Estratégia da renúncia

Olá colorados, trago um assunto em pauta sempre questionável e polêmico. Depois do auge das grandes conquistas, parece que, ultimamente, a Direção Colorada tem adotado a “Estratégia da Renúncia”. Afinal, não foi essa a estratégia da venda do diferenciado Nilmar, no momento mais decisivo em que despontávamos rumo ao título do Campeonato Brasileiro? De lambuja a venda do Magrão e liberação do Álvaro que foi lá no Flamengo,  ajudou a acertar a defesa (então14º colocado) e ainda sagou-se campeão. Naquele ato de venda do Nilmar, segundo a imprensa e Colorados em geral, renunciávamos ao título de Campeão Brasileiro.

Na fase decisiva da primeiro turno do Gauchão, no momento de ir à final abre-se mão do interstício das 72 horas entre um jogo e outro (vide comentário do Reche no Correio de domingo, 21/02) e ainda submete-se à vontade do Conselheiro Colorado e Pres. da Federação Francisco Noveletto, o mesmo que se encolheu no episódio do roubo do Brasileiro de 2005 (palavras textuais do ex-presidente corintiano – vide DVD Centenário do INTER e livro do Fernando Carvalho) e, ainda, escalar um time totalmente descaracterizado (INTER C) para decidir uma semifinal, jogar com estreiantes e outros sequer nominados nos 25 da Libertadores, tampouco a escalação do 2º goleiro.

Confesso que, quando li a escalação no jornal, não me animei a ver o jogo no telão longe das arquibancadas do Beira-Rio, direto de SC. Temia pelo pior, o que de fato aconteceu. Renúncia total. É subestimar demais com a sorte.
Alguns poderão dizer, mas o Gauchão pouco vale. Para mim vale e muito, ainda mais neste ano que estamos para conquistar o destacável e emblemático 40º título de Campeão Gaúcho. Que beleza seria não?

Desculpem, perder é do jogo, mas renunciar a uma conquista, é diferente. Isto jamais aceitei! Aí irão me dizer: O INTER não queria perder, mas aí eu retruco: Escalou o time para ganhar? Por tudo que aconteceu, o Sr. Fernando Carvalho pagou o preço pela renúncia estratécica de ir a final, eis que no último domingo foi, constrangido,  ao reduto da Azenha, sob a vibração deles, e entregou-lhes a taça que leva o seu nome. Pediu e levou!

A par disso, nem tudo está perdido no âmbito regional, nunca esquecendo, porém que, para recuperar o terreno perdido, o INTER terá que dar o máximo no returno, exatamente no momento quente da Libertadores (fase mata-mata). Ah, e por falar em renúncia, pelo que me consta, o Sandro já está vendido e deverá permanecer até julho, lembrando que, pela realização da Copa do Mundo, os últimos jogos da Libertadores, espero que cheguemos até lá, dar-se-ão em data posterior ao citado mês. E que nenhum outro jogador importante seja vendido até então.
Bem Colorados, torçamos para que as “Renúncias Estratégicas” não continuem.

Enfim, esse é um pensamento isolado ou não, mas de um torcedor não conformado com  a perda de um turno que nos daria tranqulidade para seguirmos com foco exclusivo na Libertadores. Se concordam ou discordam não sei, mas os fatos estão aí, cada interpreta-os a sua maneira.

Gostaria de saber a opinião dos bloguistas do ARQUIBANCADA COLORADA sobre a minha opinião. Parabenizo a democracia deste blog que permitiu que eu expusesse o meu pensamento, o meu sentimento.

Abraço

Heleno Costi
Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL


8 thoughts on “Estratégia da renúncia

  1. Grande Heleno ! Tive o especial prazer de te conheçer num bar em Bal. Camboriu (SC) assistindo vários jogos do nosso glorioso! Vc é um cara extremamente ponderado e comungo sobre muitas coisas que colocastes nesse post´s… O INTER é hoje um CLUBE muito bem administrado mas perdeu a essência, que é o arrematamento de títulos!! E esse arrematamento só será conseguido se ” montarmos” um time vencedor!! ( O que hoje pra mim não o é ) Não nos interessa nada mais do que “GANHARMOS TÍTULOS” e eu, MARCELO AUGUSTO JUNGES, colorado de coração quero e vou ser CAMPEÃO DESSA LIBERTADORES !!! ( DEPOIS SEREI CAMPEÃO MUNDIAL ) Só que ainda nos falta garra e convicção! Chega de desmantelar a equipe vendendo jogadores pra fazer caixa!! … A não ser que nossa DIRETORIA queira mudar a razão social do INTERNACIONAL para FACTORING… REPETINDO: EU NÃO QUERO RENUNCIAR ESSES DOIS TÍTULOS !!!!! )
    Um abraço pra vc meu amigo e quando estiveres em Camboriú me liga pra assistirmos os jogos juntos ( marcelo|_junges@hotmail.com )

  2. Grande Heleno ! Tive o especial prazer de te conheçer num bar em Bal. Camboriu assistindo vários jogos do nosso glorioso! Vc é um cara extremamente ponderado e comungo sobre muitas coisas que colocaste nesse post´s… O INTER é hoje um CLUBE muito bem administrado mas perdeu a essência, que é o arrematamento de títulos!! E esse arrematamento só será conseguido se “montarmos” um time vencedor!! ( Não nos interessa nada mais do que “GANHARMOS TÍTULOS” e eu, MARCELO AUGUSTO JUNGES, colorado de coração, quero e vou ser CAMPEÃO DESSA LIBERTADORES !!! ( DEPOIS SEREI CAMPEÃO MUNDIAL )

