Antônio Carlos Pauperio
Quase ao final do ano de 2015, sem enxergar a luz no fim do túnel, pensei registrar algumas coisas que me levam a pensar sobre nosso Internacional, nosso clube e nossa torcida.
Não sei se represento alguma parte dos sentimentos de nossa imensa e inigualável torcida, mas sinceramente termino o ano muito triste. Mais um ano perdido e mais um ano de mais tristezas que alegrias. Me junto a um sem número de Colorados que querem um Internacional como sonhamos e acreditamos possa voltar a ser.
Suporto não ser campeão, mas não suporto enxergar um clube com a história de glórias de nosso Internacional ficar mais uma vez em um patamar de clubes pequenos, sem grandes aspirações, sem ser protagonista.
Penso que nosso maior problema é a falta de uma dose maior de profissionalismo e qualidade em todos os setores. Existe muita boa vontade, muita dedicação, acredito, mas muito esforço em vão. É importante dar espaço para a paixão, paixão pelo Internacional, mola propulsora de nosso clube, independente de resultados.
Durante esse ano de 2015 houve um descuido irreparável na imagem e na história de nosso clube, quando do teste surpresa em nossos jogadores. Posso estar errado, mas querendo ou não, colocando em dúvida a responsabilidade do clube, da direção, do departamento médico e dos jogadores. Em 69 anos de vida nunca tomei conhecimento de caso semelhante. Um momento desses exige uma ação enérgica e esclarecedora à torcida Colorada e à opinião pública. O que motivou a execução desses testes? Quais os resultados desses testes? Existe algo errado? Quais as posições oficiais da entidade que submeteu os atletas a esses testes? Quais as respostas oficiais da direção de nosso clube? É responsabilidade de a direção esclarecer definitivamente e de forma clara o que aconteceu.
Para encerrar, como torcedor, fico na esperança de já estar havendo a execução de um planejamento para 2016, procurando corrigir o que não resultou no esperado, levando em consideração acréscimos de profissionalismo, qualidade e paixão, em todos os níveis, buscando atingir resultados melhores.
Acredito que nesse final de ano, é importante uma análise criteriosa e profunda, sobre qual Internacional queremos, como e quando chegaremos a ele. A história de nosso Internacional merece. Nossa torcida merece.
Amigo Pauperio, não dá para ganhar todas. Terminamos o ano literalmente morrendo na praia. Mas por exemplo, não empatar com o Fluminense já teria mudado a história e não dependeríamos de terceiros. Mas assim é o apaixonante futebol. Como ex-atleta tu sabe, que tem que repensar o passado e tentar acertar o futuro. Como tu mesmo disse, ninguém quer errar de propósito, pois todos querem a grandeza do INTER, mas no trajeto, algumas decisões são tomadas erroneamente e acabam por prejudicar o time. Com todos os problemas, ainda fomos o melhor Brasileiro na Libertadores e mantivemos o mando no RS, e por pouco, muito pouco, não estamos lá novamente. Nem todos os dias todos os jogadores estão bem, tu sabe melhor do que nós disto, tu foi atleta do clube. Agora é FELIZ NATAL E BOM ANO NOVO e que 2016 seja melhor para o nosso INTER.
Abraço
Amigo Evandro, minha maior preocupação é de não ter a certeza que os erros serão evitados no planejamento de 2016. Você sabe que para ter e manter um bom plantel o clube precisa de altos recursos financeiros e as receitas de jogos em competições importantes são necessárias. As competições em que um clube participa também são atrativos para grandes atletas. Finalmente, o pior, espero que essa leva de gurizada boa, nossas grandes afirmações de 2015, não seja usada para fazer caixa. Outro ponto importante, sem citar nomes, espero que se tenha maior cuidado em não deixar o nosso Internacional apenas como vitrine ou clinica de recuperação de atletas, para depois de expostos ou curados, não deixem o clube e o torcedor a “ver navios”. Friamente se olharmos os resultados de 2015, veremos uma sucessão de erros inexplicáveis, dentro e fora do Beira Rio, que só poderia resultar em mais um ano sem a conquista do Campeonato Brasileiro e, pior, um ano fora da Libertadores.