Dissidências.

Assisti nosso Inter deixar escapar mais três pontos em casa. Casa lotada de grandes torcedores que continuam acreditando, independente da sequência de derrotas até então creio eu nunca antes vista na história de Brasileirões disputados pelo nosso amado Internacional. Muito antes pelo contrário, já escrevemos uma página de vitórias no Brasileirão, até hoje inigualável e inatingida por nenhum gigante do futebol brasileiro. Não me aventuro no momento a precisar o número de vitórias alcançadas de forma a culminar no alcance do título de Campeão Invicto, nem em transformar o somatório dos noventa minutos de cada partida e seus acréscimos em feito inigualável de constar no “Guinness World Records”.  Tamanho feito, repito, jamais foi alcançado por nenhuma equipe por onde desfilaram os maiores ídolos nacionais, tricampeões mundiais, nomes consagrados como Pelé, Tostão, Rivelino, Gerson, Ronaldo Nazário, Romário, Rivaldo, Ademir da Guia, Dirceu Lopes, Forlan (pai), e tantos outros que foram consagrados internacionalmente. E internacionalmente falando, esbarramos no talento ímpar que ostenta merecidamente esta distinção, o nosso ídolo Paulo Roberto Falcão.

Amados irmãos, da Colorada Nação: é chegada a hora de muita reflexão. Parece que a mera troca da Comissão Técnica não reflete o resultado esperado. Estamos no terceiro comando e o progresso não se revelou no horizonte. São eles, os responsáveis diretos pelo fracasso que ora impregna a nossa tradicional escarlate, ou será que os meandros, bastidores futebolísticos gerenciais é que estão repercutindo entre as quatro linhas do campo, tirando a tranquilidade da Equipe e o sono da maior torcida rio-grandense¿

Amados Irmãos, da Colorada Nação: conforme o dito popular- “ algo de podre no Reino da …..”não podemos e nem devemos acomodarmo-nos com esta inusitada situação. O que vemos em campo se me representa diretamente o reflexo da Administração.  Também como se diz: ” o mesmo que está em cima é o mesmo que está em baixo”. Quero dizer, quando vemos uma defesa, separada do meio de campo e o meio de campo separado do ataque, esperar o que como resultado¿ Tenho comigo uma visão de torcedor da existência de dissidências internas que levam a resultados indesejáveis, previsíveis, mas inevitáveis, comuns a grandes empresas, mas anormais para quem gerencia, de forma a criar uma Instabilidade emocional em ambiente de trabalho a ponto de contaminar o clima organizacional.

Amados Irmãos, da Colorada Nação: Algo precisa ser feito. E enquanto há tempo. Se analisarmos nossa posição na Tabela de Classificação, estatisticamente o que vemos é o crônico problema da falta de golos. Disputamos dezessete partidas, ocupamos o décimo terceiro lugar, e temos como saldo de gols exatamente como iniciamos o campeonato: zero, nada mais que zero. Se ganharmos as duas próximas partidas, daremos um salto de qualidade na tabela pois os números de pontos que nos separam dos pretendentes a títulos não é assim inalcançável uma vez que temos todo um turno de dezenove jogos para soerguermo-nos e voltar onde sempre foi e será nosso lugar de direito; por outro lado, o oposto nos ronda mas não nos assusta porque sabemos de nosso poder de luta e certeza de que aquele título de Segunda Divisão nunca nos pertenceu ,não nos pertence, como se comprova nesses dois últimos milênios. Ainda não é ora de orar, mas promessas são feitas, e se atendidas, devem ser pagas… Até de repente!