POR ADRIANO GARCÍA – EL MAGO
Maturidade acalma. Traz sossego. Nos livra de melindres. Gente madura olha nos olhos. Gente madura compreende, não cria caso, não age pra atingir nem faz uso de indiretas. Aliás ser maduro é ser direto, objetivo. É aprender com os erros, ao invés de paralisar com eles. A chegada aos 18 anos traz o marco que encerra simbolicamente o turbilhão de transformações da adolescência e inicia uma etapa da vida com mais responsabilidade e autonomia. É óbvio que o colorado já passou a muito dos 18 anos, um clube já com seus 108 anos de existência, porém 2018 começa principalmente com a esperança de calmaria. Depois da tempestade, vem a bonança. Geralmente é assim que acontece na vida, e o ano que começa no Beira-Rio promete ser um ano de mudanças. E para conquistar essa maturidade o escrete vermelho terá de se reinventar na forma de jogar. Talvez buscar no passado aprendizado para por em prática essa mudança. O novo técnico do Inter o Odair Hellmann precisará por sua ideias em prática, capacidade ele tem pra isso é um dos técnicos da nova geração, é um estudioso do futebol.
Historicamente, a torcida colorada sempre se identificou com times que criassem situações através da posse de bola, que valorizassem o passe, com jogadores de qualidade técnica do meio pra frente e com solidez e “garra” no setor defensivo.
O Rolo Compressor, a máquina de Figueroa e Falcão dos anos 70, o Inter de Abel e o de Tite. Essas são referencias vitoriosas, mas que além dos títulos, tinham um jeito de jogar que agradava ao torcedor, pois ele se identificava com aquilo. O Inter de Ênio Andrade (1987) e o do GreNal do Século (1989), também entram nessa linha de afetividade, mesmo sem os grandes títulos. É claro que o objetivo sempre será a conquista de títulos e glórias, no entanto o regate de uma plasticidade na forma de jogar também deve se ter como objetivo. É isso que Odair está pensando e será preciso, para que ele consiga trazer isto também peças técnicas que tragam com rapidez esta resposta. Dentro do futebol atual, onde a intensidade aumentou e os espaços escassearam, o segredo para um futebol propositivo, de posse e passe, são as chamadas conexões. Aliás essa tônica de pouco espaço traz a um detalhe pitoresco que denomina e reforça que é mais fácil destruir ao invés de construir. Mas é preciso salientar que o destruir pode ser o começo do construir, ou seja o escrete tem em seu elenco jogadores que a primordial qualidade é o desarme. Não obstante a isso a qualidade no toque de bola, no bom passe nos lançamentos curtos e longos deve haver o casamento dos setores, as conexões em todos as funções do campo. Sem esse equilíbrio fica praticamente impossível a implantação de qualquer que seja o esquema de jogo aplicado. Maduro é quem é capaz de enxergar os próprios defeitos, e ciente disto, avalia e reage aos eventos de maneira consciente. Afinal de contas, somos repletos de defeitos e qualidades. É uma equipe madura, equilibrada e o que a torcida deseja…
Adriano, como bem citastes, o destruir acredito ser o começo, mas não o destruir de marcação, destruição de jogadas, acredito no abafa, na pressão, principalmente em casa, afinal, não é assim, por exemplo, que jogam os times do Guardiola?? Abafa, cerca, pressiona que o adversário irá te entregar a bola. Simples assim?? Sim, simples assim, claro, com as peças corretas, aquelas que principalmente tenha tesão por ganhar. A frouxidão nunca ganhou, nem vai ganhar nada, visto nosso time de 2016 e o do início do ano passado. Todos nós sabemos, um parafuso frouxo segura até um certo ponto, o risco de “dar ruim” com sua frouxidão é bem provável, praticamente uma certeza.
Adriano, excelente matéria, parabéns, vale a reflexão.
Boa ! Maturidade ..acho mesmo que é esta a palavra chave para nós em 2018! time maduro, joga com desenvoltura, sem medo..olhando pra frente sempre! isso que quero do colorado em 2018!
Adriano, oxalá 2018 seja um ano de mudanças positivas. Ainda que, para mim, continuará sendo um ano difícil, mas que ao final os ajustes em vários setores sejam finalizados com sucesso.
Que as finanças sejam equilibradas.
Que dentro das 4 linhas voltemos a praticar um futebol que resgate nosso orgulho de ser Colorado, orgulho que, no meu caso, foi arranhado pelo conjunto de desmandos ao longo dos últimos anos.
Por derradeiro, que ao final, nossa imagem nacional esteja completamente resgatada, algo que foi deteriorado principalmente em 2016.
Alô você Adriano Garcia!
Antes de mais nada gostaria de acrescentar o Inter de Enio Andrade de 1979, O INTER QUE NUNCA PERDEU, segundo o livro assinado pelo filho da dona Azize.
Entrando no assunto acho que o ponto é esse mesmo, MATURIDADE, EQUILIBRIO (Mantra do Tite), mas creio que só virá quando a retaguarda procurarem e encontrarem tanto um quanto o outro. Nesse caso a maturidade, a maior idades só acontecerá quando :
1-firmarem convicções reais;
2- Souber reconhecer e reparar quando ocorrer equívocos e,
3- tiver como mantra que o coletivo sempre será o vencedor contra o individualismo DENTRO E FORA do campo.
Coloradamente,
Melo