Aprendi a ser colorado desde o útero da minha mãe. Impossível ser diferente vindo de uma família inteiramente apaixonada por este Club.
Tive o privilégio de crescer dentro do Beira-Rio acompanhando também épocas difíceis, de pouquíssimos títulos, num período em que o Club não era bem estruturado. Estou falando é claro do meio dos anos 80 até o final dos anos 90, antes de vivermos nossa epopéia… Bem antes…
Nada naquele tempo, apesar de todas as dificuldades, abalava meu sentimento, minha paixão e minha moral por este Club, pelo contrário: era nas derrotas que eu me vestia de vermelho e branco e saia a desfilar pelas ruas de Porto Alegre. Absolutamente nada me abalava.
Cresci e quis o destino que eu construísse minha vida fora do Rio Grande do Sul e fora do Beira-Rio.
Mesmo morando longe fisicamente nunca me esqueci do Internacional. Digo fisicamente por que meu coração e minha cabeça nunca deixaram o Beira-Rio.
Para me manter conectado e amenizar minha saudade do Gigante erguido a beira-Rio, achei uns loucos que nem eu e aqui, no outro Rio, o Rio de Janeiro, começamos a nossa saga de bar em bar para acompanhar nosso colorado.
Hoje quase 20 anos se passaram e eu me pus a refletir sobre tudo isso.
Tempos depois, com minha vida longe de Porto Alegre, meu amor se tornou ainda maior pelo nosso Colorado e eu ainda mais orgulhoso, pois aqueles anos duros haviam ficado para trás. Mas… Como poderia imaginar que um Club hoje que é praticamente uma empresa multinacional com toda sua grandeza, o sexto maior clube em números de sócios no mundo, com uma estrutura de dar inveja em qualquer gigante do futebol mundial e pelo menos aos meus olhos, financeiramente bem estruturado; poderia viver um momento tão ruim e claramente o pior momento de seus 109 anos de existência?
A resposta foi simples. E olha que pensei muito, foram longos dias de introspecção que dariam um livro.
A resposta é… A história do Club continua ilesa… O meu amor por este clube também continua ileso e só estamos neste momento porque pessoas escrevem suas histórias e as pessoas que estavam à frente do Internacional nestes últimos anos escreveram uma das páginas mais terríveis do Internacional.
Quando falo “as pessoas”, eu me coloco no meio delas, pois, mesmo longe, eu represento meu Club fora do Rio Grande do Sul e me sinto de certa forma com uma certa culpa por isto.
Não jogo a culpa em nenhum outro colorado, dirigente ou atleta, pois esta historia é coletiva, assim como este Club foi fundado por desejo , união e coletividade; não me sinto a vontade para achar culpados, todos sofremos muito com todos os episódios que se sucederam neste ano de 2016, alguns mais outros menos mas o fato é que todos sofreram.
Achamos que depois de ganharmos o topo do mundo nós estaríamos imunes a tudo, nada mais aconteceria com o Internacional.
Esquecemos de olhar a historia de outros tantos clubes que atingiram seu ápice assim como internacional e depois passaram por momentos terríveis e culminando no terrível rebaixamento para a série B, este foi um dos nossos erros: não aprender com o erro dos outros para não cometê-los também.
Eu sempre procuro enxergar o lado positivo em tudo. Que a série B nos sirva de lição para que nunca tenhamos a soberba que outros tiveram de achar que somos imunes a tudo e que se não tratarmos as coisas com a devida atenção merecida tudo pode degringolar.
Que esta serie B traga o velho sentimento colorado de união e coletividade, que a instituição esteja sempre acima de tudo e de todos, vamos necessitar de tudo isto que só quem é colorado sabe e entende.
Já mais abandonarei meu colorado… Jamais!
Bem lembrado e falou tudo Luciano! Que retornemos cada vez mais fortes e unidos, algo que se perdeu nesses últimos anos, os dirigentes que pensaram mais em si do que do Inter e a torcida que preferiu idolatrar mais os ídolos do que o Inter, enfim, a instituição Sport Clube Internacional perdeu o amor dos gestores e torcedores, por isso estamos onde estamos. Que essa nova caminhada de 2017 nos ajude a reencontrarmos o caminho das glórias e a real essência do que é ser colorado.
Olá AMIGO Luciano !!!
Imaginei pela foto do BAR COPINHA uma situação bem divertida.
ESTE AMIGO SECRETO !!!
Amigos faz de conta que vamos ter a nossa festa de final de ano aqui no BLOG ARQUIBANCADA COLORADA, e precisamos andar dentro dos conformes para não dançar por falta de cuidados.
As festinhas de final de ano das empresas como sempre serão alegres, divertidas com comida diversas, bebidas e muita demagogia nos discursos entres os presentes. O amigo secreto deste ano poderá sair muito mais caro do que os míseros R$1,99 ou R$30,00. Tudo está lá no topo.
Quem não souber pesquisar e controlar sua volúpia por bebidas alcoólicas nas festinhas vai ter outra surpresa desagradável.O camarada que for de carro, moto e não se comportar nas ruas da cidade e estradas, terá que arcar com suas imediatas conseqüências e micos por beber demais.
