Gostaria de colocar minha opinião sobre o momento que nosso Internacional está passando, pois não concordo que haja “terra arrasada” ou que não há saída. Como se trata de um simples torcedor escrevendo, muitas colocações são baseadas nas informações a que tenho acesso e outras ao meu desejo de expressar uma opinião de torcedor.
Um fato que marcou meu posicionamento crítico quanto ao desempenho da atual gestão de nosso clube, foi quando do episódio da exposição de todo o plantel Colorado e do seu departamento médico na execução dos exames antidopings. Não tenho conhecimento de fato semelhante no Brasil e o que me chamou a atenção foi que não houve uma posição esclarecedora das suas razões e de um posicionamento firme da direção Colorada. Aquele fato fica “martelando” na minha cabeça, pois para um leigo como eu, simples torcedor, ficou uma desconfiança no ar. Fiquei com a impressão de nesse episódio foi um sinal do maior mal atual de nosso Internacional. Não consigo, por mais Colorado que sou, ver uma gestão preparada, um comando capacitado e a execução de um planejamento no clube. A repetição de equívocos (ou erros) é muito alta e as carências evidentes no plantel não são resolvidas, pelo contrário, as vendas tem prejudicado muito mais o nosso clube e não vemos solução para o plantel. Não é possível que com um plantel desse tamanho não se possa fazer um time competitivo e que possa trazer alegrias à torcida Colorada. É evidente a perda constante dos períodos de pré temporada e de participação em competições de menor importância, quando seriam ótimas oportunidades para a montagem de um time forte. Não se percebe uma atuação da direção no sentido de exigir maior respeito ao Internacional e a seus atletas, se submetendo a permanecer calada e vivendo o que está acontecendo de prejudicial ao clube, sem se manifestar e sempre procurando jogar a culpa sobre outros da equipe. Fica evidente a falta de compreensão de trabalho de equipe, quando percebemos que se pratica “se for bom, fui eu quem fiz, se foi mal, foram vocês”. Quem escolheu a equipe? Quem é responsável pela equipe?
Enquanto não se procurar olhar para dentro e se os próprios erros não forem identificados, estaremos somente perdendo tempo. A nefasta possibilidade do risco de uma 2ª Divisão não pode ser esquecida, pois existe para qualquer clube brasileiro que tenha um desempenho semelhante ao atual de nosso Internacional. Sinceramente, falta um pouco mais de coragem para assumir uma mudança radical no nosso clube. Já passou a hora de reduzir o quadro de atletas do grupo principal, deixando apenas aqueles que realmente podem somar no grupo. Penso que com essa constante e incompetente troca de treinadores e um exagerado grupo de atletas disponíveis, alguns de qualidade duvidosa, ou pelo seu futebol, ou por suas características, só confundem quem chega e atrasam uma solução. Fica evidente a intranquilidade e a insegurança dos atletas que vão a campo ou ficam no banco de reservas. Isso só será resolvido com um comando capacitado na direção do clube, que traga tranquilidade para toda a equipe de trabalho, assim como para a condução dos atletas (espero que Falcão já esteja fazendo isso), fazendo com que eles possam apenas fazer o seu trabalho, jogar futebol.
Ninguém consegue aguentar uma carga de cobrança tão grande sem respaldo algum. Se torna impossível que um atleta possa desempenhar bem suas atividades com a desconfiança de todos, o desmerecimento de sua capacidade técnica e sem apoio algum. Quanto mais jovem pior. Quanto ao novo treinador, com a capacidade técnica e experiência que tem, sinceramente, não é possível admitir que alguém de sã consciência possa julgá-lo, depois de duas semanas, pois só a vinda dele ao comando técnico em uma hora tão difícil, com tanto tempo perdido, já o faz merecedor de nossa total confiança e crédito.
Se a direção do clube não se sente capacitada para trazer a tranquilidade de volta ao clube, que tenha grandeza e passe o bastão a outros ou assuma de vez a responsabilidade de uma eficaz mudança. Vencer, empatar ou perder, para grandes clubes brasileiros, me parece normal. O que estamos questionando é por que chegamos nesse ponto e se o resultado e a qualidade do conjunto da obra realizada foi bom. Não acredito que não hajam soluções para o que está acontecendo. A preocupação se prende ao fato de não conseguirmos enxergar o que de concreto e bom podemos esperar para o futuro breve na segunda parte do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Se o resultado fosse bom, se não existissem razões para estarmos apreensivos, não estaríamos vivendo esse momento crítico. Estaríamos felizes e vibrando com as vitórias.
