A última marcha

A última marcha: Hoje as 17h30 da tarde, no Beira-rio, o Internacional entrará em campo pela última rodada do campeonato 2017. Ainda sob o comando do interino Odair Hellmann, o time colorado tem pela frente o Guarani de Campinas, do técnico Lisca. Esse 25 de novembro marca o adeus a série que nunca nos pertenceu, a última partida, a última marcha antes do retorno do Inter ao seu lugar devido. Um momento de alegria, mas também de muita reflexão, que essa lição nos fortaleça como clube, como torcedores, e nos faça reencontrar o verdadeiro Sport Clube Internacional.

Quem somos nós??? Precisamos olhar para o passado para entendermos nossa história, nossa grandeza, que essa dura lição definitivamente nos faça aprender de que não se pode brincar de futebol, não se deve por parte de dirigentes e torcedores se nivelar por baixo, deixem jogadores e técnicos medianos e menores para os times medianos e menores. Infelizmente tomamos alguns caminhos errados de uns anos para cá e além de não encontrarmos o caminho de volta, temos fixado moradia nesses lugares.

Casa dos Favores: Somos donos de nossa casa, enquanto outros nem tanto, mas é fato que a muito temos deixado empresários e oportunistas de bastidores usarem o Gigante como seus balcões de barganhas e negócios pessoais, ora, isso nada tem a ver com futebol ou nossos anseios como colorados. Quem muito terceiriza a gestão da sua casa ou empresa, perde o foco, o rumo, o comando, principalmente quando os interesses de terceiros são somente interesses, não o melhor para o Inter.

Casa de Apostas: Beira-rio não é cassino, tampouco bingo para ser lugar de apostas, chega do fulano que foi destaque no Mediano Futebol Clube ou do Clube Atlético Nunca Vi, parem de buscar os “legalzinhos” de microfone e de redes sociais, precisamos de caras com espírito vencedor, com tesão por ganhar, os que querem. Não se ganha títulos postando fotos no Instagram ou sendo “bom de entrevista”.

Conselho Deliberativo, Casa de Políticos: Não somos as pútridas câmaras e assembleias de nosso país para ser dominado por políticos e suas políticas pessoais ou partidárias. Tanto um país quanto um clube de futebol não podem manter sua grandeza ou ascender com foco em troca de favores, apostas e políticas partidárias, mas sim no bem comum, como deve ser, o sucesso vem sempre recheado de diversidade e unidade, não há conquista quando o foco é no pessoal e não no todo. Queremos colorados de verdade no conselho, é muito legal se dizer parte de um grupo, sair por aí com camisas de seu grupo, sair gritando por aí que “Nós somos assim” e outros “Nós somos assados”, o que importa de verdade é o Inter, um grupo jamais pode estar acima do Internacional, se assim tem sido e realmente nesse momento é assim, então com certeza está tudo errado.

Todo torcedor é colorado por amor ao clube, ao Inter e suas cores, uma única paixão, um único desejo: De que o Inter vença e seja campeão. Qualquer outro foco é burrice, egoísmo ou oportunismo.

7 thoughts on “A última marcha

  1. Perdemos a serie B pra nós mesmos, causas, todos sabem, e ontem na última partida desse ou deste?? campeonato, de novo o time no meu ver não foi bem, temos ENORMES carencias no grupo, tecnicamente é sofrível ver o inter jogar, são erros AMADORES demais se fosse uma que outra mas é durante todo o jogo, dizer que estou fazendo terra arrazada, mas não tem outro pensamento, desde o simples torcedor ao mais fanático, sempre falei que esta serie B foi uma das mais fáceis dos ultimos tempo, e não conseguimos jogar, dizer que os times jogam uma copa do mundo contra o inter, tá mas e daí??? Tínhamos o melhor elenco da B??? Ou o que escrevi acima é a pura verdade, salva-se dois ou tres jogadores o resto é resto ou do mesmo nível dos outros times integrantes da B, se estes quatros que caíram este ano da A estivessem na B certamente não subiríamos. Aí vem a notícia que contratamos o lateral direito do Boa esporte,.Watttt??? Mais do mesmo??? Efetivou-se Odair, pode dar certo?? Pode, mas a amostra que tivemos o fim de ano, nosso, ou meu é só de preocupação, não tem nenhuma alegria, só angústia de saber que ano que vem lutaremos pra não cair. TOMARA, MAS TOMAR QUE EU ESTEJA ENGANADO.

  2. Alô você Fabiano!
    Pegastes no ponto. O Inter foi transformado em grupos autônomos onde o que prevalece é a vontade do grupo. Será que não se pode abrir mão de sentimentos menores em favor do nosso bem maior? Desde há muito não se houve falar em planejamento para os próximos 10 anos. O último a trabalhar com esse sentido foi o professor Medina que ao sair sentenciou: ” dentro de cinco anos o INTER começará a colher o frutos agora plantados”. Não deu outra. De lá pra cá foi só colheita. Agora a árvore não tem mais frutos, ou no máximo um aqui, outro acolá. Quem vai adubar essa árvore?
    Coloradamente,
    Melo

    1. É isso aí Melo! E pior que não vejo tão cedo alguém que possa adubar essa árvore de forma que venha dar bons frutos novamente. Tem por aí?? Tem, mas precisamos de alguém pra tocar esse colheita, a frente de todos, um líder com vocação para dirigir o Internacional, não interesses de grupos ou de terceiros.

  3. Grande Fabiano, portentoso desabafo. Tenho absoluta certeza que tu expressaste o pensamento da grande maioria da massa vermelha. Valeu e grande abraço!

  4. Fabiano, depois do vexame de 2016 e da melancólica trajetória de 2017, não sinto alegria ou qualquer outro sentimento de felicidade. Apenas o sentimento de obrigação cumprida em parte, pois não poderíamos ter chegado na última rodada sendo “zebra” para conquistar o título. Aí surge um ponto que tenho me debatido muito ao pensar e falar sobre o INTER. Esse elenco e essa Direção não possuem o que defino por índole vencedora. Perderam de forma bisonha a final do Gauchão para o Novo Hamburgo e dependem de resultado paralelo para vencer o campeonato. Estamos na mesma situação de anos anteriores, especulando um treinador que poderá não aceitar o convite. E novamente os outros treinadores que forem procurados serão segunda ou terceira opção. Pincelaste muito bem a questão dos treinadores inciantes, não afirmados ou teimosamente contratados nos últimos anos, como o glorioso Celso Roth. Tenho dito também…contrate um treinador simples e barato e tenha um time jogando de forma simples, mas nem sempre barato.

    1. Perfeito Luciano!! Assim enxergo também, o fato de sequer termos vencido o Gauchão, a barbaba que estava, com todo o respeito ao Nóia, mas perdemos para nós mesmo de forma bisonha e melancólia. Infelizmente os que estão a frente do Internacional nos últimos anos pensam com cabeça de medianos, deveriam estar a frente do América-MG, não do Inter.

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