Um universo vermelho

Há 16 anos, em um domingo de manhã bem cedinho, começávamos um dia que a muitos aguardávamos: a decisão do Mundial contra o Barcelona, a seleção incrível da época.

Nos dias que antecediam a partida, uma ansiedade constante nos acompanhava. Era nosso Inter campeão da sua primeira Libertadores, na final de um campeonato que decidiria quem era o melhor time do mundo.

Todo o colorado acreditava. Mas, também todo colorado pensava como se conseguiria parar um time que tudo ganhava e que tinha estrelas como Pujol, Iniesta, Deco, Xavi, Gudjohnsen, Ronaldinho Gaúcho…

Abel nosso técnico, Fernandão nosso capitão 🌟 E nosso time tinha estrelas! Que na América brilhavam mas, que no restante do céu do mundo ainda não haviam aparecido.

Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Indio, Rubens Cardoso. Estrelas brilhantes e únicas como também Wellington Monteiro, Edinho (que depois declarou o que não devia) e Alex.

Vargas, Pato, Luiz Adriano e Gabiru. E a constelação colorada que nos deu o maior título possível estava formada nos céus do universo.

A entrada em campo em uniforme branco, barba feita e uma elegância só, trazia um Inter concentrado e focado em fazer o melhor que podia e tinha planejado nas noites anteriores estudando todos os posicionamentos do time do Barça.

E o jogo que prometia um massacrante Barcelona pra cima de nós foi neutralizado pela marcação de Ceará em Ronaldinho, pela lateral protegida por Rubens Cardoso, pela zaga de Eller e Indio, pelo nosso capitão Fernandão orientando os quatro cantos do campo. Que com sua saída de campo deixou a torcida em pânico, mal sabendo que era nesse momento que o título se desenharia com a entrada de Gabiru.

Aos 36 minutos finais. Iarley e Gabiru.

Iarley se desvencilha de Pujol, passa para Gabiru, juntos vão até chegar em Valdés e Gabiru bater um chute forte, decidido e…

Olha o gol, olha o gol, olha o gol!

GOOOOOOOLLL do Inter! Gabiru!

Do banco para a história!

O time da garra alcançava o que de mais difícil havia: superar a muralha do Barcelona.

Eternizado (Imagem: CP)

Nos momentos que as faltas e as roubadas de bola eram conseguidas pelo Barça, encontravam Clemer. Quem não quase desmaiou achando que o juiz poderia marcar pênalti naquela lance final do Clemer nos pés do Iniesta ou a defesa de mão trocada no chute do Deco.

Mas, havia Iarley ensinando que minutos finais ganhando são feitos para matar o jogo. Ir para a bandeirinha de escanteio e com Rubens Cardoso trocar passes curtos que irritavam um Barcelona incrédulo com o resultado. As expressões de Ronaldinho demonstravam que nosso adversário aceditava que mataria o jogo no momento que quisesse.

O que eles não sabiam é que o Clube do povo queria esse título mais do que tudo. E que acreditar pode te levar para onde tu quiser!

” Vibra o Brasil (mundo) inteiro, com o Clube do povo do Rio Grande do Sul ”

Saudações coloradas

Simone Kuiava

https://youtu.be/A_HL4JLMxfE

2 thoughts on “Um universo vermelho

  1. Alô você Simone!

    A cada 17 de dezembro nos entregamos as nossas doces lembraças, aliás, felizes somos nós que temos o que lembrar., e por mais que venhamos a repetir o feito, algo extremamente dificila, jamais será igual a esse NIOTÁVEL 17 de dezembro quendo o grande Barcelona conheceu a força de um vento que veio do sul da America do Sul.
    Coloradamente,
    Melo

  2. Olá Simone
    O dia 17 de dezembro é marcante para todos colorados, principalmente para nós, integrates desse blog que surgiu na mesma data, só que dois anos depois. Foi um jogo que tivemos todos os sentimentos possíveis: ansiedade, aflição, desespero, alegria e novamente, ansiedade. Jamais o Inter seria igual e queremos que volte a este lugar. Vai demorar um pouco? Vai, mas pra quem já derrotou o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e construiu um estádio sob as águas, tudo é possível.

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