Este ano confirmou-se uma estranha sensação que pendura desde alguns momentos de meados de 2012. Uma sensação de falta de identidade com aquilo que amo acima de muita coisa. Alteraram o cenário da paixão do torcedor – não me identifico com aquilo que vejo no gramado: os jogadores não parecem me representar, o vermelho da camisa nem está mais tão vibrante, o comodismo que se instalou alterou drasticamente a visão de um colorado – aquilo que vejo não é o que eu realmente amo.
É completamente diferente apoiar o time nos momentos ruins quando eles merecem esse apoio. Isso é ser o real torcedor. No nosso caso, o time, a direção, o clube inteiro não merece nossa atenção. Luigi e seus comandados tranformaram o Inter em algo que nenhum torcedor consegue admirar. O que restou de tudo isso é a nossa devoção para com este escudo que só não amamos mais que nossa família e amigos. O Inter está irreconhecível.
Há dias atrás, assistindo a mais um jogo, parei e pensei no motivo real que me fazia estar ali presenciando mais um desastre daquilo que eu desconheço como “meu time”. Cheguei à conclusão de que o escudo que eles carregam é o que me mantem conectada com todos eles – acredito ser a única coisa. Chegamos em um patamar onde o torcedor não acredita naquilo que vê, mas permanece ali porque é o torcedor apaixonado. Mas não sejam cegos, devemos ser mais que meros torcedores (sejam eles de arquibancada ou de sofá – como eu que moro a quilômetros de distância).
Será que o torcedor entende o poder que possui? Será que nos momentos ruins devemos apenas apoiar para que o time não se desmotive por completo? Onde está a voz uníssona dos mais de 100.000 sócios? Por que nós não somos unidos o suficiente para cobrar uma mudança drástica no clube? Será realmente preciso um rebaixamento para tranformar o Inter naquilo que ele jamais deveria ter deixado de ser, aquilo que nós realmente amamos e nos identificamos?
Sempre levaremos conosco nossa camisa vermelha, é o que nos torna iguais. Mas e nossas atitudes? Vejo torcedores que estão de lados totalmente opostos sobre a atual situação do Internacional como clube. Como isso é possível se tratando de poucos pontos até chegarmos à zona da degola? A situação alarmante do colorado é extremamente explícita, só não enxerga quem não quer enxergar!
Não entendam apenas de futebol quando é a hora do jogo meus caros, entendam do futebol quando ele está fora das quatro linhas. É disso que muitos torcedores precisam. Alguns reclamam dos torcedores de sofá (como eu, sempre discutindo), mas quando está nas arquibancadas apenas sai de sua boca gritos de apoio incondicional que neste momento deveriam ser de manifestação. Vaias são sinônimo de insatisfação temporária – não são propriamente características de uma manifestação ou de um protesto.
Torcedor colorado, manifestar pelo bem do clube não é um erro. Não vejam o modo agir de forma negativa, você tem o poder, só precisa reconhecer isso. Infelizmente, eu não admiro nem um pouco aquilo que vi o ano inteiro – dói no meu coração dizer que isso não foi o que eu realmente aprendi a amar.
Permaneço aqui, implorando por mudanças, torcendo – para este time que não representa nenhum de nós – não ser rebaixado. O que nós amamos e amaremos por todo o sempre é o escudo – ele sim tem história e carrega nossa paixão. Pena que aqueles que levam o escudo no peito não percebem o quão importante, especial e único ele é.
Oportuna, irreparável, sem nenhum reparo e nada a a acrescentar, a manifestação da verdadeira Colorada no seu Irreconhecível. Aliás, todo o legítimo colorado deve concordar em gerarão, numero e grau. Como colaboração deve se aduzir as causas, como se não bastasse a passividade da direção e as vistas grossas do Conselho Deliberativo,o omissão e não pó incapacidade o que e mais grave. A situação mais deplorável e a curral em que a direção transformou o Inter basta atentar para a vitaliciedade em que foi transformado o cargo do gerente de futebol Chumbinho agraciado por sua incompetência com seu retorno ao Clube, onde se dispensa a Dunga e se beneficia e o que de per. si basta para a avaliação . Isso já tenho dito na Arquibancada Colorada. O que temos que fazer e protestar pacificamente com cartazes e suspendendo a recepção antecipada as festividades de reinaguracao do Beira Rio que será um fracasso com essa Direção que privilegia seus interesses particulares em detrimento do Inter (SIC).
Jéssica,
Daí das Alterosas soubeste colorar em teu coração o escudo colorado. Ótima escolha. Afinal, é o Clube que mais títulos oficiais ganhou no presente século dentro do futebol brasileiro (por altos,18 ao todo).
Gostei das tuas colocações e muito embora essa Direção faça tudo para entortar o nosso INTER, a fantástica torcida que temos, não deixa. Ainda bem!
Tenho certeza que, com a reinauguração do Beira-Rio, novas forças e vibrações irão acontecer.
SC
Pois é, Jéssica, também fico com o sentimento de que este time não representa o meu Inter.
Nestas horas tenho saudades do Portão 8.
Enfrentei muitas noites de frio na sua frente, berrando queremos time.
Agora, parece que nossa voz calou-se.
Infelizmente, não poderíamos estar encerrando esta temporada fugindo do z4.
Acho que a direção está entrando com 90% da culpa.
