Com todo o respeito que tenho em especial a todas as opiniões, de quem quer que seja, me sinto até um pouco constrangido em escrever esse comentário. Depois de ler o comentário publicado sob o título “Andressa Riquelme: o Inter tem a torcida mais arrogante do país”, assim como a outros comentários que seguem a mesma linha, publicado em http://zh.clicrbs.com.br/rs, de 11/11/2016 e atualizado às 18h30min, fui à Internet, li por mais três vezes, e, depois de relutar, por não ser ingênuo e não aceitar calado colocações injustas, resolvi comentar no site do BAC, por se tratar de um local livre para externar opiniões, aceitar comentários favoráveis e contrários, entretanto todos regidos pelo máximo respeito mútuo.
Sinceramente, não me considero e não sou um torcedor fanático e até porque sobre esse foco já escrevi uma postagem, mas penso ter sido, no mínimo, uma colocação de infinita infelicidade e agressiva sem sentido à torcida Colorada. Quem não conhece as origens do Internacional e da torcida Colorada, do povo um dia muito mais sofredor, do povo que sempre lutou para sobreviver, o povo que em um determinado momento foi alijado de torcer e de convívios sociais devido a sua cor, do povo que acreditou em um sonho e que tirou comida da mesa de sua própria casa para ajudar a construir o Beira-Rio, símbolo de uma conquista de gente de bem, não tem autoridade para julgar ou interpretar um sentimento sadio, puro, vindo de uma torcida formada de todas as raças, credos e condições sociais e que, no mínimo, deveria ser respeitado. Lembro que orgulho pode ter conotação positiva ou negativa. Esse comentário conduz a uma consideração somente de conotação negativa, como soberba, arrogância e excesso de admiração e “esquece” de dar ênfase à positiva, do sentimento da torcida Colorada de orgulho, alegria imensa e satisfação pela capacidade e realização de feitos de nosso Internacional.
Das torcidas que conheço, desde os primeiros anos de minha vida e lá se vão 70 anos, a torcida Colorada nem de longe poderia ser considerada a mais arrogante, sob qualquer conotação, pois, mesmo tendo havido, por alguns poucos, um sentimento de excessivo contentamento, se justifica pelo sofrimento vivido até chegar às conquistas, mas nunca demonstraram arrogância e desprezo em relação a outras torcidas ou clubes. Exceções podem existir, na direção e entre os torcedores, mas não são a regra e, por serem pontos fora da curva, não deveriam ser consideradas e supervalorizadas.
Alguns detalhes importantes podemos levar em consideração. Qual pessoa que não gosta, quando feliz e bem arrumada, quando se acha bonita, de chegar frente ao espelho, se examinar da cabeça aos pés, de ver como está, fazer os ajustes necessários e se admirar? Quem não gosta de fazer selfies quando em companhia de pessoas que gosta ou em locais que admira no mundo todo e em todas as atividades? Se isso não significa não ter humildade, demonstração de pura valorização do que presencia, de admiração, por favor, não entendo mais nada sobre o ser humano. Será que ser feliz é ser arrogante ou que não existe felicidade sem arrogância. Os momentos de felicidade são para ser vividos intensamente, sem se preocupar em ser melhor ou pior que alguém. É simplesmente ser feliz e mais nada. A torcida Colorada viveu momentos de extrema felicidade, só isso.
Basta esses julgadores de comportamentos de pessoas, deixarem as sacadas de apartamentos, irem um dia ao Beira-Rio, com mentes limpas, viver alguns momentos como povo e ver os momentos de ansiedade e a tristeza que a torcida Colorada se encontra, principalmente quando em um momento difícil como esse, escutam opiniões de gente que não respeita escolhas diferentes das suas e, principalmente, a dor de outros. Fico espantado, quando interpretam que é fruto da arrogância ou da mudança de perfil da torcida. Desculpem discordar, pelo contrário, isso é reflexo de um amor puro a um grande clube e o medo de perder tudo que foi conquistado com tanto esforço e sacrifícios. Subentender que pelo preço dos ingressos o perfil da torcida mudou, é um exagero, pois a grande falha que hoje existe, está na falta de ingressos mais acessíveis aos torcedores de baixa renda, aliás, problema em todos os estádios do Brasil, não só no Beira-Rio.