Precisará controlar muito a sua vontade de matar a sede e empurrar os salgadinhos com algo gelado, ou pegar um táxi, carona de um amigo a base de água e refrigerante. O misterioso amigo secreto poderá não estar participando daquele momento ali da euforia para divulgação das características do provável amigo.
Mas com certeza vai estar ali na moita, à surdina, aguardando em algum ponto da cidade ou estradas com uma grande comitiva de convidados para uma BLITZ segura. Não tem erro, quem passar por ali poderá entrar e entregar o seu presente sem constrangimento.
Este amigo secreto é exigente quanto ao seu gosto para receber presentes. Tem um gosto bem caro, mas seguro para nossas vidas. Algo em torno de quase mil reais, muitos pontos negativos para sua habilitação e guincho.
QUE PAPAI NOEL GENEROSO !!!
Ele vai lhe presentear com um brinquedinho de assoprar quem tem um canudinho, mas não é para tomar caipirinha, é para medir o teu teor alcoólico.
A alegria deste amigo somente vai acabar quando descobrir que você realmente passou dos limites na birita e vai ter que dançar conforme a música das leis de trânsito, que com certeza já são bem famosas e somente não dança que estiver no padrão.
Depois de descobrir este famoso amigo, precisamos assumir perante todos os presentes que ele já não é mais secreto. Pegou você de jeito e com o maior prazer. Acredite, é melhor você tirar ele do que ele lhe tirar. Captou?
Acredite GRAÇAS AO NOSSO BOM DEUS, hoje o cerco aos infratores das leis de trânsito está cada vez maior em prol de suas próprias vidas. AMÉM.
Ao menos você terá a chance de saber com antecedência o que vai precisar deixar de fazer, para não tirar este amigo secreto.
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO, PARA QUEM NÃO BEBE E AOS QUE BEBEM TODAS.
Abs. Dorian Bueno – Google, POA, 24.12.2016
Meu caro Wolfgang, eu acho bem fácil explicar porque ganhamos do Flamengo e Cruzeiro e não vencemos o Vitória, Santa Cruz e Ponte Preta. Nosso comportamento foi de time pequeno. Contra os grandes, se agiganta, contra os de mesmo nível se apequena. Vemos isso todos os anos no campeonato gaúcho. Times do interior que jogam a vida contra a dupla e às vezes obtém vitórias. Mas aí, quando enfrentam os outros times do interior se nivelam a eles. E o campeonato brasileiro não é uma disputa entre times grandes. É disputa dos grandes contra os pequenos. Quem fizer mais pontos vence, ou fica no g 4 ou então, como no nosso caso, Z 4.
Grande e fraterno abraço!
Nasci em uma família de gremistas e até segui meu pai nos primeiros passos. Depois, felizmente, por influência de um padrinho, virei Colorado. Graças a Deus. Em minha memória o primeiro jogo que tenho na mente foi uma derrota para o Palmeiras em SP. O Inter saiu ganhando com gol de Figueroa e depois o Palmeiras virou, com um gol impedido. Coisas que aconteciam naquela época. Lembro de jogos memoráveis nos anos 70 – a vitória sobre o Fluminense em 1975 no Maracanã foi mais importante do que a vitória no título contra o Cruzeiro. A vitória contra o Atlético MG no BR em 1976 (ah, aquele golaço do Falcão) foi mais importante do que a vitória contra o Corinthians na decisão. Em 1979 as vitórias contra Cruzeiro e Palmeiras, fora de casa, foram mais importantes do que as duas vitórias contra o Vasco na decisão. Aquela vitória contra o SP no Morumbi na Libertadores de 2006 foi mais importante do que contra o Barcelona no mundial, porque representou a redenção total. Vitórias que me fizeram ser o colorado grande.
Com o tempo fui aprendendo a ser mais racional e menos emotivo na forma de ver futebol. Por isso, prefiro ver a beleza na derrota jogando bem e forçando os outros a reconhecer uma injustiça a uma vitória jogando mal. Para mim uma derrota jogando bem indica que a vitória está próxima. Uma vitória jogando mal indica, via de regra, o oposto. Vimos isso nos últimos 18 meses. Um time sem performance alguma. Exijo do meu clube um comportamento exemplar em todos os sentidos, não obstante reconhecer a legitimidade em defender seus interesses genuínos, sem com isso prejudicar outras agremiações, mesmo sendo o arquirrival. Sempre torcerei para o Inter ganhar e o Grêmio perder, mas jamais deixarei de reconhecer os méritos do adversário, como foi o caso nesta Copa do Brasil. Nem me importa eles terem facilitado a vida do Sport naquele jogo na Arena, porquanto, nosso time não fez o papel dele nos jogos contra Vitória, Santa Cruz e Ponte Preta no BR. Como explicar que conseguimos ganhar de Flamengo e Cruzeiro e não ganhar destes.
O Inter precisa voltar a ser respeitado dentro das 4 linhas e fora dela, dando exemplos de comportamento segundo os padrões sociais mais recomendáveis.
