Passo Fundo (2) x (2) Internacional, o mesmo do nada.

Pensei muito antes de escrever essa postagem, mas depois de analisar os prós e os contra, acredito que a melhor maneira de aproveitar as lições desse jogo, era escrever algo diferente e propor uma conversa sincera com os torcedores Colorados.

O que podemos observar nesse jogo foi um 1º tempo de uma mediocridade de fazer inveja e um segundo tempo, disputado como “pelada de guris”, em campinho do bairro. Afinal o que está errado? Será que desaprendemos a ver e apreciar o bom futebol? Será que tudo que vimos até hoje estava errado? Será que a torcida Colorada está equivocada e que deve aceitar ter um “timinho” de futebol?  A mesmice do ano passado se repete e a torcida não suporta mais essa mediocridade. Quando se falar em abalo, por favor, não se trata de meninos, crianças em formação, são profissionais bem pagos, adultos e com experiência suficiente para entender e superar fracassos do passado. Se fosse assim, a cada campeonato brasileiro e a cada queda à 2ª Divisão, haveria um enorme número de ex atletas. Conversa fiada, simplesmente, ridículo. O Internacional se apequenou de uma forma indescritível. Nunca a torcida Colorada irá aceitar a continuação dos mesmos erros e essa falta de vontade de recuperar o prestígio perdido. O Internacional não nasceu para ser pequeno, muito pelo contrário.  Chega de aceitar desculpas à mediocridade reinante.

Em tempos passados recentes eram colocados em campo os times A e B, ou os Expressinhos, dependendo da importância dos jogos, entretanto eram equipes formadas, treinadas, competitivas e tinham conjunto. O que se vê hoje é uma mistura sem nexo e sem explicações, um verdadeiro amontoado.

Depois de um bom espaço de tempo e com todo o apoio, entre a posse da nova diretoria, do novo comando técnico e de dois meses de preparação, a torcida Colorada esperava mais. O que vemos hoje é o nada do nada e as frustrações começam a se repetir, jogo após jogo.

É lógico que qualquer um torcedor, com um mínimo de inteligência, entende que um grupo de jogadores, considerados titulares, possa estar em campo em todos os jogos, mas, ao mesmo tempo, deve haver um mínimo de bom senso nas escalações, devido à responsabilidade com o clube e com a torcida.

Vocês podem estar estranhando meu posicionamento, pois sempre procurei agir com cautela, compreendendo as dificuldades, mas convenhamos, existe um limite, pois 2017 não pode ser a repetição dos acontecimentos dos anos anteriores. Não se trata de desespero, pois não é hora para isso, mas total desaprovação com o que estou acompanhando jogo a jogo. Não é um posicionamento apressado ou exagerado, mas sim o que os olhos estão vendo e o coração sentindo.

Vejamos as consequências da escalação de ontem e, o pior, o posicionamento dos jogadores. Os quatro da defesa estiveram irreconhecíveis, “batendo cabeças” e não sabendo onde jogar. Os dois zagueiros, colocado invertidos, um equívoco, pois nas posições de origem são questionados, imaginem em posições trocadas. Essa troca de passes na defesa, inócua e que só serve para apertar o companheiro junto a linha de lado e propiciar a retomada de bola pelos adversários, é insuportável.  Anselmo, acredito, fez sua pior apresentação no Internacional, mas notava-se que estava perdido, correndo de um lado para outro. Charles tentava jogar, mas sempre mal posicionado em campo. Valdívia pegava a bola e tinha a marcação de três adversários e nenhum companheiro para passar a bola. Quando passava a bola e se deslocava à frente, recebia o passe atrás. Seijas ainda tentou jogar e fez algumas boas jogadas, mas parece querer se livrar da bola e ficou “no chove, não molha”. Carlos correu, corre, correu, mas nada de bom apresentou. Realmente o primeiro tempo mostrou um time desorganizado, mal posicionado, sem conjunto algum, sem ser agressivo, sem objetividade e confuso. O gol do Passo Fundo demonstra claramente a confusão no posicionamento dos dois zagueiros Colorados. O jogador cabeceou livre de marcação, inconcebível depois de dois meses de treinamentos e jogos.

