Esperança é a última que morre

Antônio Carlos Pauperio

Ao eu modo de pensar, a esperança não é a última que morre, é a primeira que nasce quando tudo parece perdido e sem solução. Tenho certeza que os dias de tempestade irão passar e que as preocupações de hoje cessarão dando lugar a muita alegria.

Não sei até quando a inigualável e fiel torcida Colorada vai continuar cultivando essa esperança e suportando essa sequência de insucessos e “bate cabeça”, ano após ano, em nosso Internacional. Será que não há competência suficiente para, com calma e com qualidade, elaborar um planejamento estratégico que reconduza o nosso clube ao lugar merecido e de destaque regional, nacional e internacional. O que falta? Visão, profissionalismo, qualificação, mentalidade vencedora, ambição, desconhecimento ou afastamento da realidade ou o quê?

Em nenhum momento não reconheço ou desmereço o trabalho e dedicação de quem desempenha hoje funções no clube, desconheço ações que possam estar sendo efetuadas, mas o resultado global não é bom e não sofre correções de rumo, mesmo quando são percebidos equívocos. O tempo passa, mais um ano que, apesar da esperança que nos unem, as perspectivas são sombrias e, salvo engano, de consequências piores que anos anteriores. Sinceramente, minha impressão, é que nosso Internacional precisa urgentemente de um processo de modernização de gestão.

Uma modernização na gestão, tornando-a mais apta a programar mudanças, tecnicamente baseadas e sem vícios, deve levar o nosso Internacional a outro patamar. A mentalidade e a postura na condução do clube devem ser repensadas e a área de futebol reanalisada, submetendo-a a um projeto de curto, médio e longo prazo. Tenho insistido na questão da identificação e definição do Internacional que temos e qual Internacional queremos ter. Isso deve ser resultado de uma análise fria, com profissionalismo e competência, levando em consideração os maiores patrimônios do clube, a história de nosso Internacional e a paixão da imensa torcida Colorada.

Encerro afirmando, a esperança não é a última que morre, é a primeira que nasce quando tudo parece perdido e sem solução.