FALCÃO PEREGRINO O SALVADOR!

Falcão é o nome genérico dado a várias aves da família Falconidæ, mais estritamente aos animais classificados dentro do género Falco. O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no voo em velocidade (em oposição ao voo planado das águias e abutres e ao voo acrobático dos gaviões), facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias, estepes e desertos. Os falcões podem ser identificados, aliás, pelo fato de não planarem em correntes termais, como outras aves de rapina. O falcão-peregrino, especializado na caça de aves médias e grandes em voo, pode atingir 430 km/h em voo picado e é o animal mais rápido da terra. Diferentemente das águias e gaviões, que matam suas presas com os pés, os falcões utilizam as garras apenas para apreenderem a presa, matando-a depois com o bico por desconjuntamento das vértebras, para o que possuem um rebordo em forma de dente na mandíbula superior.
Os falcões colorados terão um trabalho muito difícil neste final de semana. A vida é nos posta desafios, e mais um será e deverá ser ultrapassado pelo escrete. A peregrinação rumo às vitórias está sendo um martirio.
O “futebol-arte” praticado por “malandros”, “mulatos” e “dançarinos” começou a ser questionado em seu primado sobre o imaginário futebolístico do Brasil. Instalou-se uma crítica à lentidão, à ineficácia, à improdutividade, à falta de objetividade, aos passes de efeito desnecessários e às firulas para a “arquibancada ver e aplaudir. O processo “dramático” de formação de uma identidade para o brasileiro e seu futebol permanece inacabado. As distintas perspectivas continuam criando e recriando, em luta constante, suas verdades a cada novo impasse, nova tomada de decisões e escolha de caminhos. E o futebol gaúcho conseguiu uma mescla de tudo isso, o seu surgimento tem no seu DNA todas as características já descritas e um tempero peculiar que o jogo mais veril, forte, pegador, de garra. Mas diante de tudo isso onde foram para esses nobres artistas da bola? Andam sumidos ou escondidos nas entre linhas do desenho tático, ou do comportamento fiel ao plano de jogo estabelecido pelos técnicos de futebol. Sim meus amigos – e deste mal que o excrete colorado e demais equipes sofrem a falta de jogadores que decidam do algo mais; ficou tudo mais burocrático. Parece que não temos vida, alegria, tudo foi robotizado ate o entusiasmo da torcida.

Osmar Fortes Barcellos (Glória do Desporto Nacional)
Osmar Fortes Barcellos (Glória do Desporto Nacional)

Não vemos mais jogadores como Tesourinha, Falcão, Caçapava, Bodinho, Larry, Fernandão, Escurinho, Leônidas, Pele – estes só para citar e exemplificar. O que vemos e um futebol burocrático e que muitas vezes não decide nada. Ate mesmo o nosso camisa 10 agora tem que marcar ao invés de criar. Esta tudo errado ou paramos num tempo que dificilmente voltara. Estamos órfãos da plasticidade das jogadas, da alegria das pernas tortas de um mulato sorridente, nos falta o craque que decide. Não ouvimos mais a torcida aclamar, gritar com “fulano em campo não ha placar em branco”. Não obstante o futebol colorado segue o seu caminho entre dribles e marcações a procura do futebol arte – no meio desta robotização burocrática. E fica a célebres perguntas onde estas o craque, o artista decisivo, o gênio do futebol arte?!! Será o Sir Paulo Roberto Falcao que iria nos levar para o lugar ao sol?
A mudança da água para o vinho é evidente; trocar a quebra da bola pela cadência, toque de bola e sim salutar mas precisaria de um tempo muito maior para a efetividade. E isso o escrete não tem, o tempo urge e a moléstia tem de ser tratada e estancada

3 thoughts on “FALCÃO PEREGRINO O SALVADOR!

  1. Boa pergunta Adriano! Eu tenho uma tese que defendo a algum tempo: Falta base aos jogadores e complemento que em relação a Inter falta “vontade”e amor pelo Inter, mas sobra interesses em política e negócios próprios dentro do clube.

  2. Adriano, que fantástico texto. Li e reli, pois é preciso, mais hoje do que nunca, entender as diferenças e o porque das palavras. Falcão tem um significado específico.Para nós sempre terá. Nâo que ele com certeza ele consiga alçar vôos maiores neste momento.Mas saber que ele está pronto para isso e para levar com ele todos nós, já me deixa mais confiante. Onde ele estiver, nós temos, ao menos, um falcão!

  3. ALÔ VOCÊ, Adriano Garcia! Perdemos os Falcões, Tesourinhas, e outros notáveis depois que anteriormente perdemos não menos notável Abílio Reis , jamais igualado por esses pagos. Hoje os “professores” muito necessários para atender a modernização ficaram absolutos (na maioria dos casos) e o espaço a quem viveu MUITO dentro das quatro linhas ficou bem mais do que restrito. Coloradamente, Melo

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