Passado mais um grande evento futebolístico sediado em Porto Alegre e, como sempre aqui nos pampas, cada vez mais acirrando a já tão famosa, às vezes odiosa, rivalidade Grenal, onde chegamos ao ponto de torcer contra o goleiro, por ter origem no Internacional, ou torcer pelo insucesso do Everton, por ser jogador do Grêmio.
Mas afinal, qual a praça mais adequada para um evento dessa grandeza? A Arena, que foi mais recentemente construída e apresenta suas dificuldades de localização, pois ainda estão devendo o seu entorno e vias de acesso compatível coma grandeza da obra e, até o momento, não conseguiram resolver seus problemas, com um gramado criticado desde sua inauguração? Ou seria o Gigante da Beira Rio, reformulado para a Copa do Mundo de 2014, que teve sua capacidade reduzida em prol de oferecer maior segurança e conforto aos usuários, possui uma localização privilegiada e teve seu acesso facilitado para que parte de pessoas do Mundo que esteve em Porto Alegre saíssem com uma impressão positiva. A crítica mais contundente que ouço da nossa casa é quanto às instalações destinadas à imprensa, que se diz desconfortável.
Bom, como se sabe, tudo é motivo para acirrar a rivalidade ou deixar transparecer pequenas invejas de ambos os lados e para mim disfarçar a ansiedade para o que realmente mais me interessa, hoje estamos voltando às competições entre os Clubes, Copa do Brasil, Nacional e Copa Libertadores, isso sim, nada pode ser maior.
Me reportando ao título da coluna, quem joga para empatar normalmente perde.
Todo time que se preze tem que ter no mínimo um grande goleiro, um ótimo articulador, um excelente zagueiro e um goleador emérito, ou seja, uma coluna vertebral para estruturar um time, o sucesso passa por esses fatores.
Dirigentes e uma comissão técnica com clarividência para saber do real potencial dos seus jogadores e suas possibilidades frente aos adversários.
Desde 2005, quando começamos confrontos com CBF, Tribunais esportivos, sorteios e os adversários que nos tocam, para mim não é mera coincidência, vamos ao jogo Palmeiras.
Não era muito difícil de imaginar, pois esse filme já vi muitas mais vezes do que gostaria. Quando vi a escalação já sabia o que assistiria, como de costume, após a interrupção para uma competição de seleções, após uma mini pré-temporada como costumam denominar, voltamos mais fracos, vamos sentir falta o Iago sim, até seus detratores devem concordar com isso.
Como nos últimos enfrentamentos com Palmeiras se repetiram os fatos. Os colorados otimistas dirão que fizemos parelho com o melhor Clube Brasileiro dos últimos anos, mas na letra fria da lei quem saiu com resultado que interessava foram eles.
Vou ser repetitivo, pela configuração do meio campo, diga-se de passagem, não tem nem um mau jogador, mas falta um articulador. Se não temos um com 24 anos, que seja o que temos com 38, até enquanto consiga ficar de pé.
Sem isso jogamos 45 minutos fora, para não dizer jogados no lixo, ficamos quicando e empurrando para um lado e outro um verdadeiro paralelepípedo, que jamais chegou a quem deveria, o Guerreiro, que não conseguiu sequer um arremate perigoso. E não foi culpa dele, a bola não chegou.
Estou assistindo a uma série no Netflix chamada “Libertador da América Gen Bolivar” e confirmando
algo que já sabia, Generais covardes ganham batalhas, jamais Guerras. Então o castigo veio, numa jogada xoxa, onde deveria estar o odiado Iago, havia um vazio enorme de uniforme vermelho, mas tinha um de verde. Onde andava o Uendel? Não o vi nem de pronto nas imagens, mas sim um atacante do Palmeira, Bruno Henrique, que recebe a bola só e até que Nonato se desloque para tentar o corte. Sobrou tempo para ele cruzar e encontrar Zé Rafael à vontade no primeiro pau e decretar o gol que seria o da vitória, aos 19 minutos iniciais.
Depois disso o jogo transcorreu um tanto morno, parecia que o Palmeiras aceitava ganhar com o placar mínimo e o Internacional estava satisfeito em perder de pouco, pois se espremer veremos um forte chute do Nico Lopez que o bom goleiro Weverton defendeu, sendo praticamente a única defesa difícil do primeiro tempo, os demais chutes foram praticamente atrasadas de bola.
