Por que temos ídolos?
O que nos leva a enxergar de maneira diferente pessoas iguais a nós?
Desde que somos crianças temos ídolos: os primeiros são nossos pais, avós, padrinhos, tios… Aos poucos começam a surgir aqueles que nos identificamos, que idealizamos ser quando adultos. Normalmente identificamos nestes ‘heróis’ aquilo que pensamos ter em comum. Sem falar nos desenhos animados que inúmeras vezes brincamos no papel do personagem principal, no caso das meninas, aquelas mais bonitas…
Na vida adulta, no caso na minha vida adulta, tenho dificuldades em ter ídolos por ser muito ‘exigente’ com imagens passadas pelas pessoas… Tenho colegas de profissão que admiro, cantores, atores… mas daí tê-los como ídolo, é um longo caminho.
Há alguns anos, me deparei na contramão do gosto futebolístico da família: em uma casa de tricolores doentes (sim, doentes, palavra perfeita para a situação) me descubro uma fervorosa e apaixonada colorada! E olha que peguei tempos difíceis, em que até futebol de botão era vencido pelo co-irmão… A tristeza era tamanha que ao perder um Gauchão na década de 90, com o glorioso Christian no ataque, meu irmão (um daqueles beeeem doentes que mencionei anteriormente) comovido com minhas lágrimas decidiu me dar uma camisa oficial (que por sinal não guardei estima alguma e naqueles sensacionais ‘Dia da Troca’ promovidos pela Reebok, fiz questão de repassá-la a algum colorado, com espírito mais esportivo que o meu, guardar de recordação)!
A partir daí comecei a admirar vários jogadores, mas a explicação para idolatria ainda não havia espaço na minha capacidade de compreensão, afinal, ídolos não eram aqueles os quais nos identificávamos?!
Assistindo aos jogos do amado colorado, descobri um menino que voava em campo! Parecia que estava distante, desligado do jogo, mas lá pelas tantas se ligava, roubava a bola e como um raio vermelho nos fazia vibrar: gooooool!!!!!! Sim, aquele menino reunia qualidades admiráveis: humildade, simplicidade, simpatia, me fazia vibrar, sonhar, comemorar e sempre esperar mais! Esse menino me trouxe muita alegria, mas se foi… voltou… foi de novo… E eu continuo esperando mais um retorno seu, para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
Fiquei novamente admirando alguns jogadores no Inter, vieram os grandes e sonhados títulos Libertadores e Mundial de Clubes, grandes jogadores!
Foi então que ‘aquela’ admiração voltou a fazer parte da minha rotina vermelha! E mais uma vez me surpreendi ao perceber que toda minha expectativa, esperança, sonhos e alegrias retornavam à campo a cada jogo! Explosão, vibração, garra, lealdade, liderança, inconformidade com a injustiça, amor à camisa, identificação com a torcida, um torcedor representando o time, simpatia e atenção com os fãs, respeito e muita qualidade técnica me faziam esperar cada jogo com o dobro de expectativas.
E agora sei que a idolatria nasce a partir da identificação, não necessariamente por semelhanças, podendo ser exatamente pela diferença, pela complementação, em inúmeras áreas as quais admiramos. Mas como tudo na vida, o que é demais pode ser prejudicial… Portanto, curto meus ídolos, acompanho suas vidas profissionais, tiro fotos, peço autógrafos, mas sempre levo em consideração que assim como tenho os meus, cada um tem os seus, o que admiro nos meus ‘heróis’ pode não ser bem visto por outros, portanto Idolatria sim, mas fanatismo não! Respeito sempre!
Se seus ídolos forem os mesmos meus, certamente os identificará nas minhas descrições acima, se não forem, sei que saberás respeitá-los por tudo que já fizeram, fazem e poderão voltar a fazer pelo nosso Inter!
Vamo, vamo Inter!
Cristiane Veiga
Falar em ídolo, vem a minha cabeça palavras que traduzem a magia da idolatria: ser especial, acima de todas as hierarquia dos anjos, mais que arcanjos, pessoa num patamar próximo a Deus. Pode parecer exagero, mais esta é a forma que traduzo a idolatria pelo meu único ídolo.Parabéns Cristiane, este tema faz eu flutuar na imaginação da personaficação do ídolo!
Parabéns pelo texto! Ao ler já me veio aquela frase: “Como é bom ser Colorado!” Eu não imagino mais nosso INTER sem pelo menos uns 10 craques, daqueles com potencial para serem ídolos. Identifiquei aquele que foi, voltou, foi de novo e quase veio novamente. É importante admirarmos os ídolos de hoje e jamais esquecemos daqueles grandes ídolos do passado, os ídolos eternos. São vários, e quero ver essa lista aumentar a cada ano, pois isso nos orgulha muito! SC
Falar de Idolos e bem, e de maneira genérica sem citar nomes e se entendido é digono de cumprimentos. Parabéns.
Maravilha de Post Cris!Claro que não necessariamente nos identificamos com nossos ídolos mas certamente os temos pelas sua características inconfundíveis, coragem, arrojo, audácia, competência, capacidade técnica, vigor físico, inteligência, raça, etc etc etc… são apenas alguns dos aspectos inerentes aos nossos ídolos. Provavelmente os meus também sejam os teus ídolos, tais como, Emerson Fitipalldi, Airton Senna, Pelé, Garrincha, Figueroa, Falcão, Valdomiro,Fernandão, Iarley, D’Alessandro e tantos outros. Destes é que aproveitamos ao máximo as caracteristicas em nossas vidas! Parabéns pelo texto Cris! Saudações Coloradas!
Alô você!
Perfeito Cris, grande texto. Acho que identifiquei os teus idolos. Eles também são meus e estão guardados em meu álbum de recordações mentais junto a outros de outras décadas, nem tão gordas assim, mas ídolos com certeza.
SC