Luanda, capital de Angola, África.
Colonização portuguesa. Menos de uma década livre da guerra civil e em reconstrução. Residência de estimadamente 40 mil brasileiros e alguns milhões de habitantes. Diferença de fuso de 4 horas a mais que o Brasil. Meu lar nos últimos 3 anos e provavelmente pelos próximos 2 ou 3. Uma nação apaixonada pelo futebol.
Aqui, raramente encontra-se camisas de times brasileiros na rua. Não que nossos craques sejam desconhecidos ou nosso futebol infame. Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Adriano, Rivaldo, Pato, Lúcio… São todos conhecidíssimos.
Recordo que desde minha estadia aqui já vi angolanos com camisas do São Paulo, do Corinthians e outras. Alguns mais fanáticos sabem descrever o nome dos principais clubes brasileiros e arriscar algum palpite sobre quem venceu ou está na liderança do campeonato nacional, mas sem muita precisão.
Mas a realidade é que nosso amado INTERNACIONAL, e até mesmo os nossos principais campeonatos caem no ostracismo no que se refere ao continente africano. Contraste absoluto com o campeonato europeu. A UEFA Champions League passa em rede nacional, em horário nobre. Camisas do Manchester United, Barcelona, Real Madrid, Milan e Chelsea são uma constante nas ruas.
Não é exagero afirmar que os angolanos que gostam de futebol sabem escalações dessas equipes na ponta da língua. Acompanhar ao vivo nosso amado clube é difícil. Apesar do PFC ocasionalmente transmitir algum jogo, só tem direitos de transmissão da Copa do Brasil, do Brasileirão e dos estaduais.
A Libertadores não passa no continente africano. Nossos atletas e nossos clubes não são conhecidos. E nas semanas onde há jogos da Libertadores, não posso deixar de sentir inveja. Inveja de sentir a ansiedade, a expectativa, a ARQUIBANCADA COLORADA lotada, o Beira-Rio rugindo.
Mesmo tendo uma rotina de trabalho que exige acordar as 05:00 da manhã, nada me impede. Quinta-feira, 15 de Abril, 01:00 do horário angolano. Ouvindo a transmissão na rádio, carregando o minuto-a-minuto nos sites esportivos, vendo pela televisão ou de qualquer outra forma que seja, estarei eu, e milhões de outros colorados. Sofremos e nos angustiamos, mas acima de tudo apoiamos, e somos privilegiados.
Quarta-feira é dia de Libertadores.
E se o mundo todo ainda não nos conhece, busquemos o bicampeonato da América e do mundo.
Saudações Coloradas.
Davi Benedetti – Luanda/ANGOLA
Colorado, paixão mais que Internacinal
O Inter vai além das fronteiras e vive em nossos corações aonde quer que estejamos!
É linda a forma como o nosso amor sempre supera esses obstáculos… Muito bem meu caro colorado, continuemos sempre assim. Apoiando e aconpanhando aonde quer que esse mundo nos leve.
Lore
Nossa luta pela divulgação do nosso amado INTERNACIONAL passa por situações que mencionaste. Mas nós, te incluindo, somos desafiados a continuar trabalhando isto. Avante INTERNACIONAL….nós te apoiamos…..
Nolci