Para o segundo tempo, o Internacional com um gol logo no início, parecia que iria reagir e apresentar uma melhora de desempenho. A entrada de Roberson no lugar de Anselmo até melhorou, mas a entrada de Eduardo Henrique no lugar de Valdívia e depois Diego no lugar de Carlos, evidenciou o “branco” na cabeça do comando técnico. Ficou evidente que o Internacional não tem um ataque que consiga criar respeito nos adversários, ficando preso a jogadas esporádicas, de um ou de outro. Apesar de marcar os dois gols com Brenner, mostrando seu oportunismo e qualidade no aproveitamento de jogadas na área, o Internacional corria grandes momentos de perigo, devido a total falta de organização em campo. Não fosse mais uma vez uma excelente atuação do Danilo Fernandes, o resultado não seria o empate. Para coroar a expulsão do Brenner por ficar “batendo boca” com um jogador adversário e o gol contra do Eduardo Henrique, aliás, na posição que deveria estar um dos zagueiros. Não bastava mais nada…

Mesmo que a atuação da arbitragem possa ser contestada, o que não é novidade em jogos no interior no campeonato gaúcho, com lances não marcados que qualquer leigo apitaria, não mudaria o fraco desempenho Colorado.

Não sei não ou sei sim, mas muita coisa tem de ser mudada em nosso Internacional, pois ainda é cedo e os vexames podem ser evitados. A confiança na direção que entrou, assim como no comando técnico, começa a ser comprometida, pois, com sinceridade, vemos um Internacional sem rumo. A impressão que está sendo percebida é de que não há um planejamento em execução e que o Internacional continua na mesma confusão dos anos anteriores. A pergunta é até quando? Ninguém esperava os “milagres” prometidos anteriormente, mas todos os Colorados esperavam competência e lucidez nos passos a caminho de um objetivo, a recuperação do Internacional. Daqui a pouco estaremos sofrendo também na Série B (caso não permaneça na Série A) e, como cachorro, “corendo atrás do rabo”. Se ainda não foi feito, o importante é definir o que realmente o clube pretende em 2017 e como chegar lá, pois o que estamos constatando é um passo à frente e outro à trás. Não é isso que esperamos ter em 2017 e está mais do que na hora de assumir a responsabilidade de levar o clube a um futuro melhor e trazer a alegria de volta à torcida Colorada.

Detalhes do jogo

4ª Rodado do Campeonato Gaúcho 2017

Data: 19 de fevereiro de 2017

Local: Vermelhão da Serra, em Passo Fundo

Resultado: Passo Fundo (2) x (2) Internacional

Arbitragem: Jonhathan Pinheiro, auxiliado por Alduino Mocelin e Michael Stanislau.

 Escalações:

Internacional

Danilo Fernandes, Junio, Ernando, Paulão, Carlinhos, Anselmo (Roberson), Charles, Seijas, Valdívia (Eduardo Henrique), Carlos (Diego) e Brenner. Técnico: Antonio Carlos Zago

 Passo Fundo

Fernando Júnior, Juan Sousa (Anderson Paraiba), Rodolfo Mol, Saimon, Maicon, Jessé (Giovani Rosa), Rodrigo Possebon, Mikael, Xaro (Genesis), Brandão, e Saldanha. Técnico: Paulo Porto

Gols:

Gols: Brenner, aos 2 e aos 24 minutos, para o Internacional e Rodolfo Mol, aos 11 minutos do 1º tempo e Eduardo Henrique (contra), aos 47 minutos do 2º tempo, para o Passo Fundo.

Cartões:

Cartões Amarelos: Danilo Fernandes, Charles, Anselmo (Internacional) e Fermando Júnior, Juan Sousa, Maicom e Saldanha (Passo Fundo).

