Ninguém desconhece a ansiedade que cada Colorado carrega em seu coração e toda a expectativa que vive hoje para ver nosso Internacional de volta aos “trilhos” das vitórias e conquistas. Cada um de nós administra como pode, mas todos nós queremos o mesmo resultado.
Amanhã, 02/02/2017, no Bairro do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, é dia da maior festa popular dedicada à Iemanjá, a Rainha das Águas, doces e salgadas, mãe de todos os Orixás e das origens, que no sincretismo religioso corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Estarei presente e irei jogar minha oferenda de flores ao mar e pedir proteção ao nosso Internacional e a todos os Colorados.
Quando um caminho é reiniciado, principalmente depois de muitos passos errados, sofrimento e muitas perdas, nossa paciência e nossa pressa para ver resultados positivos com as modificações feitas em nossa trajetória, nos impulsiona a um sentimento de urgência extrema. A vida nos mostra o contrário, pois antes de resultados positivos tem de haver determinado tempo para a resposta, muita lucidez e muito trabalho. No futebol, a realidade é a mesma.
De um lado, a expectativa por uma solução esclarecedora, justa e positiva no Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, na questão envolvendo a FIFA, CBF, o Vitória e um de seus jogadores na disputa do último campeonato brasileiro e a possibilidade de “cobrar” o desgaste de imagem sofrido, pelas declarações divulgadas amplamente pela imprensa, pelo nosso Internacional e, do outro, o reinício da competição regional, agora com os jogos do Campeonato Gaúcho e pela Primeira Liga.
Acompanhando o primeiro jogo no Gauchão, Veranópolis x Internacional, só uma certeza. Esse ano de 2017 promete e nosso Internacional terá que superar muitas dificuldades. Essas dificuldades serão maiores, quanto maior for o tempo para consolidar um time qualificado e competitivo, que volte a vencer, a convencer e a impor respeito a todos os adversários. Quanto à questão na Suíça, como o bom gaúcho diz: “Não está morto quem peleia” ou “Um boi para não entrar na briga, mas uma boiada para não sair”. Quanto ao futebol, calma, confiança, apoio irrestrito, pois não dá para pular etapas.
Posso estar enganado, mas já se observa outro tipo de comportamento em campo, com nítida impressão de grupo fechado com um objetivo e isso é muito bom. O time já apresenta a manutenção de posicionamentos em campo, inclusive a preocupação com o alerta à manutenção dos espaços, e um esquema tático visível. Evidente, pelo pouco espaço de tempo de treinamentos, ainda não pegou conjunto, mas já apresentam algumas jogadas que demonstram terem sido treinadas, inclusive tabelas rápidas. Na linguagem de boleiro, o time Colorado está “ligado”, mas ainda não pegou “liga” e isso não é novidade para ninguém, pois ainda está em definição.
Em relação a 2016, nesse primeiro jogo não houve grandes alterações no plantel e nos jogadores escalados, mas ficaram novamente visíveis deficiências que devem ser trabalhadas. As primeiras escalações demonstram uma “cara” e um “esqueleto” que devem ter sido pensados pelo comando técnico, mas fica evidente que tudo ainda depende da fixação das formas de jogar do time Colorado e das características dos melhores jogadores para executar as funções previstas. Em princípio ainda carece de definição a lateral direita, a melhor dupla de zaga, a melhor dupla de meio campo de contenção, a melhor dupla de meias armadores (ao menos com um que use preferencialmente o pé direito) e a melhor dupla de atacantes desde que sejam velozes, saibam chutar e cabecear a gol. De qualquer forma, um bom começo.
A lamentar nesse primeiro jogo foi o critério adotado pelo árbitro, não expulsando o goleiro do Veranópolis, depois da entrada violenta e que poderia ter quebrado a perna do jogador Colorado. Lamentável também, abominável, a demonstração de selvageria de alguns poucos que pensam serem torcedores e que comprometeram a segurança dos demais torcedores e prejudicam ainda mais a imagem desgastada de nosso Internacional, com um espetáculo digno de marginais enfurecidos. A violência demonstrada não é aceitável quando feita contra um adversário em um jogo, não um inimigo, assim como no meio de uma torcida de Colorados, de todas as idades, comprometendo a segurança de todos. Por essa e outras razões sou totalmente contra qualquer torcida organizada em nosso Internacional, pois a verdadeira torcida organizada que existe é a composta pela mistura de todos os Colorados, sem distinção, pelos estádios de nosso Brasil. Esse negócio de juntar torcedores para ir ao jogo é muito bom quando se trata de amigos e que ao chegarem ao estádio perdem totalmente suas identidades próprias e passam, simplesmente a serem torcedores de uma só e mesma torcida. Esse custo com torcidas organizadas poderia ser muito melhor utilizado, proporcionando a felicidade de gente Colorada de baixa renda, criando oportunidades para que possam ir ao estádio e verem seu time do coração jogar.
