Drama e Raça

danilo

Foi com drama, suado. Mais na raça do que na técnica, mas serviu. O Inter venceu o Coritiba por 1 a 0 e, ao menos por enquanto, está fora da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Danilo Fernandes, que defendeu um pênalti, e Vitinho, que marcou, igualmente de pênalti, foram os heróis da partida.

Com a vitória, o Inter chega aos 33 pontos e ocupa a 16ª colocação ao menos até domingo, quando o Cruzeiro joga e pode ultrapassar a equipe gaúcha. O time colorado volta a campo apenas na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Botafogo, fora de casa.

Primeiro tempo

Em um jogo que começou truncado desde o início, o Coritiba não quis saber de pressão para o seu lado e desferiu a primeira oportunidade da partida. Em uma chegada quase fortuita, Raphael Veiga chutou rasteiro e a bola até parecia não levar muito perigo, mas Danilo Fernandes se atrapalhou para defender em dois tempos. Aos 13, depois de cobrança de escanteio, a bola sobrou de novo para Veiga, que mandou perto do ângulo.

Foram pequenos sustos, numa mostra da proposição dos visitantes: aproveitar brechas de nervosismo na defesa colorada, que logo se recompôs e evitou dar maiores espaços aos paranaenes. Na frente, velhos problemas voltaram a atrapalhar. Aos 7, Alex iniciou jogada ensaiada na cobrança de falta, mas os passes enforcados resultaram apenas num chute para fora de Eduardo.

Quando a bola passou, a marcação do Coxa chegou junto: aos 21 Seijas recebeu livre e cruzou no tempo certo para a chegada de Gustavo Ferrareis, na segunda trave. Juninho chegou junto e evitou o gol na melhor chance colorada do primeiro tempo.

Depois disso, ambas as marcações apertaram mais e o confronto ficou bastante truncado. No último lance de emoção do primeiro tempo, Benítez venceu a marcação na ponta direita e cruzou para Iago, que bateu sem ângulo. O chute não foi lá essas coisas, mas o domínio do Coxa dentro da área assustou os colorados.

Emoções nos dois lados do campo

Mesmo sem mudanças, o Inter voltou nervoso do vestiário. Mas as posturas dos dois times nos primeiros minutos do segundo tempo foram parecidas: muita disposição na marcação e erros no ataque. Nesse lá e cá, a primeira grande chance foi de um erro, quando, aos 7, William fez boa jogada e cruzou. O zagueiro Benítez cortou para trás e por pouco não fez gol contra.

A resposta do Coritiba veio três minutos depois e testou cardíacos. Benítez cruzou para Iago, que cabeceou e obrigou Danilo Fernandes a operar um milagre. Só que a bola sobraria limpa para Leandro, ao que surgiu William e chutou no atacante, evitando o gol e conseguindo o tiro de meta. A reação colorada ocorreu aos 12. Alex dominou na intermediária e, com a direita, tentou o ângulo de Wilson, que voou, deu um tapinha e fez a bola bater na trave. No minuto seguinte foi Seijas quem arriscou e mandou no meio do gol.

O Inter cresceu com os lances e passou a pressionar. Celso Roth trocou Alex e Ferrareis para lançar Valdívia e Marquinhos em campo. Pouco depois, Seijas deu lugar Aylon. Mas aí veio o grande susto. Aos 32, Ernando derrubou Leandro na área: pênalti! E enquanto alguns torcedores já choravam nas arquibancas, Danilo Fernandes caiu no canto certo e salvou.

Só que foi o Coritiba que passou a pressionar após o lance. Tal como Roth, Carpeggiani não abdicou do ataque e nos minutos seguintes, o Coritiba buscou furar a marcação colorada e ingressar na área. Foram cerca de cinco minutos até o Inter se reencontrar e voltar a carga. E aí, aos 39, Valdívia cobrou falta na cabeça de Eduardo Henrique, que – livre – cabeceou para fora.

Um gosto amargo já pairava no Beira-Rio, até que Valdívia sofreu falta de Luccas Claro dentro da área, aos 40. Pênalti! No minuto seguinte, Vitinho cobrou firme, no canto direito de Wilson, que até acertou o lado, mas chegou atrasado e ouviu o rugido da torcida colorada.

Brasileirão – 29ª rodada

Inter 1

Danilo Fernandes; William, Eduardo, Ernando e Ceará; Dourado, Eduardo Henrique, Seijas (Aylon), Alex (Valdívia) e Gustavo Ferrareis (Marquinohs); Vitinho. Técnico: Celso Roth

Coritiba 1

Wilson; Benitez, Luccas Claro (Bernardo), Nery e Juninho; João Paulo, Iago (Ortega) e Juan; Raphael Veiga, Leandro e Vinícius (González). Técnico: Paulo César Carpeggiani.

Cartões amarelos: Ernando, William; Luccas Claro, Benítez, Juan, Leandro

Arbitragem: Andre Luiz de Freitas Castro (GO), auxiliado por Fabricio Vilarinho da Silva (Fifa/GO) e Cristhian Passos Sorence (GO).

Público: 35.156 torcedores

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre

3 thoughts on “Drama e Raça

  1. Ilustre. Revivi os dois videoteipes que assisti nesta tua narrativa. Perfeita. Agora, por que duas vezes? Para melhor entender e aceitar os momentos que estamos vivendo, vivenciando e acima de tudo acreditando. Iremos assim até o final, com sucesso ou com segunda divisão. Mas estaremos juntos, unidos, e dispostos. Uma coisa que preocupa e que ao meu ver é a causa deste estado crítico, é a desunião de vestiário. Há uma grande lacuna de comunicação em campo, insisto a meu ver na concorrência de aceitação prevalecendo a Vaidade Pessoal. Prejudica mortalmente o coletivo. Basta ver os abraços pós-gols.Abraço.

  2. CHEGA DE TERRORISMO COM A BOLA, JOGUEM FUTEBOL !!!

    Ainda há tempo para o Celso Roth ouvir os jogadores e saber o que eles pretendem através do futebol, já que estão jogando deste jeitinho carente do VAMO QUE VAMO e seja o que DEUS quiser para não irmos jogar a 2ª divisão em 2017.
    Por não ter assinatura de um canal que transmite FUTEBOL ao VIVO e por não ir ao BEIRA-RIO, até sofro menos, mesmo assim sempre dói assistir depois mais um jogo através do vídeo tape e ver os atletas errando demais.
    Estou cansando de ver nos melhores momentos depois das partidas, um verdadeiro terrorismo descomunal com a coitada da dona redonda BOLA.
    Está dolorido de aceitar, o maior tempo são sempre os piores lances das partidas do nosso COLORADO, e tudo isto devido a sua predominância de erros técnicos.
    Falta muita qualidade para gerar no torcedor, a emoção de ver jogadas inteligentes e bem treinadas sendo convertidas em GOLSSSSSSS.
    Está na hora de virar este jogo de horror para quem assiste assustado, torcendo com muitas lágrimas de comoção, decepção e aja coração.
    Os jogadores devem honrar muito mais esta camisa do INTERNACIONAL, jogando melhor concentrados e sem medo dos adversários.
    Cada partida tem sido uma guerra psicológica um jogo de terrorismo, mesmo assim a torcida está torcendo com paciência e aos prantos até o final, para quem sabe poder comemorar a VITÓRIA, através de um GOL de pênalti.
    E se o batedor errar mais uma vez ?

    Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 08.10.2016

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