Cartões Vermelhos: Brenner (Internacional e Xaro (Passo Fundo)

 

 

15 thoughts on “Passo Fundo (2) x (2) Internacional, o mesmo do nada.

  1. Perfeito post Pauperio!
    Ver o Inter jogar desde o ano passado não faz querermos torcer. Mas este ano temos uma meta difícil: voltar a série A. Não será jogando assim o Estadual que vamos nos preparar para o Brasileirão.
    Certos testes não precisam mais serem feitos: Paulão, Ernando, Anselmo…
    Não vejo nenhuma idéia do Zago que possa ser aproveitada.
    Chega dessa história que temos tempo, que é início de temporada, pensamos assim antes e acabamos onde estamos.
    Boas idéias se destacam rápido, não precisamos nos iludir.

    Abraços

    1. Obrigado, Simone. Exatamente foi isso que tentei passar na postagem. Chega de conversa mole, de experiências com resultados já velhos conhecidos, pois foi desse jeito, de desculpa em desculpa, acabamos na Série B do campeonato brasileiro. Está mais do que na hora de mostrar resultados.

  2. Prezado Pauperio e demais amigos(as) colorados(as),

    É sim desanimador o que vemos em campo,por tudo que é dito durante a semana, as entrevistas e o desmerecimento maldosamente calculado pela imprensa azul que se regozija ao ver que o seu boato “colou” e nós aqui, rangendo dentes seja na frente da tv ou seja na arquibancada gritando.

    A repetição de erros que nos disseram ano passado que eram erros crassos, são uma rotina no clube. Isso paralisa qualquer movimento evolucional, porque toda repetição de erro, desde pequeno eu sei que é…burrice. E com falta de massa cinzenta, fica muito difícil resolver a montanha de problemas que os que saíram deixaram para MM e sua turma, resolverem.

    Os amigos acima já desfilaram o rol de problemas e as burrices cometidas jogo a jogo. Se me disserem que o treinador faz isso porque mandam irei entender e dou mais um tempo para ele se estabilizar no cargo, diante de tantas incertezas e erros cometidos. Agora, se for dele mesmo estas iniciativas de colocar no time o que já não deu certo ano passado, de repetir o cenário que CRoth e Argel tanto fizeram apequenando o Inter, o bago pro mato porque o jogo é de campeonato e a extrema fragilidade na bola aérea na nossa área, consagrando quem joga contra nós, TODOS OS JOGOS!!!! Então amigos e amigas, me desculpem a intolerância, mas ele está cavando a própria cova para ser enterrado e o Inter antes de começar a sofrer , já agoniza de febre alta, tendo convulsões que lhe deixam inerte, sem reação e sem modificação do que já provou não dar certo.

    Falando nisso, e a auditoria externa, quando irá acontecer???? Enquanto as cifras perdidas não forem esclarecidas o seu paradeiro ou destino, devidamente comprovados, não entenderemos mesmo o que se passa. Ma que é estranho é. Em todos lugares, até em Novo Hamburgo a coisa anda. Aqui a feijoada azeda. E não é por falta de cacau na receita. É por pura malandragem e corrupção, que asfixiam mortalmente o Inter há muito tempo.Este é o meu diagnóstico do doente. Enquanto não for para cima deste expediente, podem trazer quem quiserem , que não irá funcionar. E o mal está tão arraigado que a Conselho Deliberativo é farinha do mesmo saco, pelo menos a maioria dele e tudo fica como “Dantes no quartel de Abranches”.

    Só não enxerga quem não quer ver mais ao longe. Os vestígios e as constatações estão aí. Basta enfrentar o vespeiro em nome do Inter, o gigante vermelho que está muito doente.
    Grande abraço à todos e amanhã é mais um dia de sofrimento no Beira-Rio. Vamos lá.

    1. Gaude, todos nós mantínhamos expectativas de grandes mudanças e estamos constatando a perpetuação dos mesmos erros. Sinceramente, não dá para entender quais as justificativas aceitáveis para essa situação em nosso Internacional. Tem gente que pede calma, que ainda é cedo para discordar, mas convenhamos, a hora é de trabalhar com competência, só isso. Ninguém de sã consciência aguenta esse vai e não vai, esse passo à frente e outro à atrás, essa infindável incoerência de atitudes e de insistências pouco inteligentes.