Este discurso de que jogaríamos fora de casa toda a temporada acomodou time e torcida.
Agora, quero sangue.
E depois, quando passar este pesadelo, alguém vai ter de ir para o sacrifício.
Acho que o Luiggi vai ter de pagar este pato.
Não merecíamos isso.
Saudações
Jéssica, realmente você está coberta de razão. “O que nós amamos e amaremos por todo o sempre é o escudo – ele sim tem história e carrega nossa paixão. Pena que aqueles que levam o escudo no peito não percebem o quão importante, especial e único ele é.” Percebo que junto, de forma muito educada, colocas quem hoje dirige nosso Internacional. É triste terminar assim o ano e tem horas que penso ser melhor calar e ficar remoendo por dentro essa “raiva”, pois podemos cometer injustiças. Quem viu último jogo também gostaria de que o atual treinador tivesse feito a alteração clamada pela torcida, era jogo para quem sabe chutar de longe e o Forlan deveria ter entrado. O Willians quando questionou não ter havido a terceira substituição estava certíssimo e merece elogios e não críticas. Concordo contigo, haja o que houver, o nosso Internacional precisa uma “lavagem cerebral” de “cabo a rabo”, e de forma que, quem dirige ou jogue, entenda, de uma vez por todas, que para representar esse clube, de uma história maravilhosa, é preciso ter dignidade, competência e responsabilidade na luta por novas conquistas e ter sempre em mente que representam os sonhos de uma torcida inigualável.
Restam apenas dois jogos para o término do Brasileirão. E estamos em uma posição vergonhosa na tabela, Jéssica. O curioso é que esse INTER do Brasileirão não é muito pior do que algumas equipes que lutam na parte de cima da tabela, não pelo título, que esse o Cruzeiro já papou, mas para fazer parte do G4, que dá vaga na LA 2014. Por que o time não deslanchou então? Na minha opinião, a principal causa foi ter apostado em Dunga, que somente treinou a Seleção Brasileira, tendo à sua disposição OS MELHORES EM TODOS OS SETORES DO CAMPO. A Direção largou tudo nas mãos de Dunga, ou ele exigiu isso, tanto faz. De todo modo, não dá certo. Além do mais, Diretores de futebol inexperientes se aventuraram a comandar o futebol colorado. Não é assim que se faz. O Clemer já encontrou o vestiário formado e deu alguma contribuição trazendo os guris da base para ajudar. João afonso foi muito bem, acho que Valdivia merecia mais oportunidades. Penso que iremos continuar 100% Primeira Divisão, mas que o susto sirva para sacudir o INTER, desde as categorias de base até o seu Presidente, mudando tudo para melhor em 2014. SC
Alô você Jéssica!
O tema bordado é sem dúvida muito interessante. Sigo com a convicção de que tudo uma questão da aplicação da “MALDITA POLITICA brasiliana” que se instalou la na Pe Cacique. Um vice-presidente de futebol não é escolhido por seu talento mas sim porque é do “partido” um correligionário ou companheiro de partido que tenha capacidade de angariar votos será o o diretor de …não interessa mas será diretor, mesmo que o “partido de oposição” tenha um talentoso conhecedor do cargo em questão. E o Inter? O Inter é apenas um detalhe. O “partido” estando no poder, é o que interessa. SC
Jéssica, tenho insistido que não acredito em mudanças significativas e para melhor com esta atual direção. E sei que dizer isso não agrada a muitos colorados e coloradas. Mas tudo o que estamos vendo em campo e no teu relato decorre de uma postura conformista e acomodada do nosso Presidente e de seus companheiros de chapa eleita e de boa parte do Conselho Deliberativo. Falo isso com absoluta tranquilidade pois não pertenço e não devo favores a nenhum grupo político instalado dentro do nosso Clube. Se vocês ouvirem as manifestações dos dirigentes que em tese estão ligados ao futebol certamente perceberão o surrealismo de seus conceitos de futebol. Sabem e já identificaram os problemas, tanto em 2012 como agora em 2013. Sabem e não agiram em tempo. E estão prometendo que em 2014 as coisas serão diferentes. Em que bases eles podem afirmar isso? E o Presidente então? Nem podemos comentar seus conceitos em vista de sua omissão em prestar contas ao torcedor sobre o momento delicado que estamos novamente vivendo. Não vejo sinceramente um ambiente promissor de mudanças para 2014. Vamos ter que enfrentar de novo os mesmos discursos vazios de que temos um ótimo grupo, uma excelente base, que com duas ou três reposições ou acréscimos iremos disputar com capacidade os campeonatos que virão pela frente. Já sabemos também que o Beira Rio não será nosso até a metade do ano. Logo, boa parte das desculpas já estão garantidas. Continuamos ainda tendo que suportar jogadores displicentes como Rafael Moura, Airton, Cleber, Fabrício, Gabriel, Forlán, entre outros, como alternativas desse suposto grupo de qualidade alardeado pela direção. Infelizmente, estamos no lugar adequado da tabela e o temor de cada colorado(a) responsável pode ser ainda pior se as mudanças preconizadas não ocorrerem. Mas as mudanças não vem por desejo, por fé, por paixão e por ação sobrenatural. Mais do que nunca o currículo é que recomenda ou não recomenda o resultado do trabalho. SC.