  3. Prezado Heleno !!!
    Gostaria de escrever minha opinião sobre o teu post mas a Débora e o Nolci ”roubaram” minhas palavras.
    Concordo ipsis líteris com ambos.
    Sinceramente não gostaria de estar na posição de nossos diretores, que tem que se dividir entre a razão de um administrador,que acredito deve prevalacer, e a emoção de torcedor, que tenho certeza, sejam todos iguais à nós.
    Sobre estratégia, a tênue linha que separa o genial do bestial, pode ser um chute, aliás chutaço, de um tal Chicão.
    O futebol como ciência exata é muito inconstante.

    Um grande abraço,
    João.

  4. O INTER É GRANDE, penso que não houve renuncia da conquista do turno, até porque já haviamos ganho em NH com certa tranquilidade apesar do escore, o que ocorre é que este não era o melhor momento para ariscarmos, deu no que deu, mas vamos enfrente. A venda do Nilmar já estava programada, ao que se sabe. O brabo foi perder jogo em casa para o Botafogo, e outros de times que estavam para cair. Não importa, vamos ganhar o 2º turno, seremos campeões novamente, e a Libertadores não nos escapará.

  5. Que bom que a torcida é feita de paixão, pois o racional jamais daria ao futebol a grandeza que ele tem. É justamente a torcida que esquenta as discussões, as polëmicas e reveste de emoção as competições. Mas sabemos que há muito o futebol se profissionalizou, ou não sobreviveria. E é com a frieza dos negócios que os clubes se mantem, formam suas equipes, ou se perdem na história. As colocações que tu fez, são mais do que compreensiveis do ponto de vista da torcida. Mas as decisões são feitas sob a pressão de muita responsabildiade. Não entendo a venda do NIlmar como renuncia, e muito menos o fato de ter jogado contra o NH com time B. Mas entendo que haja insatisfação, já que estamos falando de um dos grandes clubes de futebol do mundo. Mas no caso da partida com o NH, não perdoaria jamais a direção se algum dos nossos titulares se machucasse e ficasse fora da LIBERTADORES. São decisões dificeis, cujo qualquer caminho, nunca será totalmente certo ou errado.

  6. Estamos diante de uma empresa que não valoriza seu mateial humano. Hoje a prioridade são os valores, em detrimento de qualquer coisa. Não podemos esquecer do caso Dunga, Sangalete, Clemer, Iarley, Fernandão. Todos tratados como restos. Como valorizar homens que não se preocupam com o mais importante para a empresa, que são seus coloboradores. Não tenho certeza, mas no final vamos saber alguma coisa sobre o caso Walter também. Entristece ver meu clube tratando seus torcedores dessa forma. Todos ficamos a ver navios.
    Concordo com voce, meu amigo colorado.
    André Bier – família F9 de São Leopoldo RS

  7. O assunto é bem polêmico. Entretanto, avaliemos: se usássemos os titulares no Gauchão e perdêssemos a estréia na Libertadores, o resultado das reclamações não seriam BEM maiores? Acho que muitos preferem alguns tropeços no Gauchão que as derrotas na Libertadores. A FGF não ajudou tb nos horários e sabia que o INTER iria jogar…. deve planejar melhor isso para 2011.

    Perdemos a batalha, mas não a guerra. Daremos a volta por cima, recuperaremos no returno e chegaremos à final. O INTER estará mais forte nas duas competições, vamos confiar e apoiar sempre.

  8. Grande Colorado Heleno. Nos conhecemos em YOKOHAMA, quando fomos buscar o maior dos títulos que um clube de futebol pode aspirar. Concordo com a tua ânsia em procurar que o nosso INTER volte ao topo do mundo e, principalmente, se mantenha lá. No entanto, discordo nas colocações sobre uma suposta estratégia de renúncia de nossa Diretoria. Não tenho procuração de nenhum Diretor, mas penso que todo o planejamento foi feito adequadamente. Ninguém preferia perder o Primeiro turno do Gauchão para brigar pelo Segundo. Houve um acidente de percurso. Aqui caberia o questionamento à estratégia do Fossati, uma vez que ele tem liberdade de escolher o time, o banco e quem deveria descansar. Na minha opinião, o banco deveria ter sido formado de jogadores diferenciados, que pudessem entrar em campo e, em 20 – 25 min pudessem virar um jogo.
    Na questão Nilmar, a menos que exista alguma informação que desconheça, tínhamos 2 grandes riscos: a) jogador se lesionar ou algo parecido e alcançar o prazo onde pudesse fazer um pré-contrato, e o INTER não ganharia nada na transação; b) Tínhamos uma participação do SONDA no passe do Nilmar onde, acontecendo a opção “a”, viraria uma enorme dívida, sem entrar nada no caixa. Considerar em dar mais grana para o Nilmar, penso que ele não jogaria por menos do que o Villareal estava lhe oferecendo (R$ 500.000, mensais). Imagine o que aconteceria com a folha do INTER…..
    Parabéns pelo post. Vamos ver a participação da galera. Este blog é democrático e tem espaço para todas as expressões, principalmente dum grande Colorado como tu. Nolci

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