  3. Olá Antônio e d+ Amigos!!!
    Este timinho, bando de que faz que joga, ainda não são merecedores das mimhas sábias palavras.
    Prefiro cuidar da minha abençoada vida que é muito + gratificante do que falar de pouco futebol. Abs.

  4. Alô você Pauperio!

    Domingo, interrompi meu Chope , nos 40° da Ilha do Governador para ir dividir o telão do meu amigo Gilmar entre o campeonato carioca e o nosso “charmoso”. Deus do céu, eu sei que precisamos de experimentos mas até pra isso tem que ter estratégia. Não sabem? Me perguntem. Não se mexe nos três setores ao mesmo tempo, pois o ACZ mexeu e ao que parece ninguém lhe chamou a atenção AINDA. Assim teremos um esboço de time talvez em OUTUBRO. Oremos!!!
    Diretamente do RJ

    1. Melo, imagino o desgosto… Teimo em acreditar, mas parece que a “maionese desandou”. O que está acontecendo atualmente no nosso Internacional é simplesmente inexplicável. Não entendo como se pode ignorar tudo que já aconteceu e continuar repetindo os erros do passado recente. Minha sincera opinião é que está faltando “cancha” (para não dizer competência e coragem) para a solução dos problemas existentes, condução do clube e do plantel.

  5. Olha Paupério e amigos(as) não é má vontade, mas mesmo quando ganhamos não nos agradamos do que vemos em campo…Sem falar na (falta) qualidade de alguns adversários. O diagnóstico menos pessimista é a extrema falta de qualidade do time e do grupo. Também já passou da hora do nosso treinador ficar reclamando do rebaixamento de 2016 e da carga psicológica dos jogadores em relação a isso. Também já não dá mais para ficar falando em começo de temporada, pois não vejo como o que está sendo apresentado melhorar com mais ritmo de jogo.

    1. Luciano, também penso assim. O importante nisso tudo é que todos estamos vendo a mesma coisa e isso se chama consenso. Não aguento mais desculpas, quando o que deveria era haver profissionais cumprindo com sua obrigação. Imagine se a cada dificuldade que tivéssemos na vida iriamos ficar “perdidos”, não sei o que aconteceria. Chega de choro, de desculpas, pois a hora é de muito trabalho e resultados.

    2. Luciano, como já afirmei anteriormente, quando vários torcedores estão tendo a mesma opinião, podemos considerar que existe um consenso de visão do que está acontecendo em nosso Internacional. Também não aguento mais essas desculpas esfarrapadas encontradas para uma sequência interminável de maus resultados. Fico pasmo ao constatar que alguns pensam que a torcida é burra e que não compreende o que está acontecendo. Imagine só, se a cada campeonato brasileiro, os jogadores do clube que caia à 2ª Divisão estão irremediavelmente abalados, teríamos uma sequência sem fim de jogadores fracassados encerrando suas carreiras. Inacreditável que alguém possa pensar assim. Um verdadeiro absurdo. Não estamos tratando de meninos em formação, no início de suas vidas, mas de adultos, profissionais que deveriam corresponder aos altos salários que recebem, às facilidades que tem à sua disposição para desempenhar suas atividades e fazer o que deles se espera, trabalhar, só isso.

