Grenal é Grenal e vice-versa.

 

Quando se quer assistir a um grande espetáculo de futebol o mais indicado não é exatamente um Grenal, que normalmente não é um jogo para corações fracos, a não ser que o vivente esteja um tanto enjoado da vida.

Mas é sim um confronto de muita luta, entrega e determinação, às vezes até as normas de civilidade, de ambas as partes, são negligenciadas na ânsia da busca da vitória a qualquer custo.

Não foi o caso do clássico nr. 419, praticamente tudo transcorreu dentro da normalidade, exceto um pequeno chilique da estátua em uma pequena escaramuça com o V. Cuesta, logo resolvida pela turma do deixa disso.

Quanto à arbitragem não tem saída, já escutei de muita gente tal árbitro é gremista ou colorado. Aí complica, normalmente ele inconscientemente quer demonstrar isenção e acaba penalizando o time que teoricamente ele torce.

Não sei se foi só na TV que assisti, mas o atacante André sobe e dá uma cotovelada no Moledo e, para meu espanto, após consulta ao tal de VAR, segue o jogo com só um cartão amarelo, a bem pouco tempo agressão sem bola era vermelho, mudou?

Fora esse lance, no meu entender, uma arbitragem que não teve maiores dificuldades, principalmente porque os jogadores não estavam a fim de complicar.

Quanto ao que nos interessa mais objetivamente, o Internacional, continuamos no mesmo patamar. Muitos achando que deveríamos estar muito melhor, outros tantos dizendo que o técnico está tirando leite de pedra e outros não vendo nada definido na maneira de jogar.

Particularmente, eu creio que o Odair nesse momento é o técnico que mais sabe o que quer do seu elenco e a forma de jogar mais definida, muito embora não signifique que eu goste do que vejo e sim que entendo que temos algumas limitações sérias em determinadas posições e na proposta de jogo que o técnico propõe.

Nossos laterais, uma carência nacional, não tem a força de marcação que gostaria pelo lado direito e Iago, na esquerda, tem um pouco mais de força, sobe com boa velocidade, mas peca bastante nos cruzamentos e às vezes é indeciso na hora de dar o bote no atacante.

Nosso goleiro e os dois zagueiros, como de costume, estiveram à altura das necessidades do nossos Clube e não inferior a nenhuma dupla de outros grandes times.

Nosso grande prejuízo foi não contar com Rodrigo Dourado e ainda contamos com a fatalidade de perder seu substituto, Rithely, com vinte minutos de jogo do primeiro tempo. Felizmente, o terceiro reserva, Rodrigo Lindoso, teve uma atuação que não comprometeu e até teve uma boa participação, essencialmente na marcação.

Patrick e Edenilson tiveram uma jornada um pouco à baixo dos jogos da Libertadores, mesmo que não ache que tenha comprometida, os dois são condutores de bola, dificilmente fazem uma virada rápida de jogo ou um lançamento de profundidade, mas é isso que temos para o momento, uma forte marcação na frente da área e uma saída arrastada de bola.

Aí vamos para a equação de difícil solução, para mim o melhor jogador tecnicamente do Inter está no ocaso de uma

O lado bonito do greNAL (imagem: Rádio grenal)

brilhante carreira, já carece de vigor, explosão e principalmente velocidade.

Acho que o técnico cometeu um equívoco colocando o D’Alessandro do lado direito, para ajudar o Zeca na marcação do Everton apoiado pelo lateral esquerdo Cortez. Claro que o Grêmio começou a levar vantagem pela direita, até que nosso técnico se corrigiu trocando o N Lopes de lado e barrando as constantes subidas do Cortez.

Então, com D’Ale em campo há sempre a esperança de um lampejo, um lançamento perfeito, uma voz ouvida pela arbitragem, pelos companheiros e até odiada ou temida pelos adversários, porém a equipe perde um pouco de força coletiva.

Mais à frente, o grande lance para Libertadores foi pouco acionado, Guerrero, embora é notório que os defensores dos adversários sintam constante preocupação com sua presença, faz um pivô perfeito, conclui com facilidade, embora que numa das melhores oportunidades chutou em cima do goleiro, pois estava um pouco adiante da linha da bola.

N Lopez, sem dúvidas, o melhor jogador nesse momento do Internacional teve uma boa atuação e foi responsável por duas conclusões que foram defendidas pelo goleiro adversário, mas a possibilidade da jogada individual, seja pelo drible fácil ou na velocidade, sempre é uma possibilidade com ele em campo.