Não espero grandes contratações e, como qualquer torcedor Colorado, fico torcendo para que nosso Internacional consiga, no menor espaço de tempo, formar um time qualificado e competitivo. Até lá, só me resta ter confiança e calma!
Pitacos
Minha opinião sobre o jogo do Inter contra o Brasil de Pelotas:
Danilo Fernandes – sem culpa no gol. Uma saída em falso, mas se prestarmos atenção na jogada, o que preocupa é nenhum zagueiro protegeu o Danilo na saída. Muy amigos!
Junio – grata surpresa. Foi bem. Alguns momentos de afobação devido à idade.
Paulão – não foi mal, mas já sabemos que vai falhar. O que mais me incomoda é que a bola passa muito tempo no pé dele. Este elenco do Inter não perde o cacoete de recuar a bola para ele. Pelo menos não deu aqueles lançamentos milimétricos #sqn.
Klaus – razoável.
Uendel – muito bem. Seguro atrás e muito bem na frente.
Anselmo – estava bem até se machucar. Charles entrou no lugar dele com muitas vantagens. Tem boas perspectivas.
Dourado – outro bom jogo. Crescendo.
Seijas – infelizmente o pior em campo. Perdido em campo e mostrando muita fragilidade física. Precisa melhorar. Aylon entrou não está bem, tem passe ruim demais. Precisa melhorar.
Andrigo – surpreendentemente jogou bem. Mas, no ano passado foi o craque deste mesmo campeonato. Vamos acreditar, mas….
Nico – melhor em campo no primeiro tempo, mas caiu demais no segundo tempo. Precisa continuidade.
Brenner – um gol e só. Roberson – pouco tempo em campo, mas mostrou mais que Aylon e Brenner.
A.C. Zago – gosto do estilo bola no chão. O time tem uma estrutura tática que se vê em campo. Não gostei da queda repentina do time depois dos 2 x 0. Parece o fantasma do ano passado. O time não mantém o padrão, porém, estamos no início da temporada, então, vamos dar um desconto. Cedo para avaliar o Zago.
O que gostei mais – Junio, Charles, Dourado e Uendel.
O que não gostei – excesso de bola no pé do Paulão, bola alta na zaga do Inter, comportamento do time quando fez 2 x 0 e Seijas.
Santos, excelentes observações. Também vejo um início de bom trabalho ou de alguém que conhece um pouco de futebol. Se observa que, tanto o time de ontem, como o anterior, jogam de uma mesma maneira. As colocações, os deslocamentos e as jogadas são as mesmas. Bom sinal. Como você, sempre a gente enxerga uma maneira de ver algumas coisas de forma diferente. Não gosto do tempo de demora dos jogadores Colorados, principalmente da defesa e meio de campo, em passar a bola para o companheiro, quando está evidente o destino da bola. Não entendo porque não passam logo, aceleram o jogo e impeçam que o adversário se arme. Comportamento, ao meu modo de ver, facilmente corrigível. Gostaria de ver Klaus e Ernando juntos, para concluir melhor minhas observações sobre a zaga. Continuo com minha posição de que Seijas é o reserva natural do D´Alessandro. Acredito que a entrada do Valdívia (tem que descobrir porque se machuca tanto) vai melhorar as tabelas com os atacantes. Penso que nosso Internacional poderia insistir na contratação do Marcelo Cirino, pois seria uma excelente opção pela direita. Logo no início fiquei contra a escalação do time, mas logo percebi que se tratava claramente de observações de jogadores do plantel em jogos oficiais. Gostei muito do desempenho do Junio e do Charles (parece muito inteligente e promissor).
Alô você Pauperio!
De volta ao Gauchão, vimos cenas de babárie entre a torcida colorada, mais uma vez mal conduzida pela direção que puniu Todas as torcidas quando na verdade a mão deveria descer pesada sobre os infratores, tão somente. Fique bem claro que esse modelo de Torcida organizada não me agrada, mas punir a FFC por exemplo, é recomendar que façam o mesmo que as outras fizeram pois vai ser penalizado do mesmo jeito.ISSO É UM ABSURDO.