Dizer que a culpa é do torcedor Colorado que elege e alimenta dirigentes “com a mesma arrogância com que a torcida arrota ser apaixonada pelo maior time da América Latina, com mais de 100 mil sócios”, demonstra desconhecer ou querer ignorar a história recente. Sim, queiram ou não, em um determinado momento o nosso Internacional chegou a ser o maior time da América Latina, com mais de 100 mil sócios, 1º Campeão do Mundial de Clubes FIFA, Campeão da Libertadores da América, Campeão da Recopa e multi Campeão Gaúcho, sem esquecer de citar que é o único clube Campeão Brasileiro Invicto, motivo de orgulho, no bom sentido, sem maldade, sem arrogância, da maior torcida do Rio Grande do Sul.
Pelo contrário do que foi escrito, a torcida Colorada não se esquece de onde veio e para onde deseja ir. Não é porque uns poucos pregam a mediocridade e uma falsa humildade como saída, gostaria que explicassem por que o nosso Internacional não pode se reorganizar, planejar e levar o clube ao mesmo porte dos maiores clubes internacionais. Com as condições atuais e pela torcida que tem não vejo razões para o Internacional permanecer pensando pequeno, dando espaço apenas à supremacia regional, se contentando com pequenas conquistas e isso não é arrogância, é acreditar que podemos nos tornar o grande clube que a torcida sonha e merece.
Nessa postagem, em nenhum momento pretendi defender o trabalho da atual gestão, por acreditar que muitos erros e equívocos foram praticados nos últimos anos, mas não deixo de valorizar o esforço e o tempo com que se dedicaram ao nosso Internacional. Desqualificar tudo seria uma injustiça maior que os erros praticados e tentar jogar a culpa sobre pessoas, sem identificar e combater as causas do fracasso atual, é um absurdo, pois contribuem à destruição e em nada ajudam. O momento é de identificar as causas que levaram ao fracasso atual e nunca desqualificar pessoas ou não reconhecer sacrifícios efetuados em nome do clube. Quem acredita que tudo esta errado, somente dentro do clube, misturando resultados de trabalho e pessoas, deveria procurar ajuda. O momento do futebol brasileiro evidencia falhas em todos os setores dos diversos tipos de gestões, da entidade máxima aos clubes, à qualidade das arbitragens e das equipes nas disputas, assim como o comportamento parcial de parte da imprensa. O momento, no espaço que podemos, é de juntar cacos, procurar criar as mínimas condições para uma reestruturação geral do clube e somar esforços de forma a nunca mais passar por momentos tão terríveis como os de hoje, aproveitando as lições para acertar mais e errar menos. Ao mesmo tempo, discordar do comentário publicado e os que o seguem com o mesmo foco, se resume ao que está escrito, ou que foi escrito e entendido por mim, mero torcedor Colorado e leitor, e não à profissional que o escreveu, a quem devo o maior respeito.
Para encerrar, reafirmando, sem ser um fanático torcedor, mas por ser alguém que faz parte da torcida Colorada, que admira e valoriza quem criou esse clube e que conseguiu erguer o Beira-Rio, a Boia Cativa infelizmente dos pessimistas de ontem e invejosos de hoje, conseguiu alimentar nossos sonhos e o amor a esse clube, por acreditar nos homens que lá estão defendendo a camisa Colorada, não acredito em queda à 2ª Divisão e, muito menos, na afirmação infeliz que fechou o comentário publicado. Nunca e em nenhum momento um torcedor Colorado foi ou será, nem de longe, como o torcedor de outro qualquer clube, muito menos do tradicional adversário local. Infelizmente se nosso Internacional chegar a ser desclassificado não será o que sonhamos e o que queremos, mas não será o “fim do mundo”, nós, os torcedores Colorados iremos construí-lo novamente e recolocá-lo onde merece estar, por todos aqueles que se sacrificaram no passado, se sacrificam no presente, por nós, nossos filhos, netos e bisnetos.
Bah tchê!!!
Que mico pensei que esta Riquelme era aquela oferecida Paraguaia.
Tudo bem, está gaúcha metida a se promover em cima do Internacional é inimiga na trincheira.
ABS.
Dorian, isso acontece com qualquer um. Inicialmente também pensei que o comentário fosse da outra pessoa e fiquei sem entender o por quê e, só mais tarde, na Internet verifiquei que se tratava de outra pessoa.
Olá Amigo Antônio !!!
