Na noite de ontem no estádio Beira-Rio, o Internacional venceu mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro 2016, vitória essa que levou a equipe colorada a liderança da competição. Um jogo muito difícil (mais um), principalmente na primeira etapa, onde o Atlético-PR, aplicou uma marcação avançada, forçando em algumas oportunidades perigosos erros de passe dos volantes e zagueiros colorados bem próximo de nossa intermediária.
A atuação da equipe no primeiro tempo deixou a desejar, o meio-campo colorado mostrava empenho, porém, não conseguia criar oportunidades, nem se organizar em campo, o ataque lutava, mas a distância entre os atacantes facilitava o trabalho da defesa paranaense. Maior ainda era a distância da falta de criatividade com o gramado, mas não podemos nos esquecer que a esse time comandado por Argel não falta luta e empenho, e foi assim que aos 38 minutos do primeiro tempo encontramos a vitória. Em uma cobrança de escanteio, após o capitão Paulão vencer uma disputa com a zaga atleticana, Vitinho aproveitou a sobra de bola e estufou a rede adversária marcando o gol da partida, o gol da vitória, o gol da liderança.
O Inter veio melhor para o segundo tempo, se encontrou melhor em campo e se impôs seu jogo, sobrando ao adversário frustradas tentativas de contra-ataque.
A vitória além de isolar o colorado na primeira colocação da tabela com 13 pontos, serviu também para firmar algumas certezas:
- Vitinho: Muitos colorados não gostam do jogador, o acham fominha, por vezes desligado em campo, mas Vitinho, assim como no Gaúchão é um dos jogadores mais importantes da equipe colorada, tem bom drible, tem ótimo chute com as duas pernas e é um jogador agudo (alguém lembra de Vitinho recebendo a bola e tocá-la para trás? Voltar a jogada? Pois então. Vitinho, apesar de ser lembrado como fominha é o principal garçom colorado, o jogador que mais deu assistências para gols até o momento no Brasileirão. Mérito do jogador e escolha certa do treinador.
- Defesa: A defesa do Internacional é sem dúvida o principal destaque desse time colorado, passa confiança ao torcedor colorado. A zaga firmada deixou de ser alterada a todo momento como era feito o ano passado até a chegada de Argel. E se há um setor no futebol em que se deve manter a continuidade, esse setor é a zaga, e Argel sabe disso, qualquer grande time do futebol mundial sabe disso, talvez o treinador anterior do Internacional não soubesse, mas enfim, nossa zaga está em harmonia e nosso sistema defensivo como um todo também está, é um conjunto defensivo, blindado pelo não só pelos volantes colorados, mas muitas vezes por Sacha, Andrigo e Ferrareis. É comum durante os jogos vermos o apoio desses jogadores junto a defesa. O que por óbvio fortalece o sistema defensivo.
- Treinador: Temos que reconhecer que Argel vem fazendo um bom trabalho frente a equipe colorada, temos que melhorar sim, bem como tivemos alguns jogos ruins e/ou aquém da grandeza do Internacional. Mas também não podemos negar o resultado do trabalho, a liderança do campeonato não veio “sem querer”, o empenho e vontade é algo nítido nesse time de Argel, qualidades que há muito tempo não víamos no Beira-Rio, adjetivos apagados, talvez anterior inclusive a tal “zona de conforto” diagnosticada por nosso saudoso Fernandão. Argel talvez não seja aquela cara legal que a imprensa e os torcedores adoram, mas tem mostrado e cobrado trabalho e o que temos visto em campo é os jogadores atendendo a essas cobranças. O espírito é outro, a gana é outra. Sei, estamos longe de um título nacional, não é fácil, não é bem assim, mas o cheiro é melhor do que os de anos anteriores. E todo colorado, mesmo os insatisfeitos com o time, preferem estar cobrando de lá, lá do topo da tabela, onde estamos hoje, com toda certeza.
Pessoal, Não resta dúvida que este INTER é um time pragmático. Busca o resultado jogando mal. Que o digam os jogos no Beira Rio.
Agora, como acredito em estatística, lembro que tanto em 2006, como em 2009, o INTER terminou a 5ª rodada com 13 pontos. O mesmo está se dando agora em 2016. Naquelas duas oportunidades chegou ao vice-campeonato. Quem sabe agora vai um pouco mais!
Calma gente… ainda está começando o campeonato! Acumular gordura é bom, mas como diz nosso professor, pézinho no chão!