Entraram no segundo tempo Guilherme Paredes, que deu um pouco de vitalidade ao substituir D’Alessandro, embora seu afobamento prejudicou as jogadas de preparação para os atacantes. Rafael Sobis entrou quase no fim na substituição de Guerrero. Com pouco tempo, não conseguiu contribuir com quase nada, mesmo que seja um jogador de qualidade e com comprovada experiência.

Par mim foi um jogo pobre de grandes lances, é claro que todo Grenal mexe com os nervos de todos, pois empatar em casa só não é pior que perder e para o meu gosto prefiro uma maior tentativa de atingir a vitória, pincipalmente em casa.

O grande vencedor foi nossa torcida que há uns quatro jogos tem comparecido acima dos quarente mil torcedores, hoje mais precisamente acima de 45 mil, recheando os cofres do clube e aplicando um doping emocional nos atletas em campo, pois quem teme adversário não vai ao estádio.

Quarta-feira acabamos com essa angustia, é um pouco mais difícil? Sim, mas se conseguirmos a vitória não será a primeira nem a última vez que venceremos um Gauchão na casa deles.

 

13 thoughts on “Grenal é Grenal e vice-versa.

  1. Olá Amigo Roldan!!!

    O GreNal 420, poderá arrumar a casa ou não!!!

    Por Dorian Bueno

    Será que o Internacional está pronto, para ser Campeão Gaúcho?
    Será que o Renato levará os seus jogadores, para orar de joelhos nos pés da sua estranha estátua?
    Será que o Grêmio fará um jogo totalmente diferenciado e manter a escrita?
    Será que os jogadores estão com a cabeça e condições físicas, para fazer algo melhor dentro de campo?
    Será que eles pensam algo tipo, o time deles está preocupado com o nosso, e vice versa?
    Será que caso sairmos na frente no placar, conseguiremos segurar o rojão da pressão deles?
    Será que caso o D’Ale sair na reserva, ele possa entrar depois e fazer algo diferenciado?
    Será que o Odair já sabe como poderá vencer o Portaluppi, dentro da Arena?
    É Amigos, como o será não entrará em campo, ficaremos aqui aguardando os acontecimentos.
    Tomara que o Colorado tenha atitude, capacidade física, técnica e tática de Campeão.
    Amém!!!
    Abs. Dorian Bueno

  2. Eu só sou sabedor, que coisinhas acontecem no futebol gaúcho e qe quarta, dia 17de abril de 2019 se sucederá outro crime. UM dito, em polvorosas, que estaria na chave mais fraca contra o grande campeão papa títulos. Pois quarta, eles perderão após empatarem mais uma vez em 0 x 0 perderem nos pênaltis. Não terão perdido nenhum jogo oficial e só terãp sofrido um gol. Que choradeira vai dar isso.

  3. Olá Melo, estamos vendo nosso time de maneira muito parecida, eu para quarta optaria entre dois jogadores, D’Alessandro pelo fatos descritos no crônica ou Potkker pela contribuição que da na marcação e sua velocidade para as jogadas ofensiva, creio que pelo menos em algum momento do jogo esses dois estarão em campo, abraço.

  4. Ótima resenha Roldan! Gosto de teus textos, sempre com tiradas que me fazem sorrir. Quanto ao jogo queria ter ganho em casa mas tudo bem, dentro do que foi o jogo Lomba foi muito bem e Nico com Guerrero fez uma dupla de boa atuação.

  5. Perdemos totalmente o meio do campo, quando recuperávamos a bola, piscava o olho e o gremio ja estava com a bola de novo, masss cadê o meio campo do time????……A tá tavam auxiliando o lateral, que coisa, nos primeiros 30 minutos do jogo o padeiro deu um nó no treinero Odair, nossos jogadores erravam passes simples e num momento capital do lance, era as vezes dois do inter contra um do gremio e perdíamos a bola, mas o que treinam???

    1. Olá Vanderlei, creio que o principal problema do meio campo é de posicionamento, pois quando perdem a bola se posicionam muito atrás, quase que na mesma linha do zagueiro e fica um vazio no meio campo, facilitando a recomposição dos adversários, abraço.