Depois do jogo Internacional versus Corinthians ocorreram lamentáveis episódios e não é possível aceitar atos de violência, sob qualquer pretexto, principalmente praticados por um pequeno grupo de pseudo torcedores, baderneiros, vândalos e arruaceiros que comprometem a imagem e a integridade do patrimônio do nosso Internacional. É inadmissível aceitar a existência desse tipo de gente que com suas irresponsáveis ações descarregam suas frustrações e tentam afastar nossos torcedores e suas famílias do convívio sadio e civilizado de jogos de futebol no Beira Rio. Não é agredindo (das mais diversas maneiras) as pessoas, os patrimônios ou as instituições que se resolvem problemas. Infelizmente todos tomam conhecimento de tantas atitudes hostis e deploráveis, em todas as áreas no Brasil, que alguns acreditam ser a única saída para conflitos e passam a imitá-las. Triste, muito triste. Como pode alguém de sã consciência criar um ambiente de comprometimento da segurança de torcedores (homens, mulheres e crianças, de todas as idades) e depredar um monumento, fruto do sonho e sacrifício de todos os Colorados e pensar que está agindo corretamente. Nunca esqueçam que o Internacional e o Beira Rio foram gerados e são mantidos pelos verdadeiros Colorados que também já passaram por horas muito mais difíceis que agora e tiveram a capacidade de se manter unidos em torno de um grande clube. Cabe a todos nós, juntos, unidos e com responsabilidades divididas, a sinergia na recuperação do clube e à volta às conquistas.
Para encerar, difícil está, mas nada está perdido totalmente. Contente ninguém pode estar, mas desesperado também não. Não existe “terra arrasada”. Fomos acostumados a vencer e isso nos impulsiona a sonhar com um futuro sempre melhor. Existe capacidade interna para superar esse momento. Não custa acreditar na retomada e na volta das grandes jornadas fora e no Beira Rio. Sem ser pretensioso, mas pelo amor ao nosso Internacional, não vamos negar nosso apoio nessa hora, pois o momento é de união total e irrestrita.
Em dois lances no final do jogo, Sasha não foi marcar o jogador adversário que passou por ele como eu passo pela minha filha no corredor de casa. Também o Arthur e o Ernando pelo outro lado, no mesmo lance ficaram vendo o jogador paulista carregar a bola.Ao meu lado um rapaz com sua filha murmurou; “ah não.Tem algo muito ruim acontecendo no vestiário”. Ao que o senhor atrás de nós respondeu. “Só pode. E parece que o nosso técnico aderiu a operação tartaruga. Afinal escalar o Sasha de lateral para ficar lá atrás é muito sem noção.Nem o Falcão faria…” Fiquei pensando nisso.E tambem penso que da mesma disfunção cerebral sofrem os torcedores que fizeram o que fizeram.Cada um sabe o tamanho da sua mágoa e da sua raiva, mas eu sei o tamanho da minha torcida e do investimento que mensalmente, por mais de 40 anos, faço neste clube….
Adriana, concordo contigo, mas veja, deixe a sua casa sem um comando claro e veja o que acontece. O grande erro parte de cima que não sabe trabalhar em equipe e não reúne as mínimas condições de fazer a gestão de um grande clube. O resto, é reflexo.
UM VOTO DE OTIMISMO !!!
Caso considerarmos que muitos times que estão na frente do nosso INTERNACIONAL, ainda vão perder muito mais do que nós, não conseguirão ter um melhor desempenho do que nós, deste jeito vamos poder acreditar que é possível ter um prêmio maior no CAMPEONATO e na COPA DO BRASIL.
Sabemos que é ruim estar abaixo da metade da tabela, mas vamos subir a ladeira jogo a jogo, bem devagarito, e que se cuidem os adversários, por que logo estaremos no cangote de quem está guardando o nosso lugar.
Ainda não temos CRAQUES no time, por hora é um bando de esforçados jogadores, é o que a casa COLORADA oferece aos seus exigentes TORCEDORES, mas o presidente está mais uma vez indo as compras para tentar acalmar os ânimos.
Quem dera se tivéssemos feito neste 1º turno a campanha do 2º turno do ano passado, a torcida com certeza não teria motivos para não estar feliz e pedir cabeça do Presidente Vitório Piffero e sua TRUPE, mas ele prefere ser CAMPEÃO GAÚCHO.
Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 02.08.2016
EU QUERO SER CAMPEÃO, DA 2ª DIVISÃO DO BRASILEIRÃO !!