Fabiano, a luta e empenho dos jogadores em campo é evidente e ninguém pode cobrar “corpo mole”. A liderança é louvável e mérito de todos, entretanto penso que foi mais uma apresentação sofrível, coroada com a vitória. Espero que mesmo jogando dessa maneira também consigam a vitória aqui em Salvador no próximo domingo, mas confesso, minha preocupação com o futuro é muito grande. Sem fanatismo ou discordar por discordar, ou torcer pelo fracasso, nosso Internacional ainda não tem uma postura tática em campo. Se houver dúvidas sobre isso, várias vezes os jogadores tomam a bola do adversário e não tem ninguém para passar a bola. O atacante quando recebe a bola, tem de parar e esperar que alguém apareça. O meio de campo não pega um rebote e se observarmos bem, a equipe do Internacional é um amontoado de jogadores espalhados em campo. Não se observam posicionamentos e, o pior, funções definidas, a não ser marcar o adversário. O time não apresenta aquele balanço ataque defesa, defesa ataque. Todos defendem, mas todos atacam. Se somam na defesa e no ataque. O que vemos é todos só defendendo desorganizadamente o tempo inteiro e um ou dois, já cansados de tanto marcar, tentando atacar. Moderno, não, confuso, equipe mal postada, mal definida em campo, exposta a um desgaste demasiado e que compromete qualquer ação objetiva de ataque. Basta observar que em determinados momentos um atacante é lançado, corre uma distância enorme, apanha a bola, já com dois ou três marcadores em cima e não tem para quem passar. Quem chuta ao golo adversário ou quantos chutes ou cabeçadas os jogadores do nosso Internacional dão hoje durante uma partida? Estou falando no ataque… Quando questiono a forma de jogar é porque não vejo o resultado de um bom trabalho com o material disponibilizado ao comando técnico. Se avaliamos só resultados momentâneos e só isso seja válido, é bom, mas a longo prazo não se mantém.
Pauperio, bom dia!! Vejo também essa limitação do meio para frente, acho que isso se resolverá em parte com o retorno de alguns e os reforços, mas, não temos no elenco e nem contratado, jogadores, como Aránguiz, perdemos ele e não repomos. Os times modernos campeões, nos provam que precisamos desse tipo de jogador, volantes que saibam jogar, não só desarmar. A Alemanha nos mostrou isso com Bastian Schweinsteiger, desde a Copa da Africa, isso não é novidade, mas o futebol brasileiro insiste que os volantes devem ser somente destruidores, o que é errado, e, por exemplo, Tite no ano passado provou isso com Renato Augusto e Elias. Enfim, o que quero dizer é que essa nossa pendenga do meio para o ataque se resolveria boa parte se tivéssemos esse tipo de jogador, infelizmente não temos, por outro lado, felizmente para nós, os demais times do Brasileirão também passam por essa dificuldade. Encontraremos nós? Encontrarão os demais? Talvez, a janela vem aí, ela leva, mas também trás, que venham os bons ventos para o Beira-Rio.
Abraço!
Fabiano, sei que não tem muito a questionar o Argel (que considero um treinador de mediano para baixo) mas os resultados dizem o que é o Inter hoje. Quem viu o time da década de 70 e do inicio dos anos 2000 se revira no túmulo. É de uma mediocridade espantosa. Não existe nenhum destaque técnico. Temos jogadores medianos, alguns não deveriam nem passar na frente do Beira Rio, outros já deveriam ter se aposentado, e com o Argel é isso que podemos ter para o momento. Um Inter que mostra um pouco mais quando joga fora de casa pois os adversários tem que atacá-lo abrindo espaços para o contrataque. Em casa, com a necessidade de “ir para cima”, as deficiências se tornam evidentes. Uma pergunta que não quer calar: o Artur “jogando tudo aquilo” o que se dizer do Gefferson que “consegue” ser reserva dele? Cruz Credo !!!! Espero que com o retorno de Dourado e Valdivia. Entrada do Seijas para que tenhamos um “organizador” que está faltando. Temos ainda o Brenner, talvez o Nico Lopez e o Ariel (que para mim é bom, mas só o detergente para roupas!!!!). Abraço
Exatamente Marco, muito desses jogadores não entendo como estão no Inter, nem nunca entenderei, pois não há explicação, a não ser o frio interesse de empresários avalizados pela atual gestão. Há provas? Não, mas não dúvidas disso.