Fala Luciano, parabéns a você e também aos outros colorados, frequentadores desse simpático BAR COPINHA por manterem acesa a chama do velho e bom colorado, aí na Cidade Maravilhosa.
Aqui no RS estamos aguardando as novidades quanto às contratações para 2017. O Dale já voltou, lotou o aeroporto. O cara tem carisma. O Taison está 50%. Se vier é um baita reforço. Gostei da declaração do vice de futebol Roberto Melo, que afirmou: “Não é qualquer jogador que vai suprir nossas carências. Precisamos de jogador para entrar e jogar”. Ou seja, já entrar cientes que estamos precisamos agregar qualidade a esse grupo atual.
De qualquer maneira, esperamos um 2017 bem melhor que o biênio da Gestão Píffero!
Caro Paulo Melo, muito bem colocado teu texto, a respeito da crítica ferrenha contra a gestão Luiggi. Mas este, apesar dos transtornos da reforma do Beira-Rio para a Copa, apesar de um ano antes ser obrigado a jogar fora do Beira-Rio. teve um trabalho importante em dar cara nova ao estádio, com padrão Fifa. E além disso, entregou o cargo com o time classificado para a Libertadores.
E aí a gestão Pífio assumiu. E deu no que deu…
Alô você Luciano!
Meus cumprimentos pela postagem. Mais uma declaração de amor ao INTER. Como dissestes as páginas terríveis escritas pelos dirigentes jamais serão apagadas da nossa história que é tão grande que não se resume a isso. O que mais me tocou foi que especialmente membros da direção de futebol (eu separo sempre) eram críticos ferrenhos da antiga direção quando afirmavam que o time não tinha alma, não tinha ânimo que quem lá estava era incompetente (olha que estou sendo educado como se deve ser não repetindo os impropérios verbais utilizados à época) e veja no que deu. Mas o INTER é maior que todos eles. “CORREM OS ANOS SURGE O AMANHÔ.
COLORADAMENTE,
MELO
Parabéns pelo texto. MAS desculpe o desvio do assunto; Que coisa CHATA essa história do jogador do Vitória, sei que o inter que limpar o seu lado, MAS SE VAMOS DISPUTAR A “B” que se encerre esse assunto, se não irá mudar nada, se não vamos recuperar os pontos perdidos em campo, bola pra frente, que alguém da nova diretoria vá á imprensa e deixe claro que isso é passado, e que iremos disputar a segundona e deu. TODOS NÓS DESDE O MAIS LEIGO AO QUE ENTENDE MUITO DE FUTEBOL SABE QUE A CBF É UMA FALCATRUAGEM SÓ, que siga lá pelota. FELIZ NATA Á TODOS.
Alô você Vanderlei!
As opiniões devem ser respeitadas e como tal respeito a sua, ´so que com referência a esse assunto não está em jogo ir para a série B ou não, isso já foi decidido dentro do campo e é pra lá que vamos, o que está em jogo e em minha opinião deve seguir a “peleja” é a credibilidade da instituição SC INTERNACIONAL. A entidade “MATER” tem que se retratar da grave acusação que fez e ser penalizada de alguma forma. As redes de televisão especialmente o jornalista Juca Kfouri, deitou falação no jurídico do INTER. Apurada a veracidade dos fatos a que se pleitear uma retratação NACIONAL e quiça no mundo.
Coloradamente,
Melo
Luciano, parabéns! Sábios, de sensibilidade ímpar e profundos comentários de um verdadeiro Colorado. Tem certas leitura que nos fazem bem e tua postagem atingiu esse objetivo. Existe uma tristeza e uma revolta contida o amor Colorado, pois você sabe que a grande maioria da torcida vinha lutando para que o rumo fosse modificado. Infelizmente, só amor, não resolve, precisa ter influência sobre as ações efetuadas ou sensibilizar quem detém o poder. No caso do Internacional, a receita à queda à 2ª Divisão foi seguida a risca e nenhum de nós torcedores podemos assumir qualquer culpa nisso, pois, mesmo respeitando a dedicação, o tempo disponibilizado para atender o clube e o amor que devem ter ao Internacional, essa gestão, infelizmente, escreveu a mais triste página na história Colorada. Não se trata de culpar alguém, mas sim o resultado de um trabalho realizado e, com justiça, encontrar as principais razões dessa queda, pois é inegável que era responsabilidade dessa gestão, conduzir com competência o clube ou buscar ajuda em tempo hábil. Por outro lado, não ter tido um bom resultado no trabalho realizado, por mais significativo que seja, não significa que o grupo da gestão que sai deva ser condenado, pois acertar e errar faz parte de quem se expõe na dedicação a um clube. Acredito que sejam Colorados como eu e que devem estar sofrendo como eu. Infelizmente, para todos, não deu certo. Bola à frente! Resta desejar muita competência, profissionalismo, o arrojo da paixão e muito trabalho à gestão que entra e que consiga reestruturar o clube, recuperando o respeito e criando todas as condições necessárias à volta à 1ª Divisão, de onde nunca deveria ter saído.