Antônio Carlos Pauperio
Nessas horas que estamos vivendo em nosso Internacional se torna muito difícil discordar sem que isso seja entendido como crítica ao que está sendo feito, mas quando é dada a devida atenção e a humildade necessária, essas mesmas colocações são aceitas como uma contribuição e podem ser entendidas como possibilidades de soluções. Nesses momentos difíceis temos que estar atentos, pois é muito mais fácil destruir, irresponsavelmente romper limites, dar evasão à todas as frustrações e, proporcionar que os oportunistas encontrarem campo fértil para suas incursões. Acredito que em determinados momentos todo e qualquer problema existente entre pessoas, entre posicionamentos e pensamentos, devem ser colocados de lado e unidos, pensar somente no Internacional e em sua torcida, de forma a buscar a sinergia para a solução das dificuldades atuais, evitar a sua propagação e a possibilidade de um mal ainda maior.
Ao meu modo de ver, todos os trabalhos possuem pontos positivos e negativos, dependem de pessoas, da maior ou menor qualificação dos envolvidos, mas todos têm como objetivo fazer o melhor. Ninguém de sã consciência trabalha para conseguir o fracasso, pois não é lógico e nem aceitável. Partindo desse princípio, não é preciso destruir o que está sendo feito para iniciar outro trabalho, bastando apenas aproveitar o que é considerado estar bem feito e apenas corrigir aquilo que deva ser melhorado. Essa valorização e respeito aos esforços já efetuados, leva a uma melhoria contínua de trabalhos em busca de resultados. A sequência de um projeto, na grande maioria das vezes, é sempre melhor que iniciar um novo projeto, a cada vez que as pessoas mudam, a não ser que o projetado estabelecido não conduza ao objetivo pretendido, nesse caso, se justifica mudar a sua concepção. Isso é básico para empresas, clubes e qualquer tipo de trabalho em grupo, onde as pessoas passam, suas capacidades aderem aos projetos, tornando-os, cada vez mais consistentes, qualificados e objetivos, razões fundamentais para chegar ao sucesso.
Em nosso Internacional, com certeza, existe muita coisa boa sendo feita e os méritos e os esforços devem ser reconhecidos por todos. Se tudo não está certo, tudo também não está errado. Se alguém tiver alguma dúvida, vá ao Complexo do Beira-Rio e logo terá certeza que existem muitos méritos a reconhecer. Visite também as dependências do clube e o nosso museu, onde o orgulho de ser Colorado fará o coração bater mais rápido e mais forte. Acredito que trabalhar em e para um clube exige muita dedicação, paciência, persistência e sacrifícios. Também é verdade que quando não há sucesso na atividade fim, no caso do nosso Internacional, tudo fica comprometido. É prática usual “jogar tudo no mesmo saco”, mas isso leva a muitas injustiças, pois a generalização é um ponto condenável quando alguém pensa em ajudar a melhorar.
Para a condução de um grande clube sempre fica uma questão a analisar e decidir. A escolha dessa condução deve recair sobre alguém realmente superdotado que possa fazer sozinho a gestão de todo os processos do clube, mesmo que acredite que na escolha de seus assessores não deva haver a preocupação com a suas qualificações e competências ou essa escolha deve recair sobre alguém que, mesmo que não seja provido de grande inteligência, mas possua características natas de liderança e que possua a capacidade para conduzir uma equipe de assessores profissionais, com qualificação e experiência com realizações de sucesso em cada processo específico. Se a decisão for por um projeto de crescimento contínuo e duradouro, onde as pessoas são periodicamente substituídas, a segunda opção me parece mais adequada para um clube que objetive crescimento, vitórias e conquistas. Não restam dúvidas que as escolhas de dirigentes e seus assessores devem seguir critérios de excelência e não de amizade, de simpatia ou de interesses. Se olharmos as áreas empresarias, públicas e privadas, a segunda opção sempre será a que trará melhores resultados.