  6. Já postado na página anterior. Republicado aqui:

    josé
    20/02/2017 at 08:42
    Sobre o jogo de ontem:
    Primeiro que a arbitragem sonegou 2 pênaltis a favor do Inter. Mas arbitragem é assim, um dia contra outro a favor. Lembremos que no meio da semana, enquanto estava zero a zero, o juiz também deixou de marcar uma penalidade contra o Inter, a favor do poderoso Solimões.
    O jogo: mais um repeteco do mesmo filme de terror do ano passado. Quando eu digo aqui, desde a pré temporada que esse time do Inter não volta à série A com esse elenco, muitos devem achar exagero de minha parte. Mas a verdade está escancarada a cada jogo!
    Há poucos dias alguém postou aqui neste blog que o Passo Fundo era de uma mediocridade total. É verdade. Mas esse mesmo Passo Fundo medíocre, no final do jogo enchiqueirou o Inter até obter o empate. Dava até a impressão que o time de branco era o medíocre Passo Fundo!
    Ontem, mais uma ficou exposta a ruindade colorada. A mesma péssima dupla de zaga do ano passado! O mesmo Anselmo, que nada acrescenta ao time! O mesmo Valdívia, cabeludo que passa mais tempo caído que em pé! Que perde todas as divididas e cai ou se atira e fica olhando para o juiz. E quando perde a bola fica parado reclamando. Jogador que caminha em campo! O mesmo Seijas, também caminhando ou troteando em campo sem jogar nada. ( e
    idolatrado pela torcida! Freud explica? ). A volta de Eduardo Henrique, que saiu do time por ruim e volta como solução!
    Pergunto: quando o Inter vai se dar conta que sem meio de campo, a defesa fica exposta e o ataque inoperante? Quando o Inter vai ter jogador que crie jogadas no meio, que entre na área adversária, que coloque o atacante na cara do gol, ou que chute e faça gol, ou que volte e recomponha quando necessário, que tenha intensidade e velocidade?
    Quando vai acabar o perigo de gol contra o Inter a cada falta cobrada ou a cada erguida de bola na área colorada? Ontem o Passo Fundo fez dois gols de bola alçada e teve mais duas chances de gol com jogadas senekgabtes! A cada escanteio ou bola erguida era perigo de gol.
    Em contrapartida, quando o Inter vai levar perigo ao adversário em escanteios ou faltas cobradas? Quando vai ter um cobrador de faltas?
    Até quando o Inter vai tomar gol nos acréscimos? Não chega o que tomou ano passado?
    Até quando o Inter vai recuar e ficar dando bago para frente, sabendo que a bola vai e volta?
    Até quando o Inter vai levar contra-ataques?
    Até quando vai sobreviver de milagres de Danilo Fernandes?
    Olha, pessoal, sábado vi o jogo do Guarani contra o União Barbarense. Dois times pequenos, sem um jogador de destaque. Mas a entrega em campo, a vontade de jogar, a disputa, a intensidade era a mesma dos times de ponta, como Palmeiras, Flamengo, São Paulo. Cruzeiro, etc. Exatamente a forma e maneira de jogar que o Inter não tem!
    Impressionante como se vê jogador mediano dedicado o tempo inteiro em correr, defender e atacar, sem desistir, sem bola perdida! Enquanto no Inter jogador perde a bola e fica parando em campo, olhando o adversário jogar.
    O que vamos sofrer nesta segundona não está no gibi!
    Abraços a todos do blog!
    Em tempo. A contratação do Potker me agrada pois esse jogador vem empilhando gols desde o ano passado.
    Agora, em contrapartida, Marcelo Cirino não me entusiasma. Caso seja contratado, espero morder a língua!

    1. José, quando as opiniões não são só de uma pessoa, mas de uma grande maioria, a amostra evidencia consenso de visões. A torcida Colorada é leal, apaixonada, mas não é burra. Não estamos vendo a formação de um time titular confiável, competitivo, uma forma de atuar em consolidação e um crescimento nos desempenhos dos jogadores. O que se observa atualmente, é uma grande quantidade de desculpas, um passo à frente, um passo atrás. A mesmice do ano passado se repete e a torcida não suporta mais essa mediocridade. Quando se falar em abalo, por favor, não se trata de meninos, crianças em formação, são profissionais bem pagos, adultos e com experiência suficiente para entender e superar fracassos do passado. Se fosse assim, a cada campeonato brasileiro e a cada queda à 2ª Divisão, haveria um enorme número de ex atletas. Conversa fiada, simplesmente, ridículo.

