Sport Clube Internacional: Uma história de criatividade e inovação

Nesse 21 de abril de 2016, hoje, além do dia de Tiradentes, dia da fundação de Roma, dia da fundação do São Januário, casa de outro clube do povo e nosso adversário Vasco da Gama, dia da fundação de Brasília, onde estão aqueles que se portam como adversários de todo povo brasileiro, também nesse dia comemoramos o dia Internacional da criatividade e inovação, data alusiva a semana de nascimento do gênio Leonardo da Vinci.

E nesses mais de um século de história do Internacional, podemos dizer que sempre fomos um clube ligado a criatividade e inovação, desde a Rua da Redenção até então, podemos destacar importantes feitos e atitudes que destacam o Sport Clube Internacional nesse cenário, tanto como clube, quanto pelas conquistas em campo. Entre eles, podemos brevemente destacar alguns:

O não ao preconceito: Talvez o mais importante de todos, esse mal que até hoje assola o mundo, em 1925 foi quebrado no Internacional quando Dirceu Alves vestiu pela primeira vez o manto do Internacional, desde então o Internacional se consagrou como “O Clube do Povo”.

Dirceu Alves, em pé, o terceiro da esquerda para direita.
Dirceu Alves, em pé, o terceiro da esquerda para direita.

O Rolo Compressor: Nem o mais célebre engenheiro ou cientista poderia explicar essa máquina humana conhecida como Rolo Compressor, o imbatível time colorado dos anos 40, que assim ficou conhecido por uma série de seis campeonatos gaúchos consecutivos.

A conquista do hexacampeonato, um feito até então inédito nos principais campeonatos do país, foi mais uma inovação por parte do clube colorado, que firmou cada vez mais o Internacional como grande potência do futebol do Rio Grande do Sul.

Inter_1945_Hexacampeaogaucho
Rolo Compressor: Hexa Campeão de 1945.

Ensinando a estrear: Era 1954, clássico de número 189, no festival de inauguração do estádio Olímpico, o Internacional como todo bom inovador, ensinou como estrear um estádio, mostrando criatividade ao reverter um placar adverso de 1 X 0 e finalizá-lo com um 2 X 6, marcando para sempre na história de seu adversário como de fato se inaugura um estádio.

Goleada colorada na inauguração da casa do adversário, foi destaque nos jornais da época. Com 4 gols, o grande Larry foi o goleador do Internacional.
Goleada colorada foi destaque nos jornais da época. Com 4 gols, o grande Larry foi o goleador do Internacional.

Pioneirismo nacional: Ultrapassando as barreiras regionais, além de ser o primeiro clube gaúcho a vencer em solo paulista, o Internacional se destacou logo nos primeiros torneios nacionais em que participou, obtendo um 3º lugar em 1962 como convidado e oficialmente vice-campeão no Robertão de 1968. Mas inovação e criatividade foram marca do clube principalmente na década de 70, logo após apresentarmos ao mundo o primeiro grande estádio do sul do país, o Gigante da Beira-rio, o Inter caracterizou-se pela inovação na forma de jogar futebol, com times criativos, aguerridos e dinâmicos, que atacavam e defendiam com maestria.

Com exibições de encher os olhos dos torcedores e de fazer chorar os adversários, o Internacional foi três vezes campeão do Brasil e por unanimidade foi o maior time do futebol brasileiro dos anos 70.

Internacional de 1975, um dos melhores times do futebol mundial de todos os tempos.
Internacional de 1975, um dos melhores times do futebol mundial de todos os tempos.

 

Diferencial na adversidade: Apesar dos momentos difíceis que foram os anos 80 e 90, em 1992, o Internacional mostrou ao Brasil que é possível sim, com criatividade fazer um time capaz de enfrentar e conquistar títulos. Assim foi o time de 1992, que conquistou a Copa do Brasil enfrentando e passando por cima de times com maior poderio financeiro na época. A glória veio após atropelos sobre o Muniz Freire e times como Corinthians, Grêmio, Palmeiras e Fluminense, todos subjugados pelo colorado (e esses últimos quatro, todos curiosamente times de segunda divisão).

