Ídolo para salvar a Pátria!

Por Adriano Garcia

Ídolo é um substantivo masculino
figurado, pessoa ou coisa intensamente admirada, que é objeto de veneração, imagem que representa uma divindade e que se adora como se fosse a própria divindade. Figura, estátua que representa uma divindade que se adora. [Religião] Pessoa a quem se atribui qualidades divinas ou representação de um ser fantástico, com atributos divinos. Pessoa à qual se prodigam louvores excessivos.
Na Etimologia (origem da palavra ídolo). Um ídolo (do grego antigo εἴδωλον, “simulacro”, derivado de εἶδος,”aspecto”,”figura”)é, originalmente, um objeto de adoração que representa materialmente uma entidade espiritual ou divina, e frequentemente é associado a ele poderes sobrenaturais, ou a propriedade de permitir uma comunicação entre os mortais e o outro mundo. A idolatria é, portanto, a prática de adoração de ídolos. O ídolo é o elo-função, cujo contacto de proximidade vence, só por si a apatia, a indolência e a resistência naturais à ação, constituindo-se como a figura mental principal de arranque dessa acção, da mobilidade, do pensamento e da fala. Esse ídolo, muitas vezes traduz-se pela visão da nossa figura vigorosa de outrora, inspirada de uma fotografia qualquer, e que entretanto se transformou num mito íntimo, símbolo máximo de força vencedora de qualquer resistência, em qualquer circunstância ou situação. A ideia de ídolo opõe-se à prática de idolatria; sendo que a idolatria é a corrupção e banalização do ídolo.
Há dias que temos a impressão de que chegamos no fim do caminho. Olhamos para frente e não vislumbramos mais saída. Não há uma luz no fim do túnel, e não há também nenhuma possibilidade de volta.
Parece que todos os nossos projetos, nossos objetivos, foram levados para bem distante, e estamos sem possibilidade de alcançá-los.
Parece mesmo que o outono da existência fez com que secassem as nossas esperanças e o vento forte do inverno varresse das nossas mãos todos os sonhos acalentados.
A morte vem e arrebata os afetos da nossa alma deixando-nos o coração dilacerado.
Sentimo-nos perdidos. Não sabemos que rumo tomar. Ficamos atônitos.
Sentimo-nos como uma árvore ressecada, sem folhas, sem brilho, sem motivo para viver. É a desesperança.
De repente, como acontece com a natureza, a primavera muda toda a paisagem. As árvores secas enchem-se de brotos verdes, e logo estão cobertas de folhas e flores.
O tom acinzentado cede lugar às cores verdes de tonalidades mil. É a esperança. Tudo na natureza volta a sorrir. A relva verde fica bordada de flores de variados matizes, as borboletas bailam no ar, os pássaros brindam-nos com suas sinfonias harmoniosas. Tudo é vida. Assim, quando a chama da esperança reacende em nosso íntimo, nossos sonhos desfeitos são substituídos por outros anseios. Nossos objetivos se modificam e o entusiasmo nos invade a alma.
Dessa forma, em qualquer circunstância, deixemos que a esperança nos invada a alma, confiantes de que a mudança sempre nos dá oportunidades novas para traçarmos novos caminhos. A vinda do ídolo D’Alessandro mostra a ideia perdida durante a caminhada. Em que pese esta busca do elo perdido qual será a contribuição? Sim, é inegável que a presença do antigo camisa 10 muda qualquer ambiente (eu gostaria dele em campo). É visto que junto com os novos donos do vestiário isso pode acalentar e acalmar uma torcida enfurecida. A esperança deve ser uma constante em nossas vidas. Esperança de melhores dias; esperança de realizações superiores; esperança de paz. E assim vamos lambendo as feridas em busca da felicidade. O sonho nunca morreu mesmo que ele pareça ser mais um pesadelo. No entanto, fica empírico um véu de incompetência por não chegarmos a ele.
Narra-se que um monge que vivia da mendicância, sem abrigo, recolheu-se numa gruta para o repouso noturno em bela paisagem banhada de luar.
Adormeceu, veio um bandido e lhe furtou a capa de que se utilizava como agasalho.
O frio da madrugada despertou-o e, dando-se conta do infortúnio, porém fascinado pela claridade da lua, aproximou-se da entrada da gruta e, emocionando-se com o que viu, exclamou:
Que bom que o ladrão não me furtou à lua!
E sorrindo, pôs-se a meditar.
Desesperar, nunca!

3 thoughts on “Ídolo para salvar a Pátria!

  1. Salve Garcia, Ave Mago! Também, a Sabedoria Popular nos leva ao dito de que ” Uma Andorinha só não faz Verão”, e ao longo das administrações, tantos outros ídolos foram trazidos como verdadeiros “Salvadores da Pátria”, e o que se viu, um verdadeiro “Holocausto”… E é com muita tristeza que vejo a repetição da mesma história. Por isso, a chegada deste nosso último recente “Ídolo” não me emociona positivamente. Quero sim, como todos nós verdadeiros colorados o retorno da Instituição ao Pódio Nacional novamente entre os “Grandes do País” que nunca pisaram no tapete verde da Série B uma única vez, que é o nosso caso, diferentemente como outros que de uma forma ou de outra são useiros e viseiros e se vangloriam dos feitos, com direito a volta olímpica imortalizando trágico momento esportivo passado. Vimos grandes ídolos passarem como dirigentes treinadores ou outras relevantes funções no Clube. Agora mesmo, a saída do ídolo “Magrão”, bastou a interferência externa pública da questão acusatória de NEPOTISMO” , em nome da “ETICA” , a viabilidade da permanência dessa liderança provada demonstrada em título, não foram suficientes para a Presidência provar a sua relevância, legitimidade e optar pela confiança na nova proposta. Hoje, novamente, temos outro ídolo para “tentar” o que não sei… Por isso, com muito ceticismo, o mesmo dito, lá no início reapresento de acordo com outro poeta: ” Uma Andorinha: Só? Não faz! Verão!!!! Oremos(P.R.M.)

  2. Bom dia Adriano Garcia e demais amigos do BAC.
    Que belo texto Adtiano, tudo colocado de forma brilhante, usaste a simbologia nas palavras, constestualizando bem o momento do Inter, assim vou seguir seu caminho e como diria ovpoeta.
    ” Desesperar jamais, aprendemos muitos nestes anos, afinal de contas não tem cabimento, entregar os pontos no primeiro tempo…”
    E assim continuamos em busca do resgate do nosso Inter, que os dirigentes nos roubaram.
    Domingo agora, um grande jogo um adversário forte que vem em uma crescente, quem sabe está ai a oportunidade da volta, uma vitória com bom futebol…
    Que droga, já escreví isso várias vezes este ano.
    Mas como bom Colorado, a esperânça é a ultima que morre.
    Vamos meu Inter.
    Um abraço a todos.

  3. Alô você Adriano!
    Grande texto , como de hábito. Pois estamos a espera da metamorfose. D’Ale , creio eu, sabe a encrenca que se meteu. É um duelo, sem hora marcada, ou mata ou sua imagem vai ficar arranhada diante da torcida. Vai depender de ferramentas, vai depender da aceitação, vai depender de quem e como vai ser administrada a relação do grande D’Alessandro com a atual comissão técnica. E na largada de seu trabalho pegamos um time em ascensão . Mais uma vez OREMOS.
    Diretamente de Natal RN
    Coloradamente
    Melo

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