Inicio essa postagem afirmando que não consigo me empolgar com as atuações de nosso Internacional, pois estão muito abaixo das minhas expectativas e do “discurso vendido” de todos esses últimos anos. É um time descaracterizado, de desempenhos oscilantes, um grande comando técnico que parece atordoado, sem saber o que é melhor fazer, com jogadores se apresentando muito abaixo das qualidades que possuem, atuando em posições diferentes de suas características, sem convencer e muito abaixo do esperado pela nossa torcida. Quero ser Campeão Brasileiro e de toda competição que nosso clube participar, pois não é mais possível aceitar esse faz de conta que esse ano vai, no ano que vem vai e nunca chegamos ao prometido e que só desagrada a toda (ou maioria) da torcida Colorada.
Penso, almejo continuar minha vida, até meus últimos dias, como torcedor de um grande clube, com uma linda história, de “feitos relevantes” e vendo quem dirige ou veste o Manto Colorado assumindo suas responsabilidades, respeitando e dando o máximo de si para satisfazer os sonhos de nossa inigualável torcida. Sem desvalorizar ou não reconhecer o que de bom já foi feito, o nosso Internacional é muito maior do que é hoje. Está muito longe da sua verdadeira trajetória e precisa urgentemente uma mudança radical de postura, procurando ser além de responsável, mais ousado na busca de conquistas para manutenção de um passado de glórias. Nenhum de nós quer viver do passado, entendemos que nem sempre poderemos sair vencedores, mas não aceitamos a mediocridade e a convivência com derrotas e fracasso como parte de nossa história.
Não sei, posso estar errado e por essa razão fiquei um pouco de fora das minhas postagens, pois não gosto da crítica por crítica. Acredito que a crítica deve ser sempre construtiva e sempre vir antes de uma sugestão de melhoria. Não adianta ficar só criticando sem propor soluções.
Quanto à aceitação de críticas nada mais adequado e consistente do que a vinda da massa crítica formada pela opinião da maioria da torcida Colorada. Não pertenço a nenhuma corrente política no Internacional, pois me considero apenas um simples torcedor que ama esse clube. Já sofro bastante por viver longe do Beira Rio, pois vocês não imaginam quanto é difícil viver fisicamente longe de Porto Alegre e da massa Colorada, mas nada me entristece mais do que quando percebo (ou ainda não percebi) uma só vez, a atual direção mostrar bom senso, ouvir e aceitar (ou ao menos pensar sobre) a voz que emana dessa maioria esmagadora. Ninguém é mais dono do nosso Internacional que a torcida Colorada e ninguém gosta mais do Internacional que essa torcida. A nossa torcida não busca nada em troca, a não se alegrias e “afogar” e arranjar desculpas para as tristezas quando elas surgem, mas tem sofrido muito mais do que o necessário.
Nesse momento, sem querer atingir ninguém especificamente, gostaria que aquele que por ventura se enxergar no texto, por favor, reflita sobre o que escrevo.
Nada como o fracasso para trazer à luz do sol alguns dos defeitos mais desagradáveis que o ser humano esconde. De fato, é quando as coisas não resultam no esperado que fica mais fácil separar o bom do mau e repensar posicionamentos.
Personalidades construídas com material de primeira qualidade sabem que o fracasso, em si, não é fatal; é apenas o resultado de erros de julgamento de todos os dias, e, portanto, deve ser enfrentado com reflexão, com entendimento que a melhor saída é fazer mudanças, adquirir mais conhecimento, ouvir mais gente e assim por diante. O fracasso pode ser um pecado mortal quando o seu autor não admite que fracassou, ou nega que tenha havido realmente um fracasso, ou, pior que tudo, põe a culpa do fracasso nos outros. Seu mandamento principal é “Não fui eu”. São pessoas fáceis de encontrar em todas as áreas.
Essas pessoas dariam um enorme passo se deixassem entrar em suas próprias cabeças a ideia de que o fracasso é apenas um fato, e não um julgamento moral.
Ninguém se torna um ser humano melhor porque acerta, ou pior porque erra. O que vale é enfrentar o fracasso lutando pelo sucesso.
Não é hora de desistir de nada, mas mudanças precisam ser feitas e são urgentes, pois, caso contrário, será mais um ano de frustrações inexplicáveis para alguns, mas de origens muito claras para a grande maioria da torcida colorada.
Quero ser feliz, como sempre fui, como Patrão único no Rio Grande do Sul, Campeão Brasileiro, Campeão Sul Americano, Campeão da Libertadores da América e Campeão do Mundo e me mantendo torcedor apaixonado por um clube que honra o futebol do Rio Grande do Sul e do Brasil e o Povo Gaúcho.
Belíssima postagem.
Zanini, obrigado pelo teu comentário, mas entendo que o mérito está em retratar, de maneira sincera, a expressão verdadeira de um simples torcedor, que penso ser o da maioria dos torcedores Colorados.
Alô Pauperio!
Me fascina ler ,escutar irmãos colorados residentes não fisicamente em Porto Alegre. Já morei longe do Beira-Rio muito tempo e na primeira oportunidade que foram 3 anos o sofrimento era grande. Naquela época não tinha internet e a transmissão radiofônica era das cavernas. No final dos anos 90 mais uma vez mais três anos me separaram da Av Pe Cacique, desta vez um pouco menos dolorido pois já tínhamos a internet embora embrionária era possível acessar as informações com mais agilidade. Por isso tudo sei bem avaliar o sentimento dos colorados pertencentes a esse universo. Minha especialíssima saudação pra ti e se me permitires estenderei aos demais colorados espalhados por esse mundão.
Coloradamente,
Melo
Melo, é dessa paixão única que une a Massa Colorada que me refiro, pois é um amor de despreendimento tamanho, franco, aberto, impagável, desinteresseiro e espontâneo, que só outro Colorado entende. Tem momentos que penso que determinadas pessoas que falam pelo nosso clube estão fora de sintonia com os anseios e sonhos dessa massa torcedora inigualável e, por mais que tentem, não estão à altura da responsabilidade de merecer e preservar esse amor. Pela primeira vez escevo escrevo que penso que é chegada a hora de uma mudança geral, de forma que seja possível modernizar e arejar a cabeça de nosso clube. Temos que ter dirigentes com visão de presente, passado e futuro e que pensem em manter no mínimo a continuidade dessa história maravilhosa de nosso Internacional. Não é troca de seis por meia dúzia, é gente nova (nova mesmo, chega de mesmice) e disposta a repensar o clube. Pare e pense sobre nosso clube e o real objetivo de sua existência e é fácil entender que estamos como “cachorro correndo atrás do rabo”, ano, após ano.