Afogando-se em água rasa

É assim que vejo o Internacional nesse exato momento da competição, falo do time, mas principalmente do Clube, e digo que se uma nuvem de bom senso não pairar sobre o Gigante da Beira Rio, nem o maior adivinho será capaz de prever como será o encerramento deste ano.

Ainda lembro bem, não faz muito tempo, um determinado clube teve o codinome show acrescentado a sua denominação devido ao belo futebol que apresentava, para, no ano seguinte, parar na segunda divisão.

Ano passado assisti diversas entrevistas, ora irritado, ora debochando dos repórteres, do sarcástico Eurico Miranda, Presidente do Vasco da Gama, quando se falava de uma possível queda do tradicional Clube carioca e sabemos onde se encontra no momento.

Por isso, começando pelo Clube, está passando da hora de começar a tomar algumas medidas práticas para reverter essa situação desconfortável, que tal:

-Dar uma trégua na fogueira das vaidades, chamarem quem for mais capacitado na área de maior interesse que é o futebol, esquecer grupos e interesses políticos e pensar um pouco nos milhões de torcedores, que jamais passaram das áreas restritas destinadas aqueles que sustentam essa paixão, as arquibancadas, e que nunca terão suas angustias e ideias sobre futebol sequer ouvidas;

-Sair urgente e desatinadamente a procura de um jogador com a capacidade de articular a equipe, uma vez que o único que tinha no elenco foi simplesmente emprestado aos irmãos argentinos, vai ser difícil encontrar? Sim, isso deveria ter sido feito ano passado, mas se não for encontrado o preço pode ser impagável e manchar nossa límpida história;

-Ocupar todos espaços de mídia, sem arrogância, acalmando, conclamando e principalmente conscientizando o torcedor para ser complacente com a equipe, pois é o que temos para o momento, essa enxurrada de mau humor, pessimismo, não vai nos tirar dessa enrascada.

Fonte: www.qlesportes.com
Fonte: www.qlesportes.com

Quanto à equipe, feita a troca de treinador, agora cabe ao Falcão recriá-la, pois por obra e graça de quem comanda, substituíram o Argel por outro que pensa e entende futebol por um prisma totalmente diferente, acredito que ainda dá para remediar, consertar será bem mais difícil.

Também sugiro, há muito tempo, uma revisão nos processos do departamento médico, além do Danilo Fernandes, quantos jogadores são liberados para treinar e no primeiro treino há reincidência e os atletas voltam para o tratamento? Só nesse ano lembro tem mais o caso do Rodrigo Dourado, será só acaso ou alguma defasagem?

Quanto ao título, afogando-se em água rasa, recordo de uma atividade militar que participei, transposição de curso d’água e um determinado integrante estava se afogando, todos demais gritavam para ele ficar de pé, o terror só passou quando alguém da equipe de segurança o pegou e ele ficou de pé, com água pelos ombros, iria morrer afogado num rio onde dava pé.

Por isso, entendo que os adversários não são tão bons e nem o Internacional é tão ruim, falta somente alguns que o façam ficar de pé, podendo ser seus diretores, nós torcedores e principalmente Falcão e seus atletas, um Clube tão grande não pode se apequenar.

Um abraço colorado,

Arioldo Roldan

5 thoughts on “Afogando-se em água rasa

  1. Alô você Roldan!
    Considerando-se as parcerias da parte de baixo da tabela, o título é bem sugestivo. Basta um pouco de organização para sair dessa. Ah, competência também.
    Coloradamente,
    Melo

  2. HAJA PACIÊNCIA COLORADO !!!

    Acredito que o INTERNACIONAL este ano, com muita PACIÊNCIA, esteja preparando o time para o próximo campeonato GAÚCHO 2017, e para a conquista inédita do título da segunda divisão que nós e o presidente Invitório Piffero ainda não temos.

    Falo isto, por que o primeiro semestre já foi e não conseguimos ainda ter um time com credibilidade, que nos deixe mais OTIMISTAS para disputar competições tão importantes como é o Brasileirão e a Copa do Brasil.

    Já vi treinador morrer abraçado com seus esquemas, teimosia em escalar sempre seus bruxos, não dando oportunidades para os jogadores da base, no caso o ABEL, mas o INTERNACIONAL vencia.

    Hoje tudo é diferente, muitos atletas estão sendo revelados e misturados, mas agora estão faltando qualidade e alguns cascudos motivados, por que os que temos já envelheceram, estão sem vontade, sem pernas e mais ricos.

    Futebol é assim mesmo, o presidente está sempre certo até o fim de seu mandato, por acreditar que quando o time não ganha, a culpa é do treinador.

    Mesmo que todos estejam se afogando por causa da sua péssima gestão, ele não pede para sair.

    Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 01.08.2016

  3. Acho Roldan, que o complicante dessa temporada, é a sequencia de erros, que aconteceram no ano passado, mas não corrigidos para esse ano. Mais uma vez o Gauchão no enganou e a sequencia de trapalhadas da gestão e das comissões técnicas no acordaram e estão nos apequenando.

  4. Roldan, excelente texto e de grande objetividade. A maior confusão existente hoje é acreditar que “inimigos na trincheira” são aqueles que fazem críticas construtivas e que apenas também querem ser úteis ao nosso clube. Muitas vezes os “inimigos na trincheira” estão no próprio grupo gestor, por não aceitar as suas limitações, cegos e surdos por suas vaidades pessoais, apesar de todos os esforços e de toda a honestidade com que se dedicam ao clube. A hora agora é de “segurar a peteca”, retirando o clube dessa posição crítica no Campeonato Brasileiro e estar apto para a Copa do Brasil, e, com consciência, reavaliar conceitos, ações e planejar uma mudança radical (com a ajuda de todos os verdadeiros Colorados), recolocando nosso Internacional no rumo de uma posição que volte a respeitar a grandeza, a história do clube e o amor da imensa e inigualável torcida Colorada.

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