Passada essa agonia atual com a superação desses momentos difíceis, acredito que seja a hora de parar um pouco e pensar na concepção e realização de um grande projeto para nosso Internacional, que possa dar continuidade à realização do Complexo do Beira-Rio, às grandes conquistas regionais, nacionais e internacionais do clube, pois só isso poderá trazer de volta a tranquilidade e alegria da Nação Colorada. Não sei se a informação está correta, posso estar enganado, mas acredito que está previsto uma eleição ao final do ano e minha sugestão é que sejam discutidos amplamente com a torcida Colorada todos os projetos que os grupos pretendentes irão desenvolver ao logo de suas gestões, antes de qualquer votação, inclusive a identificação, função que irá desenvolver, suas metas e responsabilidades e, importante, a qualificação de todos os integrantes de cada chapa concorrente. Acredito que para haver sucesso duradouro todos, internamente e externamente, devem estar comprometidos, assim como se torna necessário o domínio da torcida Colorada, sobre os conceitos envolvidos no projeto de alto nível, seus objetivos, o tempo necessário para sua viabilização, a transparência e qualificação das pessoas envolvidas na sua realização e as responsabilidades de cada um.
O QUE PENSA O JOGADOR DE FUTEBOL – PARTE II !!!
Puxa vida, tem um monte de torcedor que ao invés de ir até o estádio em dia de futebol para nos incentivar, vibrar, sorrir, chorar, vaiar, xingar, fica nas redes sociais antes, durante e depois dos jogos se machucando com as palavras.
Outros criam desavenças entre eles mesmos deixando de dar mais atenção para suas famílias ou quem sabe procurar algum trabalho, deixar de ficar ociosos, mas preferem se distrair junto ao teclado do celular, computador que são usados mesmo sem querer para escrever palavras de baixo escalão.
Um dia quem sabe vão aprender que quem treina, escala, desescala o time é um profissional preparado para isto, e que lá na direção tem outros que nos contrataram a peso de ouro sabendo que perder, empatar e vencer, é conseqüência do jogo.
O melhor é que não acontecessem lesões, cartões amarelos, vermelhos e principalmente desequilíbrio emocional de todos nós durante o desenvolvimento da partida, ou que todos os melhores e vencedores fossem clonados para não haver discórdia entre todos que são COLORADOS.
Quando chega o dia do jogo, todos os que estão relacionados sempre vão dar o máximo e caso a vitória seja conquistada, sabemos que logo após e no outro dia, seremos manchete positiva em todos os jornais e redes sociais.
O futebol é assim mesmo, um dia nós e vocês levantamos a taça e no outro curamos juntos as mágoas, mas saibam que ninguém do INTERNACIONAL joga para perder, até mesmo por que sabemos que isto será um retrocesso na carreira.
Agora tem um detalhe, não jogamos sozinhos, do outro lado também tem jogadores profissionais como nós em busca de objetivos, fazendo muito mais GOLSSSSSSSSSSSSSSSSSS do que o nosso ataque de araque, e tudo isto faz parte para o nosso crescimento ou rebaixamento.
Abs. Dorian Bueno – Google +, POA, 31.08.2016
Dorian, esse deve ser o pensamento dos jogadores, mas mesmo não sendo eles os maiores culpados na situação crítica do nosso Internacional (não se contratam e não se escalam), entretanto são profissionais do futebol, desempenham suas atividades publicamente, são sujeitos a críticas e elogios, ganham prêmios quando jogam bem e encontram resultados bons, mas não recebem desconto de salário quando perdem ou jogam mal. Um dado importante, não podem esquecer que recebem altos salários, muito superiores a esmagadora maioria do povo brasileiro, usufruem das melhores condições de vida e de trabalho e, em troca, devem corresponder em dedicação em treinamentos e em jogos com o esforço e a qualidade do futebol que se espera deles. Infelizmente ou felizmente, uma vez disponibilizada todas as melhores condições, o resultado de qualquer trabalho é o foco principal. Hoje, o conjunto, direção e atletas, estão devendo à torcida Colorada.
Alô você Pauperio!
Mais uma vez o torcedor tem que pensar e agir com os olhos tão somente no INTER.
Pessoalmente sonho ser possível um só bloco no CD, e que não copiem a repulsiva política nacional, dividindo e agindo em algumas vezes colocando o interesse de grupos à frente.
Coliradamente,
Melo
Melo, é verdade, o momento não é de fechar os olhos, mas mantê-los bem abertos e fazer o possível para não falar nada, de forma a possibilitar uma rápida recuperação. Passado esse preocupante momento, arregaçar as mangas e fazer todos os esforços para reconduzir nosso Internacional de volta às glórias de sua história, seu destino e fonte de sonhos e alegrias da imensa torcida Colorada. Quanto aos oportunistas, cabe a torcida ficar mais atenta e, nas eleições, fazer a eliminação necessária e impedir que outros alcancem seus objetivos dentro do nosso Internacional.