Reflexões sobre dimensões

Antônio Carlos Pauperio

O ABRAÇO DO COMANDANTE (Imagem: Ricardo Duarte)
O ABRAÇO DO COMANDANTE (Imagem: Ricardo Duarte)

Como nós todos esperávamos, nosso Internacional é novamente Campeão Gaúcho, novamente Hexacampeão, e fica em nossas memórias mais uma conquista regional importante. Esse gostinho de “reinar” em casa é incomparável e, queiram ou não, todos os torcedores dos clubes em todos os rincões de nosso Rio Grande do Sul querem sentir.

É de praxe e faz parte da nossa boa educação reconhecer e valorizar o resultado do trabalho de todos aqueles que dedicaram seu tempo e seus esforços para alcançarmos essa conquista. Podemos não concordar com tudo que foi feito ou da maneira que foi feito, mas o resultado, por si só, é inquestionável. A torcida Colorada só tem a agradecer por mais uma conquista e pela manutenção da hegemonia regional, mesmo com todo o esforço que se observou para desmerecer a equipe, seu treinador e o valor do título.

Passada a euforia da conquista o que nos resta agora é analisar o que foi feito e irá ser feito sob o prisma da formação de uma equipe competitiva e protagonista na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro de 2016. A dimensão de conquistas regionais foi mantida. Nossa grande dúvida é se a dimensão que comporta a volta às conquistas nacionais e internacionais está contemplada no futuro do nosso Internacional.

Por mais mérito que tenha tido essa conquista regional, não temos um grande time, não temos bons (não estou falando em excelentes) jogadores em todas as posições, o time não mantém uma regularidade no seu desempenho, as substituições são sempre as mesmas e com os mesmos resultados e, finalmente, para o esquema de jogo atualmente utilizado (sinceramente não sou partidário desse comportamento de time pequeno) faltam peças importantes.

O que nos resta é torcer cada vez mais para que nosso Internacional encontre novamente sua história de grandes conquistas nacionais e internacionais, para o orgulho da torcida Colorada no Rio Grande do Sul, no Brasil e no Mundo.

Muita gente, muitas vezes, só valoriza a conquista em si, mas não o trabalho para chegar nela. Por essa razão, alguém ou alguns, acreditaram que de um aterro poderiam criar o majestoso Beiro-Rio. Na época, digno de chacota. Hoje orgulho de uma Nação Colorada. Por essa razão, podemos sonhar com a formação de um grande time, de potencial e dimensão internacional, muito acima dessa mediocridade reinante no futebol brasileiro.

2 thoughts on “Reflexões sobre dimensões

  1. Alô você Pauperio!
    A frase é forte: “o resultado é inquestionável”. Agosra, urge que saibamos como ganhamos, o que somos e o que podemos. Entender as deficiências e sobretudo conservar o que foi construído de bom é fundamental. A entrega e o denodo de que foi tomado o grupo foi comovedor, esse foi o que de mais significativo fez Argel. Sem perder esse ganho, avançar é preciso.
    Coloradamente,
    Melo

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