A hegemonia regional

Antônio Carlos Pauperio

Com a expectativa de sempre, normal próxima às decisões, como qualquer simples torcedor Colorado, aguardo a manutenção da supremacia regional.  Afinal de contas, filho da “Terra do Galo”, minha querida Flores da Cunha, nesse querido “galinheiro” tem lugar para um galo só cantar, por sinal, normal nesses últimos cinco anos, falando só da história recente.

Nessas horas fico imaginando na veracidade e honestidade daqueles que afirmam que não valorizam a importância de seu clube de preferência ser o Campeão Gaúcho e depois, demonstram tristeza imensurável e cristalina em seus rostos e afirmações, quando não o ganham. Meus amigos, a verdade é que o Gaúcho não gosta de ver seu time perder nem em treino, muito menos em competições para clubes adversários. A competição regional pode não ser muito rentável aos grandes clubes, mas é muito importante para o crescimento do esporte e de todos os demais clubes em todo o Estado. Cabe salientar que esses campeonatos regionais geram oportunidades de aproximação sadia entre clubes e torcedores de todas as cidades, oportunizando crescimento dos clubes menores que enfrentam maiores dificuldades para sobreviver e, como resultado maior, o despertar da paixão pelo esporte nas crianças, resultando na geração importante de novos torcedores.

Não subestimo o potencial atual do forte time caxiense, o Juventude, mas desculpem, sempre tive mais simpatia pelo S.E.R. Caxias. Serão dois jogos muito difíceis, mas acredito na supremacia Colorada e na conquista do hexacampeonato.

Se não estivesse residindo em Salvador, na Bahia, com certeza estaria presente lá no Alfredo Jaconi, Após o jogo, ganhando, empatando ou perdendo, aproveitar a oportunidade para saborear um bom galeto com polenta, massa caseira, salada de radiche com bacon e um bom vinho, no Alvorada. Já estou me programando para viajar e assistir a segunda partida no nosso Beira-Rio e, se Deus quiser, participar novamente do Mar Vermelho e vibrar com mais uma conquista Colorada.

Algumas más lembranças de episódios ocorridos trazem algumas preocupações, mas acredito que são coisas do passado e que já não tem mais espaço agora. De qualquer forma, precaução, atenção e comportamento digno de verdadeiros torcedores, esportistas e cidadãos de bem, são essenciais para esses momentos decisivos. Trata-se de apenas mais uma disputa sadia de um título, entre os melhores clubes do Campeonato Gaúcho e disputado entre colegas de profissão, não havendo espaço para violência, principalmente por não se tratar de uma guerra entre cidades, clubes ou torcidas inimigas. Que vença o melhor, na minha torcida, que seja o nosso Internacional.