Pois meus caros irmãos de alegria, como tenho já passadas seis décadas com sobras tenho visto muita coisa que os mais velhos já viram e que os mais novos irão ver, tenho certeza. Dentre essas tantas coisa tenho em mente sem pesquisar muito jovens talentos Colorados que foram perdidos por falta de um trabalho especialmente de valorização. Não falo dos bens sucedidos como Pato, Fred, Nilmar, Luiz Adriano, que produziram para o INTER, no campos e para os cofres. Falo de meninos como Rodrigo Paulista por exemplo, que jogava uma bola absurda e que simplesmente por falta de suporte interno não rendeu nem dentro e nem fora. Falo de Lucas Lima que hoje vemos brilhar por onde passa, falo de Ricardo Goulart que tinha tão somente em Falcão uma voz que se levantava em sua defesa garantindo que ali estava um jogador promissor mas que também bateu asas. Nem vou Falar de Valdívia pois esse sabidamente, declaradamente não queria mais ficar aqui, ingrato é o mínimo que se pode dizer. Falo também de Winck, que é tão lateral quantos os inúmeros comprados pelo Inter e que não deram certo, mas por ser prata da casa virou o patinho feio. Não, ele não é brilhante, claro que não, mas não deve nada à maioria dos que por ali passaram e ajudaram a desfalcar o cofre. Falo de Sasha que alvo de uma campanha sórdida por parte de setores da imprensa, que levou grande parte da torcida a não perceber o que faziam com o jovem Colorado da gema, prata da casa legítimo. Já vi jogadores serem pacientes de delicadas cirurgias e levarem 4 anos para retornar aos gramados, voltar a jogar mesmo, em nível razoável só dois anos mais tarde, portanto 6. Falo de Pinga, extraordinário zagueiro que na percepção do jornalista João Garcia, jogava tanto que quando voltou a atuar , o fazia com uma só perna e ninguém notou. Falo de André Luis, esse mesmo que recentemente era o auxiliar do Guto. Se lesionou em 1978, fez correção com cirurgia e fez nove meses de fisioterapia, mas só voltou a jogar com desempenho razoável quase dois anos após o acontecido, depois evidentemente alcançou seu rendimento habitual. Sasha nos juniores era um jogador acima da média e por isso foi promovido. Em 2014 sofreu uma fratura no tonozelo, em processo de recuperação nova lesão. Mais uma no ombro. Só retorna mesmo em 2017, sem time montado…bem essa parte todos conhecem, mas foi em meio a esse turbilhão que ele volta para ajudar a resgatar o INTER mesmo quando muitos fiz\eram questão de ir embora ele declarou que ficaria para dar sua parcela. sem ter sido brilhante o INTER retornou a série A. Tem muito suor dele nesse objetivo alcançado. Quando ele tem a oportunidade de fazer parte de um processo de remontagem, sem a pressão da obrigatoriedade de voltar a elite ele é descartado por pressão da torcida insuflada por parte da imprensa que não gostou de vê-lo dançar a “valsa dos quinze anos”.Não, não Sasha não foi um caso isolado, Antes dele, além do R. Paulista (Bragantino) , teve Tales (Tailândia) ,o Borracha (inicio da década de 80) , o João Paulo ( hoje no Botafogo) e outros muitos outros.
Recente vencedor do campenonato Brasileiro de Aspirantes especula-se promoções, algumas até já se efetivaram: Ramon, Ronald e Álvaro são os confirmados. Fábio Alemão, Fernandinho e Joanderson também devem subir. Eu daria oportunidade ao goleiro Igor, sem falar no Val que era volante foi pra lateral direita e deu conta do recado.
Do sub 20 que recém voltou da Copinha nome como o dos atacantes Brenner e Richard são expoentes, bem próximos estão o zagueiro Fuchs, e os também atacantes Neto, Bruno José e Vitinho. Vamos combinar que a safra é razoável certo? E a política de aproveitamente dos jovens, temos? Tem alguém que específicamente faça a sustentação deles junto a opinião pública representada pela imprensa? Se as respostas forem sim, alegro-me, mas se forem talvez ou não, estaremos iniciando mais um processo de fritura dos nossos próprios produtos e em véspera de inicair a buscade numerário que faça frente ao tanto de gastos que temos tido e que teremos para contratar profissionais da mesma envergadura (a maioria das vezes nem isso) dos produzidos no CELEIRO DE ASES.