Acredito que o INTERNACIONAL este ano, com muita PACIÊNCIA, esteja preparando o time para o próximo campeonato GAÚCHO 2017, e para a conquista inédita do título da segunda divisão, que nós e o presidente Invitório Piffero ainda não temos.
Falo isto, por que o primeiro semestre já foi e não conseguimos ainda ter um time com credibilidade, que nos deixe mais OTIMISTAS para disputar competições tão importantes como é o Brasileirão e a Copa do Brasil.
Já vi treinador morrer abraçado com seus esquemas, teimosia em escalar sempre seus bruxos, não dando oportunidades para os jogadores da base, no caso o ABEL, mas o INTERNACIONAL vencia.
Hoje tudo é diferente, muitos atletas estão sendo revelados e misturados, mas agora estão faltando qualidade e alguns cascudos motivados, por que os que temos já envelheceram, estão sem vontade, sem pernas e mais ricos.
Futebol é assim mesmo, o presidente está sempre certo até o fim de seu mandato, por acreditar que quando o time não ganha, a culpa é do treinador.
Mesmo que todos estejam se afogando por causa da sua péssima gestão, ele não pede para sair.
Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 02.08.2016
Dorian, respondendo aos teus dois comentários, sinceramente, ainda não acredito que seja a hora de “jogar a toalha”. Todo o esforço deve estar focado na identificação e solução profissional dos problemas existentes. Essa direção realmente está sendo de uma infelicidade tamanha, mas não acredito em má fé ou outra conotação comprometedora. Estão fazendo o que podem e o que sabem, mas infelizmente não estão conseguindo sucesso. Não estou aqui para defender alguém, nem tenho pretensão de faze-lo, mas acredito que devemos nos concentrar nesse segundo semestre de 2016 e fazer tudo que é possível para que o comprometimento não seja maior ainda. Penso que com a volta do Willian (se já não estiver negociado/contratação fracassada do Ceará gera essa suspeita) e do Dourado (mesma situação anterior devido ao grande número de contratações de volantes), somadas a maior utilização do Nico Lopez e a experiência de Falcão sendo aproveitada pelo grupo de jogadores, podemos aspirar algo melhor, tanto no Campeonato Brasileiro, como na Copa do Brasil.
Olá Antônio !!!
Bah Tchê, fiquei muito feliz com o teu retorno ainda mais depois que fiz aniversário ontem.
Por ser escritor e um atrevido COLORADO, eu já estava nas nuvens de tal felicidade.
Aproveito para agradecer a paciência comigo já que chequei aqui no BLOG ARQUIBANCADA por acaso, e tenho compartilhado o que escrevo diariamente.
Abs. a todos os AMIGOS.
Dorian, mesmo atrasado, parabéns pela passagem do teu aniversário. Sejas muito bem-vindo ao BAC e venha dividir conosco nosso espaço. O BAC é um espaço democrático e totalmente aberto para as livres manifestações de todos os verdadeiros Colorados. Os participantes desse blog não são melhores ou piores que nenhum outro Colorado, mas sim gente que procura dividir amizade, respeito e amor ao clube de nossos corações.
Pauperio, excelente análise, visão e reflexão desse momento (demasiadamente demorado) do Internacional.
Eu sempre digo e sempre acharei isso, que o Internacional é maior que qualquer atleta, ídolo, treinador, presidente ou gestão. E o que é o Internacional, senão a apaixonada do torcida colorada, através de seu apoio nas arquibancadas e por vezes, por meio de alguns apaixonados e verdadeiros torcedores unidos nos bastidores, que se uniram com o intuito de manter e ascender nosso clube ao patamar que já alcançamos e de onde jamais devemos retroceder. E isso é possível, isso é obrigação de quem está lá, mas infelizmente está sobrando vontade de fazer política nos bastidores e outros tantos,”etcetera” de interesses próprios, que nada tem a ver, nem representam em nada a massa colorada.
Não vejo terra arrasada ainda, mas vejo que o pátio interno do Beira-rio está também infestado de pseudo-colorados, tão quanto, aqueles que vimos no pátio externo, nos lamentáveis momentos de violência, que servem somente para interesse próprio, que é o de fazer política através do medo ou exalar a ignorância e a raiva.
Infelizmente tem sobrado política no Internacional e faltado amor. E onde o amor está ausente, abre-se espaço paras coisas ruins. Temos como colorados, antes de tudo nunca nos esquecermos do que trouxe até aqui, do que nos tornou colorados, que é esse amor pelo Internacional. Espero ao final da temporada poder dizer: O amor venceu.