  6. Bom dia Roldan

    Acho que você fez uma análise muito consciente do que foi o Gre-Nal de ontem. Focando no jogo em si, arbitragem e no nosso Inter.

    Muito estranho o gesto do Vuaden, indo verificar o grau de lesão no Moledo no lance com o André. Em seguida aplica o amarelo no jogador gremista. Amparado por diversas câmeras, em ângulos diferentes, Vuaden foi instado a rever sua decisão, olhando o tal monitor à beira do gramado. Onde ficou clara a agressão. Faltou peito para o árbitro expulsar o agressor!

    Estranhei a cera do co-irmão em vários momentos do Gre-Nal.

    Acho o G. Parede um promissor jogador, útil, mas não seria o caso de substituir o Dale pelo Sarrafiore?

    Grande abraço!

    1. Bom dia Célio Cardoso, obrigado pelas considerações, essa sensação de arregrada do Vuadem, só é solucionado com vinda de árbitros de fora, os daqui ficam pressionados e acabam perdendo a naturalidade e se perdem em lances fáceis.
      Nitidamente o Grêmio jogou para levar a decisão para arena OAS, infelizmente conseguiu com a participação da arbitragem, cabe a nós frustrar a expectativa deles.
      Também acho o paredes um jogador interessante, ainda um pouco afobado, creio ser a ânsia em demonstrar sua importância dentro do grupo.
      Quanto ao Sarrafiori tem se mostrado um jogador de muito boa técnica, faz gol mas acho que ainda falta um pouco de intensidade, creio que esta passando por um período similar ao que passou o N Lopez, mais adiante deve deslanchar, grenal é jogo para cascudo.

  7. Oi Roldan. No seu comentário bem explícito do que foi o GRENAL, ficou a certeza de que não temos laterais, o DAle tem entrar no decorrer do jogo, Edenilson muito sobrecarregado, Patrick errando passes e conduzindo em demasia a bola. Como sempre perdemos o meio campo para dois jovens Matheus e Jean Pierre. A parada técnica nos salvou, foi quando num lampejo, OH, viu que era imenente um gol adversario pelo nosso lado direito. O trio final soberbo, Moledo, Cuesta e Lomba. Vai ser difícil na Arena, Nonato poderia jogar, mas infelizmente OH, tem medo de apostar no novo.
    Mesclar juventude com experiência sempre deu certo, vide o adversário que promoveu dois bons jogadores da base para o time titular. Abraço

    1. Olá Leandro, no momento atual ao adversário fica mais fácil arriscar, pois vem respaldados de conquistas importantes e recentes e baseado que o grenal consagra e acaba com jovens promessas creio que Odair optou pela cautela, haja vistas que nossa ultima derrota em grenal veio exatamente da inexperiência do Nonato que foi expulso por dois cartões amarelos numa zona morta do campo, totalmente desnecessário, abraço.

  8. Prezado Roldan!
    Teu comentário espelha mais ou menos o jogo que vi. Nosso goleiro e dupla de zaga em altíssimo nível. Laterais que deixam a desejar tanto na defesa quanto no ataque. Meia canha que ontem não esteve à atura de jornadas anteriores. E com isso o ataque foi pouco acionado. Parece que ao nosso time faltou um pouco mais de intensidade, a fim de ficar mais próximo de uma vitória em casa. Agora é esperar pelo jogo de quarta, fora de casa, para vez se desta vez conseguimos a tão almejada vitória.
    Abraços a todos do blog!

    1. Olá José, também lamentei não termos ousado um pouco mais, vamos lutar para por água no chopp deles, lá na arena OAS, ficou mais difícil mas não impossível.

  9. Alô você Roldan!
    Sou dos que entendem que o INTER escalado e treinado pelo OH tem forma definida de jogar: três volantes e dois pontas de lanças pelos lados e tem se saído muito bem, eis os seus méritos. Isso não é razão para não tecer comentários quando se observa um equívoso de decisão. Isso aconteceu ontem na escalação do D’Ale e Zeca do mesmo lado, óbviamente um lado carente de marcação. A correção veio na segunda etapa, mas poderia ser dentro e durante o jogo alternando os lados do Nico e D’Ale, mas no saldo fomos bem e a pçrodução do greNAL foi na média de tantos outros. Parede poderia iniciar quarta para não dar folga para os dois lados da defesa tricolor? Da pra pensar né?
    Coloradamente,
    Melo

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