Eu creio numa teoria, que Deus não se envolve com futebol, nosso criador do universo tem muitos outros afazeres mais relevantes para se dedicar, por isso não atribuo o que vem acontecendo com o Internacional, nessa temporada, a um castigo divino.
Agora que as leis supremas que regem o esporte bretão estão pegando pesado, estão. Sujeito a muitas discordâncias e passada a forte emoção da bola rolando, eu, nessa sequência macabra de péssimos resultados, destaco duas partidas que não tem apelação, jogamos muito mal ou nada e não merecíamos resultados diferentes.
Refiro-me aos enfrentamentos, primeiramente contra o Flamengo, fora, que parecia ter onze jogadores colorados em campo anestesiados, pois não recordo de uma única defesa do goleiro adversário e, no Beira Rio, que mesmo na derrota pelo placar mínimo, o número de oportunidades perdidas pelo Palmeiras foram inúmeras, ambas partidas não dá para contestar.
Começando pelo Grenal, um jogo parelho, perder ou ganhar de um a zero naquela partida não seria crime, depois vem uma sequência enorme de derrotas e empates que não é só futebol, é difícil de explicar.
Até na derrota com placar mais elástico contra o Cruzeiro, por quatro a dois, o juiz, que ainda creio, erra para os dois lados, aquele dia, no meu entender, sonegou dois pênaltis claros ao Internacional.
Depois ocorrem derrotas contra Chapecoense, empates contra Sport Recife e São Paulo, com sabor de tragédia, primeiramente sofrer o empate já nos acréscimo, e deixar escapar uma vitória também nos acréscimos com a perda de um pênalti cobrado pelo único jogador em campo que não poderia executar a cobrança, pelo fato de estar voltando de lesão, ter declarado na semana não conseguir dormir preocupado com a situação do Clube.
Em fim, tem outros fatores para elencar que formam o meu estarrecimento diante da situação, mas vou parar por aí.
Até mesmo quando vejo torcedores enfurecidos, querendo a cabeça de vários jogadores, mesmo entendendo a ira, na minha modesta opinião discordo. Vem a lembrança de vários atletas praticamente escorraçados pela fúria da torcida e a vontade incontida da parte da imprensa esportiva sempre ávida em criar e desmanchar pretensos craques ou cabeças de bagres.
Quando eles vão embora logo se percebe que não são Mesis, mas também não são Coalhadas da vida. Cito para exemplificar Gun, não deixaram nem fardar, Cleiton Chavier, Ricardo Gularte, Lucas Lima, até mesmo o zagueiro que não conseguia caminhar em campo, hoje é titular no Flamengo, candidato na disputa ao título.
Por isso que confesso, só no futebol eu não acho explicação para tudo que vem acontecendo nesse Brasileirão, desde que começou, eu em colunas anteriores ousei dizer que para pretender, no mínimo, ficar entre os quatro melhores seria necessário agregar qualidade.
Mas admito que nos meus piores pesadelos, não passavam essa luta insana par fugir das últimas quatro posições.
Também quero que saibam que percebi a quantidade enorme de erros primários cometidos por todo conjunto, jogadores, técnico, no meu entender até mesmo por nós torcedores que queremos e imaginamos que todo ano seremos campeões, quando na verdade em 48 edições conseguimos três títulos, e olhe que não é pouco, fora duas edições que nos roubaram, uma literalmente em 2005 e outra por conchavos e interesses escusos em 2009.
Então espero, ficando fora o criador, que os deuses do futebol sejam clementes com imensa torcida colorada e já a considere punida com toda aflição sofrida até o momento.
Pois os maiores responsáveis, o corpo diretivo, não me refiro ao segundo e terceiro escalão, e sim a quem preside e dois ou três vice-presidentes, que realmente definem os rumos de contratações e dispensas de comissões técnicas e jogadores, certamente serão punidas severamente por nós torcedores e associados do Internacional com civilidade, através do voto.
Mesmo a Swat, não tendo interferido da maneira que eu entendia mais adequada, pois eu implorei por um articulador de ofício, espero ainda que ela consiga acalmar a ansiedade e o aparente terror que transparece na fisionomia de alguns atletas. Ainda há tempo de salvar a lavoura ou morrer de pé atirando sem medo.
Roldan, são tantas trapalhadas, durante tanto tempo, que aquela máxima “A bola pune…”, chegou até nós. A torcida torce, acredita, mas no final é quem realmente sofre. Espero que saiamos dessa e que ño futuro não nos esqueçamos que lá estava e brincou com o Internacional e com o sentimento de toda uma torcida.
DEUS X DEUS !!!
DEUS não joga e nem gosta deste tipo de uso do seu nome em vão, ainda mais da forma como é usada pelos os jogadores nos corredores dos túneis antes de entrarem em campo.
Acredito que nas orações que os jogadores fazem daquele jeito delirante e louco para pedir que DEUS jogue junto com eles, imagino que DEUS fica com vergonha por eles e até tenta atender seus alucinantes pedidos.
O dia que o povo não ir mais aos estádios e DEUS realmente deixar de ser tão camarada com estes pernas de pau, eles também irão deixar de ser hipócritas em pedir para DEUS que lhe abençoem antes de entrar em campo.
Durante a partida decepcionam DEUS agredindo seu adversário, errando em bola, perdendo gols imperdíveis, xingando o juiz, e no final do jogo ainda tem a cara de pau de falar nos microfones que menos mal que não levaram gol.
Jogador bom é aquele que não precisa nem de treino, já nasce com fome de bola e sabe agradecer DEUS por ter nascido assim com saúde, inteligência, talento e humildade para somente agradecer.
Uma oração feita nos dois vestiários quase ao mesmo tempo é um círculo de oração poderosa, e não há como o jogo não terminar empatado, AMÉM.
Abs. Dorian Bueno – Google +, POA, 19.09.2016
Roldan, perfeita, sucinta e profunda análise. A saída e a solução passa por competência e serenidade. Esse quadro se arrasta há vários anos e só uma grande mudança de conceitos sobre o futebol poderá levar nosso Internacional a dias melhores. Enquanto não for deixada de lado as vaidades, a demasiada valorização do ego, a persistente crítica destrutiva alimentada por interesses políticos e enquanto se tentar colocar a culpa dos fracassos nos outros, sem olhar para dentro, sem fazer a “mea culpa”, não haverá solução imediata e duradoura. Quem não passou ou passa por dificuldades? O importante nessas horas é manter a serenidade, usar o máximo da inteligência e lições das experiências, sempre ter em mente a consciência de sua responsabilidade, identificar os pontos fracos e, com a humildade necessária buscar as melhores soluções. Nessas horas o comportamento não pode ser levado por paixões cegas, própria nas arquibancadas, mas por competência, visão e obstinação na busca de melhores resultados, mesmo que em determinados momentos seja necessário desagradar alguns. Muitas decisões necessárias são incompreendidas em um primeiro momento, mas depois seus méritos são reconhecidos. Quem sabe se essa insana disputa política interna que traz inúmeras dificuldades à condução do clube não cessasse, as dificuldades atuais não seriam superadas mais rapidamente.
Obrigado Paupério, vamos torcer que essa clarividência cheque q tempo, abraço.