Aquele amanhecer de sábado parecia ser diferente, o movimento era igual, o que chamava a atenção era o vermelho. Diferente dos demais dias da nossa pacata cidade, mas enquanto o dia avançava, o céu azul refletia o vermelho das calçadas, das ruas e das praças.
O que deveria estar acontecendo? Eis que chegou o domingo e a maré vermelha, invadia a cidade, vinda de todos os cantos e ruas para o centro, e eu querendo estar nesta festa: mas meucoração pendia para os espanhóis do barcelona, afinal o ronaldinho gaucho estava lá.
Mas foi o jogo começar e meu sangue vermelho ferver. Eis que numa passada pelo bar do Tuco vi um índio moicano de bunda de fora balançando a bandeira do Inter durante o dia todo. Não conhecia, nem sabia qem era. Mas ele deveria ter seus motivos.
Anos depois soube quais eram eles: a paixão pelo clube do Internacional. No início não conseguia acreditar que tudo isso poderia ser amor a um clube, mas hoje reconheço o motivo daquela comemoração e participo intensamente do consulado do Internacional de Panambi como Colorada e voluntária das causas sociais que nós nos engajamos.
Por isso amo tanto o meu cônsul que tem sangue vermelho como eu…
ah, e aquele moicano é hoje meu namorado!