Nunca subestime um gigante

Vocês já reparam que nunca somos os favoritos em confrontos com o Corinthians? É como se a vitória dos paulistas fosse habitual, algo que sempre segue um padrão, sem muitas surpresas. E diante da maior rivalidade interestadual do país, o Inter sempre oferece em campo o melhor que lhe é possível, mesmo com os contratempos de lesões e ausências de jogadores importantes, como foi o caso da quarta fase da Copa do Brasil.

No primeiro jogo protagonizamos um massacre tático no Beira-Rio e em Itaquera Zago se esforçou para que o time conseguisse brilhar mesmo sem D’alessandro e Edenilson. O primeiro tempo foi desanimador e chegou a nos dar dúvidas a respeito da classificação. Mas nós sabemos como as coisas funcionam com o Inter.

No segundo tempo, o time resgatou o poderio imposto no primeiro jogo e foi ofensivo o suficiente para sufocar os paulistas em sua própria casa. Mesmo que desorganizado, o colorado lutou pela sua classificação, sendo aguerrido, unido e insistente. Nos pênaltis, Lomba provou que merece nosso carinho e respeito pela dedicação em campo.

A falta do favoritismo em jogos importantes como este fazem o Inter crescer. A falta do holofote ou preferência da imprensa desenvolvem no time um senso maior de poder. O fato de ser subestimado eleva o ânimo da equipe, faz com que sejam mais fortes e deem mais de si mesmos em campo. Ser subestimado faz com que você prove que não deveria ser.

E o Inter é subestimando desde quando essa rivalidade começou e segue provando que 2005 ainda vive dentro de cada um de nós como inspiração. O bacana é saber que os jogadores compram a ideia e batalham dentro de campo para manter a essência de luta do clube.

O Inter não caiu para a série B por causa de sua torcida ou por causa de sua história. Fomos vítimas de pessoas que não se importavam com a instituição. E não é porque caímos que deveremos ser subestimados, ainda mais por um time que já esteve onde estamos agora. O Corinthians e a imprensa subestimaram o Internacional e pagaram caro por isso.

Nós sempre podemos mais. Diante de grandes desafios é que se vê a força de um gigante. O Inter caiu, mas voltará. Subestimado, escanteado, injustiçado. Mas é passando por cima disso tudo que você diferencia quem é grande de verdade.

Por isso, nunca subestime um gigante. Um queda nunca nos fará menores.

4 thoughts on “Nunca subestime um gigante

  1. Prezada Jéssica

    ” Reconhece a queda e não desanima
    Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Trecho da música Volta por cima gravada pelo cantor noite Ilustrada em 1962.

    É isso que já começamos a fazer Jéssica, se esse grupo que ainda está em formação der “liga” boas coisas nos esperam.

  2. Jéssica, parabéns pelo texto..

    Fora do texto…mas como gostam de queimar cartucho com bicho morto estes Diretores do Inter? por quê todo este debate sobre o local do jogo, cujo mandante será o NH? Isso só queima ainda mais no filme em termos de imagem, porque dá impressão que queremos tirar vantagem em tudo…ora, se estamos com medo do NH, então, pára tudo….não que eu ache certo o título…acho que o Noia tem time bom e pode complicar bastante, mas, levando em conta o tamanho dos investimentos, o Inter deveria ficar quieto e tratar de ganhar em qualquer lugar….pô, estes caras só me fazem passar vergonha…

  3. Jéssica, muito coração, verdade, abordagem serena e inspiração em teu excelente texto. É difícil de entender, muito mais de explicar o porquê dessa forma parcial contrário ao nosso Internacional. Sempre fico com a impressão que isso originou devido à história maravilhosa desse clube, desde a sua criação até alcançar suas maiores conquistas. Esse clube nasceu para abrir um espaço para gente que pela sua cor de pele ou pela situação precária de sobrevivência não podia frequentar ou torcer por um clube de futebol. O nosso Internacional nasceu devido a triste e hedionda discriminação que existia na época e que hoje, devido a grande hipocrisia reinante, muitos querem esquecer. Fico imaginando o que vai à cabeça dessa gente pouco sadia. Deve ser muito difícil entender como um clube de gente humilde chegou ao Beira-Rio e ao maior título do futebol mundial, Campeão Mundial de Clubes – FIFA. Não encontram explicações dentro de seus pensamentos egoístas como o Internacional consegue congregar e viver feliz com uma mistura de gente que é o povo, o povo gaúcho e brasileiro, gente do bem, de mente sã, derrubando por terra todos os preconceitos e discriminações. Não devem entender como os grandes investimentos feitos em seus clubes não conseguem atingir os mesmos resultados. Nunca irão entender que a harmonia de convivência e a felicidade não se compram com dinheiro, mas com o respeito mútuo, com honestidade e com pureza de sentimentos. O nosso Internacional é único, pois o povo que está agregado a ele é incomparável e, também, único, e por mais que não queiram, terão que aceitar e entender que o destino desse grande clube é seguir o caminho às grandes conquistas. Série A ou B, simples resultados de um momento de sucesso ou fracasso de um trabalho, nada irrecuperável.

  4. Alô você Jéssica!
    Durante o início das competições nacionais, anos 70, a cada confronto, especialmente contra equipes do chamado eixo Rio-São Paulo, éramos submetidos a prova de que estávamos a altura de nossos adversários. Mesmo empilhando sucessos ainda há quem subestime nossa camisa é nossa história. A atual situação, na série B é circunstancial, é preciso que se entenda isso. Seguiremos nossa SENDA DE VITÓRIAS, até que ,um a um, sejam convencidos de que é obrigatório o respeito é que isso lhes tirará um pouco da dor de mais um insucesso diante daquele que será eternamente GLÓRIA DO DESPORTO NACIONAL.
    Coloradamente,
    Melo

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