Voltando para o segundo tempo, quase como deveríamos ter começado, entrou o D’Alessandro, nosso único articulador, porém, ao meu ver, com um posicionamento praticamente na ponta direita e no lugar do Nonato, eu teria recuado o Patrick para lateral esquerda e retirado o Uendel, que não teve boa atuação.
Durante todo segundo tempo continuou mais ou menos igual, houve uma melhor na qualidade das trocas de passes do Inter, mas não o suficiente para furar a barreira defensiva, como sabemos uma das especialidades dos times treinados pelo L. Felipe, somada a facilidade de sair em contra-ataque altamente veloz.
A seguir, aos 27 minutos, entrou Rafael Sobis, saindo Nico Lopez, numa tentativa de dar mais força ao nosso ataque, porém, apesar das boas atuações anteriores, não foi o suficiente para mudar o estado vigente e me chama atenção que nesse retorno ele tem se mostrado muito irritadiço e tomou um cartão amarelo totalmente desnecessário e, devido a insistência da reclamação, poderia ter sido expulso.
Aos 47 minutos finais, ocorreu o que creio ser um tipo de brincadeira, que já assisti e não consegui ainda entender, saiu o Guerreiro e entrou o Parede, talvez a troca tenha sido para que a torcida do Palmeiras desse uma vaia exclusiva ao jogador em memoria a sua passagem pelo Corinthians.
A lamentar a atuação do Juiz, mostrando que para apatifar um jogo não é necessário dar pênaltis, basta truncar o jogo, gastar 3 ou 4 minutos em cada cobrança de falta, cada vez que o tal Dudu recebe a aproximação de um marcador ele se joga no chão e é marcado falta, como sabemos, ele é um jogador de pouca estatura e eles contam também com um grandalhão que utiliza o mesmo artifício, o tal Deiverson, dois grande canastrões que contaram com a complacências do juiz, que deu apenas quatro minutos de acréscimos, tempo gasto na cobrança da última falta cobrada pelo Palmeiras.
Com tanta repetição de fatos, não foi mera coincidência e, no jogo de volta, estaremos mais uma vez na espera de um milagre, bater uma equipe que dificilmente leva gols e mais raramente, ainda, perde.
Mas, eu acredito em milagres.
Roldan, magnífico o seu texto. O OH é um treinador novo(três anos). Mas ele não pode repetir erros, quando joga fora. O Inter joga por uma bola, fica pequeno ante o adversário. Este modelo, ele tinha que ver, não dá certo. Ontem para mim, só a zaga jogou bem. Restante abaixo do esperado.Agora , o que preocupa, são as declarações dos dirigentes após jogo.Foi tudo bem, tava ótimo, para aí, perder não é bom. Temos chance de ganhar aqui, temos, mas não podemos levar gol. Fico preocupado, estamos ganhando todos os jogos no BR, mas na maioria, levamos gol , vide o jogo contra o temível Paissandu.Acho que tá na hora do OH, entender que tem um bom elenco jogando dentro e fora de casa. Em tempo: Se formos para a final da LIB. avisá-lo, que é jogo único em Santiago. Grande abraço.
Olá Leandro, será necessário agregar alguma coisa, na estratégia, explorar ao máximo fator local, pois em qualidade para o próximo enfrentamento não teremos nada de novo, abraço.
Alô você Roldan!
Concordo contigo quanto ao aproveitamento do Patrick na Ala com o D’Ale solto, acho que hoje é o melhor. Quanto a saída do Guerrero, a justificativa está no depoimento do próprio ao sair. Se fizesse o que vociferou seria expulso i Odair viu e o retirou para não perde-lo no segundo jogo.
Diretamente de Natal, RN
Coloradamente,
Melo
Olá Melo, com relação ao Guerreiro até que é um motivo aceitável, mas tive a impressão que por pouco não fez um gesto obsceno aos torcedores que também seria punido. Vamos ao Beira tentar reverter essa situação complicada, abraço.
Alô você Roldan!
Exatamente, logo após esse momento foi que ele deu a declaração.
Diretamente de Natal, RN
Coloradamente,
Melo