www.youtube.com/watch?v=maFQwcLYj18 – As imagesns dos gols da partida
www.youtube.com/watch?v=oC40MpF4EUI – A Narração de Luiz Carlos Prates (imperdível)
Saudades daquela epopeia de 07 de dezembro de 1975, com placar INTER 2×0 Fluminense, hoje completando 40 anos.
Antes, porém, a registrar que, em algumas oportunidades ouvi de um pseudocronista da RBS, fanático torcedor rival, a proclamar que seu time foi o 1º e único gaúcho a calar o Maracanã lotado, ao empatar com o Flamengo (2×2) e conquistar a Copa do Brasil.
Ledo engano.
Cabe asseverar ao referido desportista que o 1º clube gaúcho a calar 100.000 torcedores no Maracanã, não foi o seu time e sim o Sport Club Internacional, mais precisamente, no dia 07.12.75, frente ao Fluminense em partida válida pela semifinal do Campeonato Brasileiro, como citamos, 40 anos atrás. E quatro anos depois (1979), ainda repetiu a façanha por ocasião da 1ª partida final contra o Vasco, com o Maracanã lotado, sendo Chico Spina o autor dos 2 gols, vindo o INTER dias após (2º jogo) a sagrar-se Tri Campeão Brasileiro Invicto.
Fica esclarecido, portanto, que o time azulado não foi o primeiro, muito menos o único gaúcho a tal façanha. Veio a fazê-la sim, mas em respectivos 22 e 18 anos depois do nosso INTER, conforme referido, possivelmente por força do aprendizado que este lhe passou.
Rememorando o 1º feito citado, os cariocas tinham a partida como favas contadas e que ninguém mais tiraria o título do Fluminense naquele ano. Chamavam-no de “Máquina Tricolor”, diante do grande time formado, pois era constituído de verdadeiros astros participantes da famosa seleção brasileira, que anos antes conquistara o Tri Campeonato Mundial, tais como Felix, Marco Antônio, Rivelino, Carlos Alberto Torres e Paulo César Caju. Ainda o time carioca contava com outros renomados jogadores, a exemplo de Edinho e Gil.
Era só passarem pelo colorado gaúcho que estariam na final, provavelmente contra o Cruzeiro no Maracanã. Desta forma, o título estaria praticamente assegurado.
No entanto, não estavam preparados para o pior, eis que chegado o momento do jogo contra o INTER, não imaginavam encontrar um verdadeiro gigante pela frente, com craques do porte de Manga, Figueroa, Falcão, Carpegiani, Flávio, Valdomiro, Lula entre outros. Para muitos, este INTER do Minelli (anos 75/76) é tido como o melhor de todos os tempos. Para mim, particularmente, respeitando as grandes equipes da conquista do Campeonato Brasileiro Invicto de 79 e da Libertadores e Mundial FIFA 2006, foi o melhor time colorado que vi jogar. Todo afinado, suas peças atuavam como música. Em suma, um timaço.
Em consequência, a famosa “Máquina Tricolor” sucumbiu, levando um verdadeiro show do colorado. Calaram-se completamente os 100.000 torcedores cariocas no Maracanã. Foi um jogo inesquecível.
Sem dúvida, uma das maiores vitórias inseridas no histórico do INTER. A imprensa carioca ficou tão indignada que atribuiu nossa vitória à violenta marcação de nossos jogadores, especialmente de Caçapava. Claro que era choro e desculpa de perdedor. Enquanto isso, pela imprensa gaúcha lia-se que os jogadores do Rio, notadamente o Paulo César (Caju) eram chamados de “canelas de vidro”.
Era uma época em que não havia transmissão direta ou por pay per view, e o negócio era ir a campo ou escutar pelo rádio com a possibilidade de posterior vídeo tape.
Como o jogo era no Rio, fui a um churrasco na Barra do Ribeiro, e com o grupo escutamos o jogo pelo rádio na voz de Luiz Carlos Prates, entusiasta locutor, hoje radicado em Santa Catarina, na qual manda os cariocas calarem a boca e irem para casa, depois de suportar toda a semana de tripúdio da imprensa de lá que, como citei antes, considerava o jogo jogado. Vide narração anexa. Emocionante, fiquei com lágrimas nos olhos ao ouvi-la novamente.
Também foi anexado o vídeo dos gols da partida feitos por Lula e Paulo Cesar Carpegiani, tendo ao fundo a narração tão anêmica do locutor carioca. Não era para menos.
Essa vitória encaminhou o título de Campeão Brasileiro de 1975, consolidado na semana seguinte contra o Cruzeiro, em pleno Beira-Rio, com o gol iluminado de Dom Elias Figueroa.
Diante do fato, o INTER também se tornou o pioneiro gaúcho a grandes conquistas além do Rio Mampituba.
É claro que depois de abertas as comportas a coisa ficou bem mais fácil, tanto que hoje ultrapassamos águas mais distantes e internacionais a começar pelo Rio da Prata na Argentina, até o longínquo Rio Shinano no Japão.
Saudações Coloradas
Heleno Costi
É isso aí Melo,
Toda vez que ouço a narração de Luiz Carlos Prates, me emociono.
Recomendo a todos os colorados a ouvi-la, clicando no site abaixo.
SC Heleno
https://www.youtube.com/watch?v=oC40MpF4EUI
Alô você Heleno! Brilhante, lindo especialmente nesse momento não muito alegre, recordar esse extraordinário dia na vida de todos nós! Mais uma vez parabéns