Caso o pessoal lá da ZH encomenda-se o teu inteligente texto, com certeza venderia muito jornais por aí.
Tchê confesso que por não ter assinatura nem li o que a recauchutada falou e nem faço questão.
Tudo que vem lá do Paraguay não tem qualidade e é muito mais barato do que a história do nosso Internacional.
Consegui ler todo o teu ponderamento, aprendi muito mais e de graça.
Abs.
Dorian, feito o devido acerto na identificação da origem do comentário, o que posso afirmar é que como Colorado fiquei realmente muito chateado com o texto. Não sei se foi exatamente o que a autora realmente tentou passar, mas no mínimo, foi de uma infelicidade total. Uma coisa tenho certeza, a torcida Colorada não é arrogante e muito menos masoquista.
Atualmente ARROGÂNCIA ! E não é de hoje
Prezado Tiago, respeito sua opinião, não discordo que possa haver arrogância de uns poucos, mas a torcida Colorada não é arrogante. A história desse clube e o comportamento exemplar da grande maioria garante isso.
Pauperio, o que dizer de uma mídia manipuladora, apelativa e sensacionalista que busca vender somente notícias que lhe convém, que lhe tragam alguma lucro ou exploração do ouvinte, telespectador e leitor. Não esperava nada mais do que isso, abrirem espaço para um qualquer causar polêmica, usando o nome do clube e a paixão de milhões para aparecer. Garanto, alias, tenho certeza, que se fosse um torcedor das arquibancadas coloradas jamais teria espaço nessa mídia sensacionalista, mas como era da classe social que convém a eles, aí se abriu espaço, espaço de destaque num site que vários vezes ocultou fatos relevantes da sociedade para somente “vender” e mostrar somente a “verdade” que lhes convêm.
Como disse um ouvinte esses dias ao ser entrevistado durante a jornada esportiva: “Não dou entrevista para mídia golpista…”. De acordo ou não, tendo a ver ou não com os fatos políticos ocorridos no Brasil meses atrás, esse ouvinte estava certo, pois é verdade que essa mídia só nos vende a muito tempo inverdades e sensacionalismo, sem foco na verdade e para com o dever da informação.
Fabiano considero esses últimos anos como as décadas da hipocrisia e da mentira. Muito pouco se pensou realmente no bem estar do povo brasileiro e isso se reflete no esporte. Hoje o que se percebe é somente disputa por poder e por interesses contrários ao da grande maioria. Acredito que cada um tem o direito de expressar livremente sua opinião e todos tem o dever de respeitar as opiniões de outros, entretanto não existe igualdade de direito quando um agride os diretos de outros. A torcida Colorada tem o direito de ser feliz, da maneira que quiser, amando e adorando seu clube, pois é parte integrada e ajudou a construí-lo e isso deve ser respeitado. Pela sua história e pelo seu comportamento, tanto o Internacional, como a torcida Colorada, nunca foram arrogantes, apenas possuem o direito de ter orgulho pelas suas realizações. Em uma massa existe alguns poucos que pelas mais diversas razões podem não apresentar um comportamento tão elogiável, mas faz parte da formação de um povo, onde as oportunidades nunca foram iguais para todos.
NO CASO DESSA JORNALISTA SERIA RECOMENDÁVEL UMA ASSEPSIA BUCAL.
Carlos, no mínimo, foi um comentário infinitamente infeliz ou que leva a interpretações diferentes do objetivo que foi tentado passar. Pode não ter sido a intenção, mas me senti agredido pelo texto e não concordo com o que foi escrito. O orgulho que sentimos pelas realizações de nosso Internacional e pelo comportamento da torcida Colorada é digno de respeito e admiração, nunca uma demonstração de arrogância.
Alô você Pauperio, seleto parceiro e irmão do BAC!
Com sinceridade, não consigo dar crédito a essa “distinta senhora” que se notabilizou por colocar a venda parte de seus atributos corporais (se não, todos). Agora, se valeu de sua assessoria de imprensa para ganhar notoriedade (ou teria tão somente emprestado seu nome pra ganhar as manchetes? – eu acho mais provável) e parece ter conseguido. Em setembro do ano passado ela já havia se pronunciado em matéria veiculada nesse notável veiculo chamado ZH. Sinceramente, mesmo não tendo valia em sua plenitude sou forçado a dar crédito quando se refere ao abandono que sofre o humilde Colorado por parte das sucessivas direções contemporâneas.
