O TRIUNFO DE UM HOMEM E O RUGIR DE UM GIGANTE!!

 

 

POR ADRIANO GARCIA – EL MAGO

Fabricio, um guerreiro (imagem: google)
Fabricio, um guerreiro (imagem: google)

Qualquer jogador do escrete brasileiro podia ser o meu personagem da semana. De Alisson a Rafael. De Fabricio diremos apenas o seguinte: — estava em todos os lugares ao mesmo tempo. De certa feita, foi até interessante. Fabricio rouba a bola, sai com ela a bola e, em seguida, aparece lá na frente, na área adversária, desintegrando a defesa inimiga. Amigos, ontem o escrete era imbatível. Cada vez que um craque paulista apanhava a bola, partia em todas as direções, como aquele mocinho de fita em série. E, pela primeira vez, numa final de campeonato valendo vaga para a América, sim na noite da sabado aquela partida foi como a uma final de copa; um escrete vence de goleada, vence de banho. Mas, como eu ia dizendo: — a exibição do Inter foi tão perfeita, irretocável, que, desta vez, qualquer um podia ser o meu personagem. Por exemplo: — Taiberson, um menor total, irremediável, que nem pode assistir a filme de Brigitte Bardot. Ao receber o ordenado, o bicho, é o pai que tem de representá-lo. Pois bem: — Pelé assombrou o mundo. Não se limitou a fazer os gols. Tratava de enfeitá-los, de lustrá-los. Sim, poderia ser Pelé o homem desta página. E, todavia, eu penso em Fabricio. Examinem a sua fisionomia, os seus traços. Há, nele, uma dignidade racial de Paul Robeson. “Grande jogador”, dizem todos. Mas não faltam os que duvidem do seu caráter, do seu brio, da sua alma. Nos jogos do certame deste ano, é comum ouvir-se um torcedor esbravejando: — “Fabricio não está fazendo força! Está amolecendo!”. Quando se tratou de organizar o escrete, quase todo mundo gritou contra ele. Uns juravam: — “O reserva da base é melhor!”. Outros diziam: — “Fabricio não é jogador para a vestira camisa rubra”. Nos treinos da seleção colorada, foi vaiado quantas vezes? Acabaram queimando o formidável jogador. Conclusão: — ele amarrou a cara e seu comportamento, em todo o campeonato; principalmente nestes tres ultimos jogos. E os jogou como se fossem de um Mundial, foi esmagador. Não se podia desejar mais de um homem, ou por outra: — não se podia desejar mais de um brasileiro. Ninguém que jogasse com mais gana, mais garra, e, sobretudo, com mais seriedade. Nem sempre que balançavam as redes adversarias. Era ele quem amaciava o caminho, quem desmontava a defesa inimiga com seus lançamentos em profundidade. Com uma simples ginga de corpo, liquidava o marcador. E nas horas em que os companheiros pareciam aflitos, ele, com sua calma lúcida, o seu clarividente métier, prendia a bola e tratava de evitar um caos possível. É meus amigos o grande lateral o nosso personagem fez de novo o que ninguem imaginava. Com as suas gingas maravilhosas, ele, em pleno jogo, dava a sensação de que lhe pendia do peito não a camisa normal, mas um manto de cetim vermelho, com barra de arminho. Ah! E o Gigante adormecido voltou a rugir, a grande massa vermelha fez estremesser e transformou o Gigante em um inferno vermelho.

Antes uma rapida definoção: – Gigantes são figuras comuns em folclores e lendas, sendo caracterizados como humanos ou humanóides de grande tamanho, que varia em cada lenda. Graças à sua grande estatura são atribuídos a gigantes grande força e resistência, algumas vezes são retratados como burros e ignorantes e outras como inteligentes e até amigáveis. Um conceito simples, gigantes aparecem em lendas e histórias de todos o mundo, até mesmo sendo citados na Bíblia. Os gigantes para a mitologia nórdica são os inimigos dos deuses supremos, como Geirrord, que trava uma batalha mortal com Thor, o qual é filho do poderoso deus Odin. Estes seres são enormes em suas proporções físicas e têm a capacidade de se transformarem em quaisquer criaturas (animada ou inanimada) dos quatro cantos do mundo. Assim, tendo o poder de enganar qualquer um que passar pelos seus caminhos.

Esta é a definição encontrada no Wikipédia, a enciclopédia livre, mas para alguns, gigante é a definição de algo ou alguma coisa maior que a outra. Todos sabemos que aqui na nossa aldeia gigante sempre foi e será considerado como casa, residência, morada.

Foi lindo de se ver. Durante a semana, o fato já se anunciava. Milhares de torcedores formaram filas nas bilheterias para garantir os seus ingressos. O final de tarde, no sabado em Porto Alegre, foi o cenário perfeito para a massa vermelha tomar o Beira-Rio e tranformá-lo em uma verdadeira panela de pressão. O público, em quantidade recorde no Estádio, empurrou o time colorado para a vitória, carimbando o passaporte para a Copa Libertadores.

Ao todo, cerca de 41 mil apaixonados pelo Clube do Povo fizeram o Gigante rugir às margens do Guaíba. Depois do apito derradeiro, os jogadores reuniram-se para agradecer, com justiça. Foi um final de ano fechado com chave de ouro para o templo colorado, que, além de reinaugurado, ainda sediou cinco jogos durante a Copa do Mundo no Brasil, sendo o palco gaúcho no maior torneio do planeta. Agora e sonhar com uma América vermelha outra vez!!!!

2 thoughts on “O TRIUNFO DE UM HOMEM E O RUGIR DE UM GIGANTE!!

  1. Alô você Adriano!
    Minha linha de pensamento está mais ou menos alinhada com a tua no epicentro desse vulcão que foi o jogo contra o Plameiras, estava sem sombra de dúvidas o Fabrício. se o car não estivesse nem aí como alguns pensam não iria aparecer na cara do goleiro pela meia direita para concluir uma jogada de ataque, não iria pra área adversária desempatar o jogo com aquela cabeçada e tampouco sairia em perseguição ao adversário tentando impedi-lo de continuar uma jogada que poderia redundar em gol. Respeito opiniões em contrário mas acho o Fabrício muita acima da média dos laterais brasileiros. Tem defeitos, mas corrigíveis se tivermos alguém pra ficar monitorando suas ações. Fabrício Sim!
    Coloradamente,
    Melo

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