Coloradamente,
Melo
Melo, penso que não deva existir torcidas organizadas. Sempre fui partidário que responsabilidade não pode ser dividida, que a gente deve “dar a cara a tapa” e assumir a responsabilidade de nossos atos. A grande torcida organizada fica evidente quando une indistintamente o sentimento de todos os Colorados no Beira-Rio ou em qualquer estado do mundo. Grupos organizados, além de torcer, também se protegem no anonimato e na união natural existente entre seus integrantes. Concordo que a decisão da punição seja unilateral, mas meu posicionamento é somente uma questão de opinião, entretanto, infelizmente, nessas horas concordo que há a mistura de gente boa e ruim. Sem querer particularizar, mas tem coisa melhor que juntar amigos e ir ou se encontrar no estádio? Alguém se preocupa com quem ira dividir espaço na torcida? Quantos amigos encontramos ou fazemos em um jogo? Melhor mesmo, é tudo junto, tudo misturado.
Pauperio, que essa novo ano, nova temporada nos empurre para o lugar ao qual nunca devíamos ter saído. Estou muito feliz com a volta de D’Ale, com o retorno de Ceará como titular, jogadores consagrados e com identificação pelo clube, que mesmo sem o vigor físico de anos anteriores, são tão ou mais participativos e vibradores que os demais. Mas confesso, perdoar a manutenção dos que se arrastam desde o ano passado na equipe, será muito difícil, eu como colorado me nego, não aceito mais eles no Internacional.
Fabiano, essa questão de perdoar, sinceramente, não procurei externar isso, pois continuo acreditando que os desempenhos dos jogadores foram altamente comprometidos pelo ambiente reinante no clube em 2016. Fica muito difícil para mim, que já fui jogador, acreditar que esse prejuízo não houve, pois a impressão que tenho é que os desmandos e a falta de critérios reinou nos vestiários. Se isso estivesse centrado em alguns poucos jogadores, até daria para acreditar, mas o comportamento foi de quase a totalidade dos jogadores e isso reflete que houve uma influência muita maior. Os erros cometidos foram muitos e causaram muitas consequências, principalmente o descontentamento, a fala de confiança e a insegurança que reinou entre todos. Agora que fique bem claro, eu, particularmente, não suportaria ver alguns jogadores, muito bem pagos e que nada apresentaram em campo, sendo reaproveitados novamente e vestindo a camisa Colorada. Não sei, mas sinto que em determinadas horas, falta a coragem necessária para firmar posição e dar um outro destino aos mesmos. Até que me provem o contrário, jogar futebol é uma profissão, por sinal, muito bem paga, com condições excelentes para trabalhar e permite usufruir de uma vida em condições muito melhores que a da grande maioria de trabalhadores brasileiros, mas, assim como para qualquer trabalhador, há direitos e deveres. Não há filantropia em questão, mas sim a relação trabalho/salário, deveres/direitos, no mínimo.
Você me desculpe, mas, com todo respeito, não concordo com seu título: confiança? Calma? Desde 2011 nós não temos time pra torcer. Em 2014 eles “liberaram o torcedor” já que era um time que abria mão das disputas. Eu simplesmente nem olhei para Copa do Brasil e Sulamericana com aqueles cretinos que lutavam por vaga. Depois veio 2015, com decisões cretinas do pior de todos os tempos, e o ápice em 2016. Cansei desse pensamento ridículo das direções do clube que acham que título importante é só o gauchão e a Recopa Gaúcha (meus deuses, isso é título?). O que eu quero hoje é, mais do que nomes, uma política de futebol que me convença que vale a pena torcer. Dá para crescer e até aumentar a torcida mesmo em ano de série B? Dá, desde que o time massacre todos os adversários e vença como o “curíntia” venceu naquele ano (nem lembro qual), com mais de 10 pontos de vantagem. Mas o que eu tenho ouvido é desanimador, tipo série B vai ser difícil. Ora, vão se catar: assim vão ganhar uma série A quando se já vão preparando a alma do torcedor para o nada até na B.
Dias, discordar faz parte dos objetivos da existência do BAC e me sinto perfeitamente bem quando alguém não concorda com minha opinião. A calma a que estou me referindo é para conter essa ansiedade que toma conta de todos nós. O que tento passar é que para destruir leva um tempo, mas para construir leva um tempo muito maior, principalmente depois do “estrago” que fizeram em nosso Internacional. No fundo, pensamos iguais, pois entendemos a gravidade da situação e a urgência em uma solução. Um abraço.
Paupério, perfeitas as tuas equilibradas proposições e avaliações, mas eu também me permitiria parafrasear o amigo e dirigir à direção, comissão técnica e atletas a seguinte mensagem: “Acalmem os torcedores passando confiança para eles”. SC.
Luciano, concordo plenamente contigo, mas será que ele nos ouvem? A impressão que tenho é que não será a repetição muda das mesmas coisas e espero que não esteja enganado. Nossa torcida vive uma tensão e uma ansiedade nunca vista e precisaria de mais informações sobre o andamento dos trabalhos.
