PENSANDO COMO TORCEDOR COLORADO

Sei que a unanimidade é considerada burra e isso também é verdadeiro no futebol, mas é importante tentar separar o joio do trigo. Em 2017 houve coisas boas e coisas ruins.

A gestão Colorada, minha opinião, errou na contratação do Zago, porque ele não reunia as características que o Internacional precisava em um treinador. Acertou na contratação do Guto, pois vinha com experiência de formador de equipes e de acessos à Serie A. Acertou na demissão dos dois, mas errou na hora da definição disso, em ambos os casos. Acertou na contratação e a negociação de empréstimos de quase um plantel, já os critérios se foram os mais válidos, desconhecemos. Uma coisa é certa, no meio, veio jogador que não poderia ter vindo.

Tenho a impressão que faltou pulso ou experiência para essa gestão, pois nenhum jogador, por mais especial e importante que possa ser, não deve assumir funções que não são suas. Um verdadeiro líder é aquele que é o treinador dentro do campo e exige do time o que foi treinado e orientado. O que se viu foi “um pai autoritário” que permitia ou não os jogadores falarem com a imprensa e tomava para si a responsabilidade do clube perante a torcida. Não posso condenar, pois se havia espaço, nada pode ser reclamado, pois foi aceito e, pelo jeito, autorizado por reuniões exclusivas com ele, divulgadas na mídia. Desculpem minha opinião, mas gestão não é isso e esse tipo de atitude divide o grupo e desautoriza o treinador.

Guto fez um bom trabalho, organizando e dando um padrão de jogo ao time Colorado. Hoje todos sabem quem faz parte do time titular e quem não pode fazer parte do elenco principal. Parece que esqueceu isso e se deixou levar ou foi levado por um grupo de jogadores, alguns de atuações medíocres, se intitulando líderes. A lesão do Klaus, depois do Cuesta, sem encontrar os substitutos que pudessem dar segurança à defesa, desestruturou o time. As opções não deram resultado. Seu trabalho foi contestado desde o início, passou por ultimato e se perdeu nisso, perdendo o comando e o pulso do time. Como ”um peixe fora d´água”, faltava só a oportunidade e aconteceu no jogo contra o Vila Nova. Deve sair de cabeça erguida, pois executou um bom trabalho, mesmo que não tenha resultado no esperado, principalmente por não ter sacado aqueles jogadores de desempenhos medíocres e contestados pela torcida, mas com forte apoio da mídia. Onde estavam os líderes? De que lado?

Temos agora três jogos importantes, dois fora (Oeste e Goiás) e um dentro do Beira-Rio (Guarani). Quem sabe agora alguns comecem a correr, passem a fazer jus aos seus altos salários e a honrar a camisa Colorada. Se o “Patrão Lá de Cima” der uma chance, quem sabe a gente não conquista o título que essa parte da mídia “imparcial” considera perdido.

Espero que ao final da Série B, haja bom senso e não façam o jogo dos oportunistas criando “terra arrasada”, negociando jogadores a “troco de bananas”, enchendo de dinheiro os bolsos de alguns e sendo necessário voltar “a correr atrás do rabo”. Pensem e respeitem a história do Internacional e os anseios da torcida Colorada. Chegou a hora de acabar de criar ilusões e só trazer mais frustrações à torcida Colorada.

2 thoughts on “PENSANDO COMO TORCEDOR COLORADO

  1. Alô você Pauperio!
    Concordo com a tua ideia de que o Guto foi muito melhor que o ACZ, MESMO SEM TER SIDO BRILHANTE OU MESMO UNANIMIDADE. Também acho que se perdeu, na medida em que ao perder aquela que seria sua Zaga principal não tinha reposição a altura, mas me parece que não foi só aí pois o ataque poderia ter resolvido junto com o meio campo se resolvesse lá na frente, coisa que não aconteceu nos últimos jogos. O fato é de que quando foi demitido GF era lider do campeonato. Talvez um pouco de conversa de um Vice de futebol que soubesse das coisas pudesse resolver e acalmar os ânimos, mas aí já é uma historia batida por nós. Esse homem não existe e tampouco há um movimento para produzir ou aproveitar alguém com pendores. Sigamos, OREMOS!!!
    Coloradamente,
    Melo

    1. Melo, por essa razão escrevi que “ou se deixou levar ou foi levado”. Olhando de fora acredito que já não tinha mais o poder de escalação/substituição, o comando do time e sua situação deve ter sido muito incomoda nos últimos jogos. O treinador sem apoio de cima e de baixo não conseguirá ter sucesso em clube algum. Some a isso, o desconforto das posições da gestão e de parte da mídia defendendo dia e noite a sua saída e fazendo comparações e conclusões esdrúxulas.

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