Sinceramente, acredito ser muito fácil criticar, principalmente quando o crítico é leigo e sem o devido conhecimento dos meandros internos e sem a responsabilidade nas costas, entretanto, sem ser leviano, gostaria de colocar minha opinião construtiva para uma análise comparativa sobre a forma de nosso Internacional ser escalado e jogar atualmente. Não tenho a pretensão de criticar e nem conhecimento técnico para questionar ninguém, escrevo como simples torcedor Colorado e que quer o bem de nosso Internacional.
Considerando que depois da pré-temporada, quando as características dos jogadores são conhecidas, quando são definidas as melhores estratégias e as formas de atuação, o passo seguinte, entendo que seja definir e treinar o conjunto que melhor se adotar a elas e que deverá ser colocado em campo.
Considerando esse último jogo contra o Pelotas, não consigo entender a escalação de dois jogadores com as mesmas características jogando, lado a lado, no mesmo espaço de campo. Para não deixar dúvidas, estou me referindo a Nico Lopez e Pottker. Muito menos ver Patrick atuando equivocadamente na lateral do campo, como um ponta esquerda, lento, caindo a todo o momento e visivelmente fora de forma.
Observando os jogadores de defesa jogarem, percebemos defeitos corrigíveis. É no mínimo estranho esse defeito que considero o mais grave e repetitivo. Um defensor, mesmo de estatura mais baixa que o atacante, pode marca-lo e obter vantagem nos escanteios ou cruzamentos para a área, desde que encoste nele, sem fazer falta, só procurando influir na tentativa dele de apoiar os pés no chão para subir e cabecear. Ao mesmo tempo, também é básico olhar a bola e o deslocamento do atacante a ser marcado ou aquele que vem tentar o cabeceio. Tanto a bola, como os jogadores adversários devem estar no radar dos marcadores, não deixando de dar atenção a nenhum dos dois focos. Outra situação observada e corriqueira que já se arrasta desde o ano passado é o de receber uma bola, olhar para um companheiro (normalmente junto a lateral de campo), esperar ser marcado e então passar a bola para ele, que também já está marcado. Esse defeito torna o time lento, previsível e passível de erros na frente da área. Ao meu modo de ver, o jogador deve ter visão periférica e ao receber uma bola já sabe de antemão o que fazer e deve saber para quem passar de imediato. Acredito que deve ser revista a forma de marcar os adversários quando da batida de escanteios ou lançamentos feitos à área e o tempo de passe para o companheiro. Para corrigir esses defeitos não precisa ser muito inteligente, pois se não é entendido de pronto, basta treinar, treinar e treinar.
Outro defeito corrigível é a insistência em falsos lançamentos que mais são chutões para que os atacantes disputem a bola com os defensores adversários. Isso nunca foi lançamento, pois para ser tem que ter um objetivo (que não seja só o campo adversário ou um espaço vazio), o atacante precisa ser veloz e ter espaço, caso contrário é simples disputa de bola e perda de energia com deslocamentos cansativos e repetitivos. Insistindo nessa maneira de jogar será uma eterna “queima” de jogadores de ataque.
Mais um defeito corrigível que se observa quando dos cruzamentos para a área adversária, não passam de simples chutes cruzando a área por cima (com os atacantes escalados, melhor seriam chutes fortes e rasteiros), não são direcionados a um companheiro e se tornam um constante desperdício de ataques. Não entendo como adequados os cruzamentos com bolas altas para a área tendo Nico e Pottker como atacantes. Sempre soube que contra times que jogam fechados a melhor maneira de superar a marcação é dois pontas abertos, para deslocar os defensores e abrir espaços para possibilitar a troca de passes rápidos ou triangulações envolvendo o centro avante e meias. Por questão de justiça, D´Alessandro, excelente jogador, apesar de já estar mais para veterano, é muito útil para determinados jogos, pois é o único que sabe lançar corretamente, mas já não consegue marcar ninguém (sendo menos um no meio de campo) e, pelo acúmulo de bolas que passam para ele, cansa e se torna mais um fator que favorece a marcação e a lentidão que nosso time joga hoje. Penso que D´Alessandro, hoje, não pode ser mais titular do time principal, mas sim fazer parte do elenco titular para ser utilizado em determinados jogos.
Posso estar enganado, mas com um plantel numeroso como o do nosso Internacional, acredito ser uma perda de tempo essa esdrúxula ideia de poupar jogadores e fazer escalações inventadas, sem pé e sem cabeça, no início da temporada, quando o foco deveria ser definir o time principal, dar conjunto e consistência aos titulares e reservas imediatos. Sempre fica uma dúvida, se as necessidades do time principal foram identificadas, contratados os substitutos e se já fazem parte do plantel ou não.
Sem querer ser o dono da verdade, por favor, vejam jogos em outros Estados e terão uma visão da rapidez e objetividade que outros grandes clubes estão jogando. Os defeitos que o time apresenta hoje e já vinha apresentando, são simples demais e podem ser corrigidos nos treinamentos. Não vamos nos iludir se queremos ser campeões, se o nosso Internacional continuar insistindo nesse “tro-ló-ló” de passe para cá, passe para lá ou ficar nesse “passo de urubu malandro”, escolhendo o empenho conforme o adversário e não assumir uma postura mais combativa, mais coesa, mais competitiva e mais objetiva, nosso 2019 vai ser mais um ano de sofrimento.
Alô você Pauperio!
Os jogos de início de temporada via de regra são muito deficientes de conjunto entendimento etc e por via de consequência desagradáveis. Ainda acho que encaixando um lateral direito (o Bruno foi bem) nossa defesa está montada . No meio temos excesso de gente para funções semelhantes e aí vamos para as adaptações o que raramente da resultado satisfatório. No meio, ainda, a meu ver hoje só Dourado e Edenilson tem vaga garantida, começamos por aí. \Na frete o único que pode pegar a “camisa titular é o Nico. E não basta descobrir quem são os outros dois do meio e quem será o parceiro do Nico lá na frente. Tem que encaixar, dar liga como diz o Muricí, e para isso precisamos de tempo.
Coloradamente,
Melo