E sobre os reforços e os retornos, são bons nomes, que entendem das áreas em que atualmente temos passado dificuldades. Agora é torcer para que até a estreia deles no Brasileirão, ainda estejamos na liderança ou brigando por ela.
Concordo muito em relação a defesa e a Argel. Na questão da defesa destaco o Paulão, que muitas vezes se vê obrigado a sair jogando e tem feito isso com coragem, apesar de algumas limitações. Outro destaque da defesa, que muitas vezes é criticado pela torcida é o Sasha. Ele marca muito e corre muito em todos os jogos.Ontem tive a impressão que a obediência tática dele nos impediu de fazer mais gols.Mas como o adversário se colocou mais a frente, não vi outra saída.Este menino tem sido fundamental no esquema do Argel. E quanto ao professor Argel, acredito que sua maior virtude é saber exatamente o time mediano que tem nas mãos e pensar o jogo desta forma.Sem malabarismos e ilusionismos.
Verdade Adriana, esse característica de Argel, em saber usar o que tem para adequar o melhor esquema possível é notável. Pode não ser a unanimidade que todos desejam ou esperam, mas ele tem coragem e boa análise do elenco, soube, por exemplo, que jogadores não devem e não merecem jogar pelo nome ou pelo tempo de clube. E quanto aos anteriores? Faziam isso? Acho que não. Nesse sentido e pelos bons resultados até então, Argel vem merecendo crédito. Apesar de algumas atuações medianas para ruim, estamos lá.
Olá, Fabiano.
Concordo em parte contigo, afinal a defesa do Inter, apesar de não tomar gols faz tempo, ainda não me inspira a segurança e confiança necessárias para que possamos ficar tranquilos do começo ao fim de cada jogo.
Creio que precisamos de um zagueiro mais técnico, alguém que seja bom em desarmes e pelo alto e ao mesmo tempo saiba sair jogando com a bola no chão, alguém tipo o Fabiano Eller.
E com relação a Vitinho, concordo que ele é um ótimo jogador e um bom garçom, como tu mesmo disseste, mas às vezes parece que ele simplesmente some do jogo, parece que está dormindo. Ele precisa estar ligado em 220 do começo ao final do jogo.
Abraço.
Olá Rafael, bom dia! Sobre a defesa, acho que a definição de defesa como um todo, vai além dos 4 de trás (2 zagueiros e 2 laterais). Concordo que nos falta um Fabiano Eller, saudade dele, baita jogador! E a muito nos falta um desses, mas essa falta é culpa total da gestão do clube, que se não encontra no mercado jogador semelhante, nunca se esforçou para formar similar na base.
A questão Vitinho, concordo contigo também, mas a certeza de Vtinho como titular é a mesma que tenho de que não há jogador com a todas as características dele (veloz, ambidestro, agudo, bom chute a distância e bom driblador) no banco ou na base, não há, portanto, por isso é uma certeza que mesmo com as limitações (ou preguiça dele), dele é a titularidade, com toda certeza.
FINALMENTE, A LIDERANÇA! É hora de acumular gorduras e fazer lastro. VAMOS COLORADO!!!
Alô você Fabiano!
Concordo integralmente com as tuas duas primeiras colocações, em relação a Vitinho (não está, entretanto proibido de ser um pouco mais coletivo) e também com a regularidade da defesa, especialmente no miolo de zaga e cabe dar um crédito aos jovens laterais que não devem nada a nenhum lateral de qualquer equipe brasileira. Quanto a Argel, reconheço que ao time não INTER não tem faltado empenho e determinação. A defesa finalmente arrumada também pode-se atribuir ao trabalho do AF. Questiono a montagem e desempenho do meio campo. Nítidamente ontem durante o jogo pudemos ver a falta de ocupação do meio para a articulação EVETIVA, coisa que só aconteceu com a entrada do Alex. Ferrareis o jogador que todos entendíamos poder ser e talvez possa, atuou em extremidade. Houve momentos em que víamos com clareza 5 jogadores em linha postados no ataque e o meio completamente vazio, estratégia que determina a ligação direta. Coloradamente,
Melo
Verdade Melo, esse meio talvez dê “liga”, com o ingresso de Seijas e Valdívia mais além, Dourado deve retomar a titularidade, mas se há uma um jogador que não houve reposição, esse foi Aránguiz, talvez seja o Seija? Não sei, talvez, tomara, pois em momentos assim, em que a ligação direta é acionada, um jogador desse tipo é importante para dar dinamismo entre a intermediária defensiva e adversária. Abraço!