Foi um lindo 1 a 0

Sim, foi lindo, o Paulão, vaiado ao entrar, após nos salvar contra o São Paulo, marca com certeza o gol mais bonito da sua carreira, UMA BICICLETA PERFEITA, e talvez até do novo Beira-Rio.

Fez um gol fantástico e não comemorou, pois foi uma resposta a quem lhe vaiou. Ouvi de outras pessoas que conhecem muito futebol, que o Abel errou monstruosamente, não tendo colocado o Paulão no greNAL, pois ele cresce em jogos importantes e principalmente em um clássico, contra o seu ex-time, no lugar do instável Alan. Falta-lhe algumas vezes técnica, mas não falta vontade e pegada, que é o que se espera de um zagueirão.

Mas com o título do post “foi um lindo 1 a 0”, não me refiro apenas ao fantástico gol do Paulão, que já precisa voltar a ser titular, mas a realidade do INTER.

Se goleasse o Goiás, iria novamente iludir-se e achar que o time está pronto e tudo perfeito, muitos torcedores já estariam na Libertadores, etc…

O placar escasso, mostra que mesmo contra um time sem pretensões como o Goiás, o INTER precisa mais. O Ernando, um dos meus destaques do jogo, atacou mais pela direita, do que o Jorge Henrique pela esquerda. O Alan Rushel, que era a minha esperança no lugar do instável Fabrício, parece que tem medo de atacar, ir para cima, driblar o adversário, fazer jogadas de linha de fundo e servir o centroavante. Talvez lhe falte ritmo, mas o INTER não tem este tempo. Ela já mostrou muito mais do que fez nestes último 2 ou 3 jogos que entrou.

Igualmente ao Alan Rushel, o Wellingon Silva ainda não está 100% recuperado da lesão, embora defenda bem, não tem ido ao apoio e cruzado como antes, mais uma vez, deixando o centroavante na espera da bola que não chega pelas laterais, ou chega muito quadrada.

O Willians, foi incansável, um guerreiro com um fôlego impressionante, e neste vez, não entregou a bola ao adversário. Eu diria que fez uma partida quase perfeita.

Flagrei o D’Alessandro em várias jogadas irritado, pois estava sozinho e a bola não chegava ou passava e corria e não recebia. Ele ainda é o maestro do time, fez inúmeras jogadas de drible, mostrando a tradicional habilidade, mas não tem ninguém que acompanhe seu raciocínio privilegiado dentro do campo. Sem o Aránguiz e o Sasha, que aparecem e chamam a responsabilidade, os demais são meros coadjuvantes na partida.

Não gosto do Alan Patrick, acho muito lento e com jogadas sempre muito curtas, mas não é burro, sabe jogar, porém o Valdívia não dá. Jovem, com saúde, com velocidade, mas só consegue correr de um lado para o outro sem produtividade. Os bons lances que faz, é porque alguém lançou ele e precisou apenas da velocidade e não do raciocínio. Já ouvi o Abel dizer que ele não é titular porque não consegue fazer duas partidas iguais. Precisa bem mais experiência.

Acho que só no ano que vem, se não venderem o Aránguiz antes, para vermos :
D’Alessandro, Aránguiz, Sasha e Nilmar assombrando a zaga adversária.
O Nilmar vai ser o que esperamos, somente em 2015 após a pré-temporada. Ai estará pronto para a Libertadores, onde o Dale e o Aránguiz são vitais.

O placar magro, mostra que o INTER precisa bem mais atenção e finalização nos próximos 3 jogos, que são vitais para as nossas ambições. Tem que ganhar os jogos em casa, nenhum outro resultado é possível. O Atlético Mineiro deverá vir com time reserva, já que no meio da próxima semana, vai decidir a Copa do Brasil com o seu maior rival, mas mesmo com os reservas, ele é perigoso. O Palmeiras será apenas administrar e matar logo. O Figueirense em casa, vai jogar Copa do Mundo, pois poderá estar na fase da degola ou perto dela e não pode arriscar, então vencer em casa, É TUDO.

Abraço Colorado.

Evandro Milani – Porto Alegre/RS
INTER, NADA VAI NOS SEPARAR…