51 anos da Nossa Casa e bem nesse momento em que temos que ficar em casa, não podemos ir ao Gigante. Essa restrição de não ir faz com que a saudade aumente ainda mais. Tivemos algumas restrições num tempo recente em que nosso Gigante estava sendo reformado para a Copa do Mundo de 2014. Foi um período bem difícil ver parte da arquibancada destruída, tapumes pretos para encobrir as obras no anel inferior e o clube mandando jogos ali. O Gigante parecia ferido. Mas não estava morto. A torcida acompanhou nas redes sociais cada uma das 65 membranas sendo erguidas e colocadas. Os secadores de obra davam risadas e tentavam manobras de bastidores para levar a Copa do Mundo para o estádio do nosso rival. Não levaram! A reforma deixou o Gigante além de bonito, imponente.
Os dois finalistas daquele Mundial jogaram no Gigante. O melhor jogador do Mundo fez gol no Beira-Rio. O Gigante sediou jogos muito bons. Foi destaque pela beleza. As membranas que trocam de cores hoje são usadas para além de ostentar o nosso vermelho sangue, são usadas também para apoiar campanhas socias e prestar soliedariedade a acontecimentos no Mundo, só para citar um deles, quando tiveram os atentados na França em novembro de 2015, as membranas foram iluminadas com as cores da bandeira Francesa. Elas sempre são iluminadas de azul (não somos mesquinhos de não apoiar a causa mesmo tendo as cores do rival) no Novembro Azul e Rosa no Outubro Rosa.
O caminho do Gol (percurso feito pela Avenida Borges de Medeiros até o estádio durante a Copa do Mundo), o pôr do sol no Guaíba, a proximidade com o Parque Marinha, são todos enfeites que embelezam ainda mais a Nossa Casa.Houve uma permuta de áreas com o Clube e nos deram um terreno à margem do Guaíba. Tiravam sarro da gente e nos achavam loucos por construir essa obra de arte para a cidade. Com a ajuda de todos Colorados conseguimos. É nosso e continua sendo nosso! A região se valorizou, cresceu e o Internacional continua cada vez maior graças aos visionários da época e o esforço e paixão da nossa torcida.
Todos trancados em Casa e com Saudade da Nossa Casa. Assim como depois da Reforma matamos bem matada essa saudade, logo logo mataremos mais essa de voltar a ir num jogo na Nossa Casa e gritar gol do nosso time. As árvores do Parque Marinha e do Parque Gigante devem estar com saudades da fumaça dos nossos churrascos. O cheirinho dos espetinhos de gato no entorno do estádio, a ceva gelada com as parcerias antes de entrar pro jogo, e até os quero-queros tão com saudades de ver o Gigante rugindo em dias de jogos.
Nesse dia especial fiquemos em Casa e não deixemos de lembrar dos bons momentos na Nossa Casa:
- Fernandão cantando Vamo Vamo Inter na chegada do Mundial
- Gol do Nilmar na prorrogação da final da Copa Sulamericana
- Os gols e apitos finais das duas Libertadores que erguemos diante da nossa torcida
- O penâlti do Célio Silva no meio do gol que chutou grama e bola pra dentro gol na final da Copa do Brasil de 92
- O nosso Brasileirão Invicto em 79
- A tabela de cabeça no gol do Falcão em 76 contra o Galo pelo Brasileirão
- O gol Iluminado de Don Elias em 75
- A festa de reinauguração após a reforma e 2014
- Cavadinha de penâlti do Clemer contra o Juventude no 8 a 1
São tantos momentos que devo ter esquecido algum que tenha sido marcante pra ti. Se lembrares escreve aí!
Gigante com alma, berço das Ruas de Fogo, estamos com saudades e obrigado por ser a nossa casa.
Logo logo Estaremos Contigo! Parabéns velho Amigo!
Olá Kiko, um belo relato do Gigante da Beira Rio, palco de 2 finais da Libertadores e da Copa de 2014. Colocaria aí, o gol iluminado do título de 1975 do Figueroa.
Abraços Messias Fortes
Fala Kiko, belo texto, uma viagem no tempo, relembrando momentos marcantes no nosso Beira Rio, com certeza vamos ter muitos outros e daqui a pouco estaremos de volta e presenciar o Gigante rugir com mais força, parabéns Colorados e Coloradas, e que venham muitos anos de Glória…Salve Nosso Beira Rio…
Olá Kiko,
Podemos colocar nesta lista os gols da final de 1976 contra o Corinthians. O 1° do Dario que depois de marcar atravessou até o nosso gol para abraçar o Manga, que para um Piá da época que estava no estádio foi extremamente fantástico e o belíssimo gol do Valdomiro que bateu no travessão e desceu para dentro da linha de gol e que para muitos Corintianos não foi gol até hoje.
Alô você Kiko!
Grande texto. O nosso “José Pinheiro Borda” já é um senhor, mas ainda não está no grupo de risco. Muitas alegrias, que sem dpúvida superaram os raros momentos nem tão felizes assim, mas sobretudo a NOSSA CASA. Lembro de , jovem adolescente ir contemplar a obra, as vezes , muitas vezes de uma viseira privilegiada lá do centro da cidade, ali pela Duque de Caxias. Incontáveis vezes que lágrimas de felicidade escorreram pelo rosto deste hoje veterano. Ah meu Gigante, GLÓRIA ETERNA, bendito sejas JOSÉ PINHEIRO BORDA.
Coloradamente,
Melo
Parabéns Kiko Fontoura, belíssima descrição na data de mais um aniversário desse monumento que orgulha a todo Colorado, abraço.