Fui ao Beira-Rio no último dia 7 e acompanhei a vitória colorada sobre o Novo Hamburgo, o primeiro triunfo em partida oficial do INTER com Diego Aguirre no comando – que, seja dito, só ocorreu graças a um equívoco do assoprador, que viu pênalti num lance em que eu, lá da última fileira da arquibancada superior, modestamente não tive dificuldades para ver na hora o que mais tarde o vídeo me confirmou.
O Novo Hamburgo, no geral, foi melhor, especialmente no primeiro tempo. Não lembro quantos chutes a gol os visitantes deram na etapa inicial (mais de cinco, com certeza), mas recordo quantas vezes os mandantes chutaram contra a goleira adversária nessa etapa, salvo engano: nenhuma. Repito: nenhuma. Toques laterais, sem qualquer objetividade, marcaram mais uma atuação colorada.
No segundo tempo, o INTER melhorou nesse sentido. Quando saíram o apagado Luque e o inoperante de sempre, Rafael Moura para entrarem Vitinho e Nilmar, o time da casa passou a ser mais perigoso, favorecido, é verdade, pelo inevitável cansaço dos jogadores rivais, que esbanjaram vigor físico nos primeiros 45 minutos, com uma marcação intensa, e naturalmente diminuíram o ritmo no final.
Esse problema relacionado a toques laterais e falta de objetividade é antigo no INTER. Aguirre pode corrigi-lo ou ao menos atenuá-lo colocando na equipe jogadores que atuem mais na vertical. Não adianta preservar a posse de bola sem ser incisivo. Além disso, é preciso que o treinador colorado ponha fim aos recuos desnecessários do ataque para a defesa, algo que vem se repetindo no INTER há algum tempo.
Não há torcida que tolere ver um jogador seu, impedir uma situação promissora atrasando o jogo. Da mesma forma, não existe torcedor que suporte ver um atleta seu cercado por marcadores, à espera de um companheiro que nunca chega – como várias vezes acontece com D’Alessandro, por exemplo, e aí muita gente acaba querendo levá-lo ao cadafalso.
Aguirre ainda tem muito o que fazer para tornar o INTER competitivo, e a Libertadores está aí. De agora em diante, a cobrança será maior. Os resultados terão de aparecer a qualquer preço.
Um Abraço
Pedro Harry
É verdade Pedro, acho que para o Aguirre chegou a hora da verdade. Ou ele tem o time na mão ou não.
O INTER precisa passar para a próxima fase da Libertadores, aí teremos o volante uruguaio Nico e o atacante argentino Lisandro, que foram os dois reforços que ele pediu.
Eu acho que com eles ele acerta o time.
Abraço
Alô você P.Harry!
Por estar um pouco afastado, voltado para uma outra frente do BAC me vi um pouco alheio aos detalhes que cercasm o Inter nesse início de temporada, sem contudo deixar de bisbilhotar de quando em vez para ver como as coisas andavam. Confesso que não tenho gostado do que vejo e sigo com o mesmo propósito de dar tempo para que consigamos ver o resultado de um trabalho proposto. Independentemente disso sigo fazendo minhas observações que não diferem muito das tuas. a estática da equipe tem me preocupado sobremaneira.
Coloradamente,
Melo
O Diego Aguirre parece estar fazendo experiências. Espero que já tenha os resultados necessários…