TENHO DITO!
Melo,
Esse tema eu considero dos mais importantes para nosso clube. Não sei muito bem como está funcionando no Inter, mas não tenho dúvida que deveria haver uma completa integração entre as categorias de base e o time principal, com um comando único para dar padrão e direcionamento. Os exemplos de sucesso citados por você estão mais escassos, só acrescentaria o goleiro Alisson que pode figurar sem dúvida na lista dos bem sucedidos.
O que tenho percebido de uns tempos para cá é uma aparente falta de convicção em relação a quem e quando aproveitar no time principal. Frequentemente um jovem é trazido para o time de cima e depois desaparece, em outro momento, com outro técnico, aparece algum outro jovem e nem sempre com sequência , não parece haver uma avaliação e comando independente do qual técnico esteja no principal.
Perdemos alguns valores como bem relatado (Goulart e Lucas Lima), por outro lado, alguns jovens que pareciam promissores acabaram não correspondendo as expectativas. Por isso a importância de alguém da comissão permanente que tenha condições de avaliar os jogadores em todo período de preparação .
Abraços
Melo, excelente texto. Parabéns. Acho que existe um problema mais grave ainda que é a falta de bons preparadores nas categorias de base. Como um jogador de técnica boa, como o C. Winck, fica tanto tempo na base e só descobrem que ele tem deficiências importantes quando sobe aos profissionais? Fossem só problemas de aceitação da torcida, por exemplo, então ele teria se dado bem quando saiu para a Chapecoense ou Hella Verona. Sempre recordo da história do Cafu, lateral direito, capitão do Penta. Ele foi reprovado em 8 peneiras até ser aprovado no SPFC. Deu a sorte de pegar Telê de técnico. Telê exigiu de Cafu à exaustão, transformou ele de meia em LD, ensinou como fazer cruzamentos, entre outros fundamentos. Hoje, a maioria dos treinadores dá treinos táticos apenas e não se preocupa com a técnica e o comportamento dos atletas. Por isso, aparecem uns meninos robotizados, que não exercem o improviso que faz do futebol uma arte. Antigamente, quando um garoto recebia uma oportunidade no time de cima, o técnico tinha um grande trabalho para controlar a ansiedade e a movimentação deles em campo, porque queriam estar em todos os lugares do campo, onde estivesse a bola. Hoje o trabalho é o oposto. Precisa de um Vodu para espetar o bumbum dos caras que já entram com uma malemolência a lá Anderson. Eu vejo este Juan, meia do Inter, com um grande potencial técnico, mas tem um sono acima do normal. Se corrigir isso, vira craque. Pelo que vi, o tal Sarrafiore não vai precisar de um boneco de Vodu.
Alô você Naladar!
Perfeita a lembrança do Cafu, foi exatamente isso que aconteceu, não fosse o lendário Telê não teríamos tido o privilégio de vê-lo. Ainda tenho esperança que alguma mente iluminada REFORMULE EFETIVAMENTE o Departamento de Futebol do INTER e que nesse bojo haja um capítulo especial para as categorias de Base.
Coloradamente,
Melo
Ilustre PRM: belíssima exposição. Se fratura, seria exposta. Mas, o fato é que na realidade temos condições de apresentar nossas crias do gramado. Porém, o mercado interno e externo não utilizam os mesmos pesos para a balança. Esperemos que nossos dirigentes saibam proteger nosso patrimônio e ao oferecê-los ao mercado não os negociem em balcões de 1,99.
Alô você Jaldemir!
Evidente que não é possivel contemplar a todos mas o que se quer é um esforço de não permitir que as “campanhas externas” atinjam e até de certa forma danifiuqem nosso patrimonio.
Coloradamente,
Melo