O “HOME”


Antigamente (não faz tanto tempo assim) mesmo com a maior “festa” no vestiário ou no campo de treinamento, a aproximação do treinador era motivo de silêncio depois de alguém avisar que o “home” estava chegando. O respeito era tanto que, muitas vezes, era confundido com medo. Hoje em dia desconheço o comportamento dos vestiários, mas vendo tanta gente se arvorando de líder, grupos de influência, certas inconveniências de comportamentos ou não muito apropriados, fico com dúvidas de quem realmente comanda o vestiário e o plantel. Posso estar enganado, mas o que vemos hoje é um comandante técnico correndo, gritando, esbravejando ao longo da linha lateral e aparentemente sem que os jogadores o escutem. Acredito que correr, gritar e esbravejar seja um estilo de comando, mas penso que essas instruções deveriam ser assimiladas nos treinamentos, pois durante os jogos, aparenta desespero, desorganização da equipe e apelos a surdos.

Alguém pode estranhar minha colocação “certas inconveniências de comportamentos ou não muito apropriados”, confundindo não respeito à liberdade de expressão de qualquer jogador, entretanto não vejo sentido um colaborador, pago pelo clube, falar em nome do clube ou dos demais jogadores, muitas vezes impedindo até mesmo seus companheiros se expressarem. Afinal existem diretores responsáveis pela gestão das atividades do clube e para falar em nome dele. Estranho muito quando a presidência ou a direção do futebol fica omissa e aceita esses posicionamentos contrários aos interesses da torcida, pois os jogadores devem respostas à torcida, independentemente do que pensam de parte da mídia. É mais estranho ainda quando é para suas promoções pessoais seus posicionamentos são exatamente o contrário.

O mesmo raciocínio penso a respeito da torcida Colorada. As críticas, muitas vezes são injustas ou colocadas de forma inapropriada, não significam o pensamento de toda a torcida, mas apenas de alguns, de um grupo. Quando leio que a torcida Colorada protestou, procuro ver quantos foram os torcedores, se não existem outros interesses políticos por trás e, principalmente se as críticas são justas, impessoais e construtivas.

Para justificar o título, quando vejo o nosso Internacional aparentemente sem um rumo, sem plano de voo e sem um comando claro, tanto administrativo, como técnico, fico imaginando que está faltando “o home” (ou faltando assumir como), que tenha o respeito dos torcedores, dos outros clubes e da mídia, ou seja, aquela pessoa que se comporte como e represente um grupo de gestão coerente, evidenciando uma sinergia de propósitos comuns e qualificado à condução do clube. Vejo iniciativas boas, possivelmente intenções excelentes, mas não há sequência de atitudes coerentes e muito menos clareza nos objetivos. Cabe a mim e a todos nós torcedores não negar nosso apoio ao clube e a quem o dirige (agora com a contratação de novo diretor), continuar tentando colaborar com críticas construtivas, mas a preocupação com o futuro é muito grande. Nem tudo está errado, muita coisa foi feita, mas falta muito ainda. Apesar de outros pensarem diferente de mim, acredito que temos um bom plantel e todas as condições de ter um time titular qualificado, competitivo e vencedor.

A imagem foi escolhida para lembrar que o mais importante é o Internacional e a satisfação dos sonhos da inigualável torcida Colorada. O resto, é o resto. Quero voltar a ser campeão e protagonista em qualquer competição que nosso Internacional participar. Só isso!

One thought on “O “HOME”

  1. Alô você Pauperio!
    Faço eco as tuas palavras. Outro dia fui convidado para ir a um programa de debates esportivos na Rádio Grenal. Lá inquirí o âncora e mais dois jornalistas presentes sobre o que eles achavam dos pronunciamentos de torcedores em forma de telefonemas e ou mensagens dizendo : “voces disseram isso ou aquilo a respeito disso ou daquilo”, o rebate foi imediato: não pode é generalizar, tem que apontar, citar quem disse o que. Eu respondi: “perfeito, e isso que queremos também, mas ao invés disso ouço: “O torcedor quer o torcedor, não quer etc, quando eu por exemplo, não sou consultado, então como pode o jornalista dizer que o torcedor vaia quanto eu e um consideravel grupo está calado? Isso caro amigo é mais uma demonstração de que o espaço de “FALADOR” ESTÁ DESOCUPADO. Falta competência para falar e convencer. Falar por falar temos bastante.
    Coloradamente,
    Melo

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