time).
Débora:
O bonito texto que escreveste e uma das belas homenagens a esta lenda do futebol que permanecerá viva em nossos corações. Ídolo é eterno e não me esqueço de um Gre-Nal no Olímpico que a gente perdia, que eu escutava o jogo no rádio, já era segundo tempo e o nosso técnico chamou o Escurinho para entrar. Quando ele ía entrar, o repórter da rádio perguntou o que o seu Minelli pediu para ele fazer e o Escurinho respondeu: “Oras! Fazer o gol de empate.” O réporter riu e gozou dizendo que até parece fácil e o que aconteceu? Ele fez o gol do empate e depois fomos Campeões Gaúchos no Beira-Rio. Até hoje o repórter da rádio em que ele é atual chefe da equipe da emissora comenta o fato. Esse era Escurinho e é a esse homem que eu agradeço as felicidades que ele me deu, quando eu era guri.
Cláudio R. Vidal
Escurinho. Paixão colorada. Vai decidir jogos impossiveis no céu….
Não sei bem o que comentar. Tudo já foi dito sobre o Escuro, nosso Escurinho.Foi dito agora, quando as homenagens se multiplicam, como sempre acontece. Mas sei o quanto o carinho dos colorados anonimos, aqueles que estiveram nas arquibancadas do gigante para ve-lo jogar, lhe animava e amenizava o sofrimento. O Escuro representa muito na minha historia, pois fez parte de uma decada onde tudo, pra mim transcorreu da melhor forma possivel.E ele ajudou nosso INTER a trilhar o mesmo caminho de sucesso. Sempre foi dele que falei quando me perguntavam qual jogador me encantava. Talvez por ser aquele negro , esguio, lindo que voava….talvez por ser preciso como naquela tabela de cabeça, cujo gol foi marcado pelo Falcão, talvez por ser ele a encarnação do colorado guerreiro. Heleno, tambem chorei quando soube pelo Melo, da ultima noticia do nosso símbolo. Mas chorei aquele choro tranquilo sabe. Estou triste. Mas é mais um lá em cima pra buzinar no ouvido do velho patrão, coisas boas para o colorado!
Não tive a oportunidade de acompanhar a carreira do Escurinho. Meu pai, que agora está batendo um papo com o Escurinho, contava das memoráveis participações decisivas deste grande jogador. Grande homem também, pois acompanhamos a batalha contra sua doença. Vai em paz Escurinho e muito obrigado pelo que fizeste pelo nosso INTER! À família um abraço forte dos COLORADOS de Lajeado/RS.
Alô você Débora!
Diz o poeta que tudo que tem começo um dia tem que ter fim, mas nós somos egoístas e não convivemos muito bem com isso. O Escurinho sofreu muito e todos nós que acompanhamos de certa forma sofremos um pouco ante a nossa impotência. No afã de minimizar seu sofrimento, agradecemos a ele em uma homenagem prestada pelo BAC em junho de 2010, a dedicação e o coloradismo que sempre teve. Seu amor pelo Inter era tamanho que ele compôs o Hino do Centenário do Inter, lamentavelmente não teve o reconhecimento que deveria. Sentimos-nos orgulhos de ter tido o Sr Luiz Carlos Machado entre nós de tê-lo como colorado e de termos podido olhar nos seus olhos naquele junho de 2010 e ter agradecido. Muito Obrigado Escuro, o jogo acabou, vá com Deus!
Oi Débora,
Com lágrimas nos olhos li teu comentário. Já sabia da notícia.
Pois eu tive a graça e felicidade de ver o melhor nº 12 (*) da história do INTER jogar.
Quantos jogos ele decidiu! Lá pelos 30, 40′ do 2º tempo, o jogo esta encardido e o Técnico Minelli chamava o “Salvador”. Entrava e decidia.
Grandes lances (inclusive do gol anexado), grandes gols, grandes memórias.
Saudades!
Obrigado Escurinho por tudo que nos proporcionaste!
(*) O nº 12, aquele jogador que é titular e reserva ao mesmo tempo, eis que está no banco, mas participa de todos os jogos.