Coloradamente,
Melo
Melo, não discordo que alguns poucos tenham um comportamento arrogante, mas não espelha a realidade do sentimento da grande maioria da gestão e torcida Colorada. Sempre fui e sou um crítico do que não acredito ser o melhor em determinados posicionamentos dessa gestão, mas não confundo resultado negativo de um trabalho, com a pessoa que o executa, mas sim com o profissional que o executou. O lado pessoal deve ser resguardado em qualquer situação, pois houve dedicação e trabalho em prol do Internacional. Se o resultado não foi bom, é uma questão de qualificação e propriedade do tipo de trabalho executado. O abandono ou não priorização das oportunidades aos mais humildes, aos mais necessitados, é um problema muito sério e nacional. O comentário em questão, ao meu modo de ver, não contribui com nada, pois ao contrário do que dá a entender nas entrelinhas, culpa a torcida Colorada pelo fracasso atual e isso não corresponde a verdade. Melhor fosse se tratasse das verdadeiras razões do fracasso, como qualificação e comportamentos da atual gestão e de investidores, claramente de interesses conflitantes aos do clube e aos desejos da torcida Colorada, mas isso não interessa a ninguém abordar.
Prestar atenção na historia do futebol, isso inclui a historia dos clubes, torcidas, estadios, regras e etc, ajudam muito na construção logica de um tema tão apaixonante em nosso país. Alívio total em ler teu post. Obrigada!
Adriana, quem deve agradecer sou eu, por você ler e valorizar o que escrevi. Fico horrorizado com o afastamento de determinadas pessoas do verdadeiro sentimento do povo brasileiro. Parece que nunca estiveram junto ao povo, vivendo as dificuldades de povo, de gente que tem muito poucas oportunidades para ser feliz, quando as tem, e quando as alcança, é julgado equivocadamente e condenado. A grande maioria da torcida Colorada foi criada entre os mais humildes e o Beira-Rio é sua casa de luxo, seu palacete e a realização de um sonho. Esquecem ou querem que outros esqueçam que nosso Internacional nasceu para criar uma oportunidade para que os excluídos da época pudessem ter o direito de, independente de sua cor, credo ou condição social, pudessem torcer e frequentar o estádio de um clube. A história não pode ser apagada, exatamente para que erros cometidos no passado, não possam ter a oportunidade de voltar a acontecer. Pode não ter sido a intenção de quem escreveu o comentário publicado, mas me atingiu em cheio, pois isso é motivo de várias discussões que tenho com amigos de outros clubes e todos, sem exceção, ficam abismados com a verdade e beleza da história de nosso Internacional e sua torcida. As informações, infelizmente, são distorcidas ou fora da realidade histórica. A história desse clube e o sentimento puro dessa torcida maravilhosa tem que ser respeitada, só isso.
Olá Paupério, fostes muito feliz nessas tuas colocações, não resta dúvida que num momento como esse que uma péssima campanha no nacional, surgem todo tipo de oportunista tentando os 15 minutos de fama. Como na visão caolha da imprensa gaúcha, há a necessidade de nivelar por baixo eles querem a qualquer custo ver o Internacional rebaixado, qualquer coisa é motivo para manchetes negativas e dão espaço para qualquer detrator que poça trazer algum prejuízo ao nosso clube, abraço.
Roldan, o comentário publicado foi infinitamente infeliz ou não traduz o que a autora gostaria de ter transmitido, entretanto, como torcedor Colorado, me atingiu em cheio. Vivi os Eucaliptos. Vivi a construção do Beira-Rio. Vi, ouvi e convivi com tantos Colorados humildes, que quase nada tinham o que colocar na mesa e levavam tijolos e cimento para ajudar na construção da Boia Cativa. Em nome desses irmãos Colorados mais humildes, em nome dos grandes construtores desse clube e em nome de toda a torcida Colorada, sem ser ridículo, não consigo esconder minha contrariedade ao que foi escrito. Não desconheço que possa haver alguns poucos comportamentos equivocados, mas o Internacional e a torcida Colorada não são arrogantes, mas sim sentem orgulho de todas as suas realizações, conquistadas com muito sacrifício, carinho e amor. Mesmo não acreditando em rebaixamento, caso isso venha a acontecer, não será o fim do mundo, pois a mesma grandiosidade dessa torcida levantará o clube e o recolocará de onde nunca deveria ter saído.