É isso mesmo Fabiano. Esse Internacional e o Beira Rio é nosso, da torcida Colorada e nada será maior que o clube. As pessoas que fazem parte das direções, dos comandos técnicos e os atletas são ilustres passageiros, mas o clube fica. Também ficam eternamente na memória dos Colorados aqueles que deixaram algum legado positivo e que ajudaram a construir esse clube maravilhoso. Penso que a eles e ao clube é que devemos respeito e admiração, procurando continuar nos dedicando e colaborando, nas horas boas e nas mais difíceis, para o seu crescimento e na luta pela realização de todos os sonhos da torcida Colorada.
Oi Antonio Carlos Pauperio. Acho que a torcida do INTER é muito passiva com certas coisas. Oito jogos sem vencer, algo está muito errado. Troca de comando técnico, já se viu que não adianta. O Plantel é fraco tecnicamente, todos sabemos que sim,. E a vontade e a garra dos que entram em campo de superar estas condições, onde está ? Não sou a favor da violência, muito pelo contrário, mas se este tipo de situação acontecer com Coríntians. Flamengo ou Palmeiras, a torcida vai para os trinamentos protestar. O que me preocupa e ai vejo uma situação desastrosa logo na frente, é que o time não tem poder de indignação. Sabe quantas bolas chutamos no gol do Corintians, uma, aos 24 do primeiro tempo, pelo Valdíivia. Não pode, um time jogando na sua casa, embora sendo ruim, não mostrar para 34 mil torcedores, que não estão conformados com esta situação. E o que se viu foi um marasmo. É triste.
Estamos no mesmo passo, os motivos para indignação existe, para protestos também existem, mas atos de violência não condizem com nossa índole gaúcha e não fazem parte da torcida Colorada. Há quanto tempo estamos discordando do “andar da carruagem” e percebemos que a direção está alheia a qualquer análise da possibilidade de aproveitamento das críticas que são feitas. Esse comportamento distante da torcida e de outros Colorados é que leva um clube a situações semelhantes a essa. Ninguém é “dono da verdade” ou que não possa ser questionado. Na vida, no futebol não é diferente, estamos aprendendo sempre e é sinal de inteligência ouvir, pensar e tirar proveito das críticas construtivas. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém.
Alô você Antonio Carlos Pauperio! Nossa contribuiçãopara esse estado de coisas é justamente o que estamos fazendo, apontando algumas irregularidades, desequilibrios, equívocos no afã de ajudar, mas o doente quer ser ajudado? Me parece que vários setores do Inter parecem dizer: “Aqui esta tudo bem , então o problema não é meu”, e afirmaria eu: é sim. Só se vai a algum lugar fazendo o “mea culpa”. Minha opinião é de que UM DOS PONTOS FUNDAMENTAIS é de que o número de conselheiros é exagerado. Sendo muito condecendente diria que menos da metade seria mais produtivo NA MEDIDA EM QUE PODERIAM FAZER O PAPEL QUE LHES CABE como diz no Capítulo 2 em seu número III “III. Homologar os nomes dos associados indicados pelo Presidente para comporem a Diretoria”. Se efetivamente fizessem, por exemplo, evitariam que senhores muito voluntariosos mas com a competência discutível e nenhuma experiencia consistente em futebol se aventurassem a expor nosso patrimônio maior.
Melo, realmente algo está acontecendo e as consequências estão sendo altamente prejudiciais ao nosso Internacional. De longe, sem conhecer a realidade do dia-a-dia do clube, parece uma Torre de Babel ou aquela imagem de dois jumentos puxando a corda para lados contrários. A nossa torcida não merece isso. O nosso Internacional é maior que isso. Os verdadeiros Colorados devem “entrar no jogo da união” para que essa crise seja superada o mais rápido possível.
Olá Paupério concordo em muito com seu arrazoado, e realmente para min é dos fatores mais preocupante o comportamento de parte da torcida, se não entenderem que se não se unirem agora corremos o risco de parar numa posição nefasta, não é por falta de vaia que o time não se encontra. Abraço
Roldan, quem chama e une a torcida é o desempenho do time e seus resultados, mas quem acelera a desunião é essa inconcebível disputa interna de poder, em uma hora com essa criticidade e também a descomunal parcialidade de certa parte da imprensa. Coloco parcela de culpa em parte da imprensa porque acredito que as crises são potencializadas e servem para criar a ideia falsa de “becos sem saída” e, com isso, o comportamento irresponsável e condenável de alguns poucos pseudo torcedores, menos esclarecidos ou que defendem outros interesses, que acreditam que a violência seja a melhor solução para os problemas.