Esse título talvez tem sido injustamente um dos menos lembrados pela torcida colorada, mas quem viu esse time jogar, sabe o quão emocionante foi assistir aquele Internacional derrubar os adversários a cada mata-mata.

Vale lembrar que esse time nos proporcionou momentos únicos, como o privilégio de ver Márcio, um ex-jogador corinthiano, marcar um golaço contra seu ex-clube e chorar com a camisa colorada. Não é sempre que vemos um jogador enfrentar a doença para ser goleador e campeão, como fez Gérson.  Não é sempre que vemos um guri da base sair do banco e calar as Laranjeiras lotada como fez Caíco, não é sempre que vemos um jogador desacreditado por lesões, ressurgir como fez Pinga, tão importante na zaga colorada, ter sido também tão importante na área adversária ao sofrer o pênalti na final. Não é sempre que se vê um capitão como Célio Silva, que além da liderança e qualidade técnica, nos deu o gol do título. E entre tantos outros destaques daquela equipe, não é sempre que com tantas dificuldades temos o privilégio de vermos um time campeão, como foi aquele de 1992.

Gol do título da Copa do Brasil. Gol do capitão Célio Silva.
Gol do título da Copa do Brasil, gol do capitão Célio Silva.

Anos 2000, uma odisseia internacional: Já nos anos 2000, com criatividade e inovação, nos transformamos numa das maiores forças do futebol mundial, mostramos ao Brasil e ao mundo que não é preciso ser o mais rico para ter um time competitivo, não é preciso ser o mais rico para ter uma ótima estrutura, não é preciso demolir e abandonar a sua casa para ter um estádio de primeiro mundo. Missão cumprida e consagrada com o mundial 2006 sobre o Barcelona, onde provamos que entre os grandes podemos ser maiores ainda.

Internacional Campeão Mundial de 2006.
Internacional Campeão Mundial de 2006.

Enfim, mandamos na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, desbravamos o Brasil, libertamos a América, conquistamos o mundo, abrimos as portas do Mundial FIFA, sem nunca precisar entregar a chave de nossa casa para ninguém e sem nunca precisar ir ao Tártaro da 2ª divisão para isso. Fomos a Cannes inovando com “Lado a Lado”, ao contrário de alguns que tentam glorificar a aflição da estada no inferno. Enquanto uns abrem a mão para mostrar 5 dedos, querendo transformar um jogo em título, nós colorados abrimos a mão para mostrar que somos 1 entre os 5 que nunca caíram. E que sempre os bons ventos da criatividade e inovação nos tragam conquistas, para que toda glória venha acompanhada de largos sorrisos colorados a serem emoldurados para eternidade em nossas memórias. Aos adversários, que tenham a sensação de o “O Grito” de Edvard Munch, ao avistarem no horizonte o vermelho do Internacional.

5 thoughts on “Sport Clube Internacional: Uma história de criatividade e inovação

  1. Parabéns pelo texto. São por esses momentos históricos tão bem colocados por você que justificam meu posicionamento inquieto, insatisfeito e sempre querendo o melhor para nosso Internacional. A “cobrança” sistemática se deve ao fato de ter vivido alguns momentos difíceis, mas também momentos maravilhosos. A história do nosso Internacional exige e manutenção e um crescimento contínuo de glórias. Não nasceu para ser pequeno, foi criado para grandes conquistas.

  2. Alô você Fabiano!
    Grande Post, alencando tópicos ligados a vida desse senhor de 107 anos. Rio Grande , Brasil, América, Mundo, todos conhecem e muito o ClUB O POVO DO RIO GRAND DO SUL, a GLORIA DO DESPORTO NACIONAL.
    Coloradamente,
    Melo

  3. NO MES DO ANIVERSÁRIO O ARQUIBANCADA COLORADA DA UMA DEMONSTRAÇÃO DE CONHECIMENTO E DE PEQUISA SOBRE A HISTÓRIA DO INTER.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.