Pauperio, como ter calma e confiança, SE MAIS DO MESMO ACONTECE NO BEIRA RIO???? Veja bem segundo jogo oficial, e no Beira Rio ou seja em casa, SEGUNDO o que se noticia, o nosso treinador já irá POUPAR (que palavrinha) MEIO TIME, mas pra que isso ???? A pré=temporada não serviu pra nada, se já no segundo jogo o cara, muda tudo, uns aqui irão dizer que tem que fazer experiencias, SIM, tem que fazer, mas pelo menos com uma BASE DE TIME, trocar um dois jogadores pra ver se a dinâmica do do time melhora concordo, mas POUPAR ??? ESTÁ LESIONADO??? fica fora, mas se está em condições vá pro jogo, ME DIGAM QUAL TIME DE QUALQUER ESPORTE COLETIVO IRÁ PEGAR ENTROSAMENTO SE NÃO JOGAR JUNTO, UMA,DUAS,TRES,QUATRO VINTE VEZES??? Jogando com time diferente a cada jogo jamais irá pegar ritimo ou entrosamento ou liga, como queiram. Se o internacional fosse uma restaurante o CARDÁPIO seria MAIS DO MESMO. Tão com a abreviatura de cobre na estaca e continuam fazendo as mesmas coisas com aval da NOVA DIRETORIA . Se já estão fazendo a tal POUPAÇÃO agora imagina daqui um mês ?? JOGADOR É PAGO E BEM PAGO PRA JOGAR, imaginem o SÓCIO-TORCEDOR paga religiosamente sua mensalidade, jogo no Beira Rio e ……. METADE DO TIME TITULAR EM CASA. Não tem que chutar o balde com tudo pela janela??? Exigir paciência do torcedor como???? E não é só o soócio torcedor de POA ou grande POA que perde, eu também perco, pois pago o perperwiew (acho que é assim) e de certa forma ajudo o clube. TIME TITULAR URGENTE, daí como diz uma parça aqui, as melancias podem ir se ajeitando. To loco então.
Vanderlei, não discordo de você. Estás certo, pois também não consigo entender. Acredito que seja uma desculpa para observar o desempenho de um número maior de jogadores em partidas oficiais, mas que isso não venha a ser uma prática ao longo das competições. Se deres uma olhada em postagens passadas, sempre fui contra essa “estória” de poupar jogadores. São jogadores muito bem pagos, usufruem das melhores condições de trabalho e vivem em situações muito superiores à grande maioria do povo brasileiro trabalhador.
Exato Vanderlei. Além disso, poupar significa que não jogam o torneio às ganhas. Se não jogam às ganhas, por que alguém vai torcer? É isso que eu digo, de coadjuvante em coadjuvante, esta direção míope vem reduzindo o tamanho da torcida, com isso reduz também a arrecadação. Aliás, foi com este pensamento moroso que fomos para a série B.
Belo comentário Pauperio, vc tocou nos pontos nevrálgicos neste início de ano Colorado. São exatamente estas questões que estão nos tirando do sério e acabam criando um universo de ansiedade e preocupação quanto ao futuro da equipe.
É essencial para que este futuro seja promissor desde já, uma vitória avassaladora na justiça desportiva mundial, colocando os pingos nos “is” e deixando bem claro quem de fato, faltou com a verdade ou tentou inverter a situação. Deve ser cobrado um alto preço pela recomposição do nome do Inter no cenário futebolístico mundial, mas por outro lado, estamos no país da corrupção e das lambanças e isso por si só, nos coloca em rota de colisão com o maior órgão diretivo no futebol brasileiro. Até que ponto isto é um fato alentador? Deixemos para lá e jogamos a segunda divisão com todos os prejuízos decorrentes ou batemos pé e trazemos à tona a sujeira toda engendrada contra nós pelos espertinhos de plantão no RJ?
Difícil de decidir, não?
Sobre o elenco que está aí e a formação do time que irá disputar os campeonatos e torneios, tem-se que , obrigatoriamente dar tempo ao tempo. Concordo contigo que já deu para se ver a mão do Zago na equipe durante o jogo. A tendência é só crescer.
Grande abraço.
Gaude, folgo em saber que você concorda com meus posicionamentos. Essa questão na Corte Arbitral do esporte não se trata de uma questão de honra de nosso Internacional e independe da área futebolística. É questão de resguarda da história desse clube maravilhoso e respeito aos que deram o máximo de si em prol do nosso Internacional. É exigir o respeito devido à torcida Colorada. Só isso. Quanto ao futebol, como disse em uma resposta anterior, destruir é muito fácil e rápido, mas construir é muito mais difícil e leva muito mais tempo. Infelizmente, para nós Colorados, a hora requer muita paciência e calma, se quisermos sair dessa “fria”, no menor tempo possível.