Saindo aos poucos do furacão.

Nesse exato momento, literalmente ao despachar o Atlético Paranaense, vulgo furacão, mas lentamente afastando-se de uma tempestade maior que assolou o nosso Clube, trazendo à tona problemas nas áreas administrativas e, principalmente, no que é essencial, o futebol, pois após a desclassificação na Libertadores e em sequência um resultado catastrófico num clássico, temi bastante pelo rumo que nossa equipe iria tomar.

Vivíamos dias em que a pressão era enorme, oriunda de todos os setores que envolvem o mundo do futebol. A crônica, basicamente a “isenta”, que acredito que só aplacará sua fúria quando assistirem o Inter cair para segundona, para dar uma equilibrada com o tradicional adversário, não vão levar. O ambiente interno do clube, o temido fogo amigo e, principalmente, a que mais afeta os atletas, a angustia que vem das arquibancadas que após derrotas tornam-se extremamente exigentes, enervando e até mesmo intimidando os jogadores mais jovens, dificultando mesmo quando o jogo ocorre no Beira Rio.

Mas, enfim, o momento crítico começa a ficar para trás, mas ainda requer muita atenção principalmente na quinta-feira próxima, quando enfrentar um time de porte menor, mas na sua casa e não é incomum apresentar dificuldades aos grandes, pois no campeonato paulista é rotina para o Ituano enfrentar clubes de maior tradição, é muito importante a continuidade na Copa do Brasil.

Quanto ao brasileirão, se realmente for levado a sério, acredito ser plenamente possível ao menos atingir uma vaga na Libertadores, pois ainda temos um longo caminho a percorrer, é só não aceitar passivamente que nada mais presta na equipe será plenamente viável terminar a competição em uma posição digna, para o título já está na área da missão quase impossível, então vamos lutar para atingir o melhor que pudermos.

No enfrentamento de hoje contra uma equipe de porte médio, porém muito bem organizada e treinada, no meu ver, tivemos uma atuação de razoável para bom, mas fica a certeza que temos que melhorar na parte física, tática, distribuição e marcação em campo, mas o que ainda mais me preocupa é a situação física, pois é notório que a maioria das equipes adversárias tem uma imposição em vários parâmetros, seja velocidade ou nos entrechoques e divididas normalmente somos batidos, sei que é uma herança da comissão técnica anterior, espero que seja possível recuperar durante as duas competições em andamento, pois em ambas ainda mantenho expectativas positivas para este ano.

Como de costume o Allison teve uma atuação segura, muito embora felizmente pouco exigido, seria muito importante aprimorar a reposição de bola, pois por alguns anos em décadas passadas tivemos muitos contra-ataques iniciados pelas mãos ou pés do nosso goleiro Taffarel com uma reposição rápida e precisa , acho que vale a pena aprimorar esse fundamento e quem sabe em breve teremos por longo tempo um titular da Seleção e do Inter.

Na lateral direita, na falta do Willian, um jogador ainda em afirmação, até mesmo pela juventude, tivemos o Léo bem abaixo do que necessitamos, como já está no elenco faz algum tempo creio seria interessante achar mais um lateral direito. Paulão, mesmo fazendo um boa partida, não coprometendo e até um gol, não o vejo como o titular da posição, muito balão, a bola tem que sair mais redonda; Ernando , boa atuação; Geferson, falta ir a linha de fundo com mais frequência e aprimorar os cruzamentos; Rodrigo Dourado, como de costume, boa atuação; Nilton melhorou bastante, espero que produza ainda muito mais; D’allesssandro muita técnica e comando, mas um pouco abaixo do normal; Sacha muito empenho e dedicação, após lesão está faltando retomar a precisão nas conclusões; Valdívia, felizmente, está reencontrando a luz do início do ano; Vitinho parece que finalmente entendeu o que veio fazer no Inter.

Tudo isso posto, passado o furacão, espero que os bons ventos e a bonança tenham voltado ao Inter e Gigante da Beira Rio.

Um abraço colorado

Arioldo Roldan Rocha.