  7. Pitacos

    Déjà vu ou o Dia da Marmota ou Feitiço do Tempo – qualquer opção que escolhermos vai ilustrar bem o que vimos ontem. Um retrato fiel de 2016. Time lento. Time previsível. Ligação direta da zaga para o ataque. Troca de passes infindáveis e inúteis entre zagueiros e laterais. Time sem pegada, sem saída de bola, sem recomposição, sem compactação, enfim tudo aquilo que o futebol atual exige.

    Insanidade – como definiu Albert Einstein (vejam, não foi o Celso Roth) insanidade é fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultado diferente. Lá no Inter o pessoal ainda espera que Paulão, Ernando e Anselmo vão, de repente, aprender a jogar futebol. Eles ainda não viram o suficiente.

    Meio de Campo – outra coisa que não aprenderam: jogo se ganha no meio. Qualquer time mequetrefe que povoar o meio contra o Inter tem grandes chances de ganhar o jogo. Não há recomposição. Dois jogadores – um ainda tendo que provar (Charles) e outro ruim (Anselmo) – marcando e os demais assistindo. Todos os setores do time são lentos, não se apresentam para o jogo, não oferecem alternativas para o companheiro que está com a bola e fica naquele nheco-inheco de bola para um lado, bola para o outro lado, e nada…

    Valdivia – está me parecendo que não quer mais saber do Inter. Cada vez mais parece demonstrar aquilo que o William falou. Ontem teve um lance em que ele perdeu a bola e simplesmente saiu reclamando para o outro lado do campo, inverso para onde foi o adversário que lhe tomou a bola. Pareceu irritado com o Seijas algumas vezes, o que me faz pensar no pior, ou seja, que há algum problema de relacionamento no grupo. Tecnicamente pode render muito mais do que está rendendo. Se tiver vontade é titular absoluto no Inter, mas parece que não quer e não é de hoje. Alguém vai ter uma conversa com ele? Peguem os jogos e mostrem para ele quantas vezes perde a bola e desiste da jogada e fica olhando…

    Seijas ou Anderson – claramente contrataram o cara errado. Seijas só rende pelo lado esquerdo na linha de 3 no sistema 4-2-3-1. Naquele lado, se quiser jogar, Valdivia é o titular. D’Alessandro só rende pelo meio ou do lado direito. Está claro para mim que o Zago vai formar a linha de 3 com Cirino pela direita, D’Ale pelo meio e Valdivia na esquerda. Cirino ainda precisa ser confirmado, mas se não for ele, vai ser o Carlos ou o Sasha (sic!) quando voltar. Na esquerda, se o Valdivia não melhorar será o Nico, uma vez que o Pottker vai ser o 1 fixo na frente. A conclusão minha, infelizmente, é que Anderson vem aí…1….2…..3…..simplesmente porque Seijas não tem lugar.

    Zaga – parece que agora vão começar a entender que precisam de um zagueiro para mandar na cozinha. Se contratar um zagueiro bom, acima da média, os outros Klaus, Eduardo, Ortiz e Neris poderão render mais. Teve muito zagueiro perna de pau consagrado pelo Gamarra.

    Eduardo Henrique – está concorrendo com o Jackson como o cara mais azarado no Inter. Só faz cagada. No Brasileirão passado conseguiu ser expulso no jogo contra o Santa Cruz no Beira Rio. E ontem, na primeira chance com o Zago, consegue fazer um golaço……contra!

    1. Santos, sem comentários a fazer. Realmente, é decepcionante ver o “cegueira”, falta de orientação ou teimosia que grassa em nosso Internacional. O comportamento do clube e do time se apequenou de tal maneira que ninguém mais respeita. Não é possível continuar aguentando essa repetição de mediocridade jogo após jogo. Começo a acreditar que essa solução pensada para o futebol está fadada ao insucesso, pois não consigo enxergar objetividade e firmeza na condução e a perceber algumas preferências questionáveis.

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