Hoje tem jogo!

É, hoje tem jogo! Não é pela Libertadores, mas pelo campeonato nacional mais difícil do mundo!  Tudo bem, estamos disputando a competição continental, enfrentando o atual campeão, e este deve ser o nosso foco. Concordo com tudo isso: eu estava no estádio naquele 16 de agosto de 2006 (e em quase todos os outros jogos no Beira-Rio, exceto contra o Pumas e o Nacional pelas oitavas), sei muito bem como é a sensação de ser o melhor da América e é claro que eu quero tudo isso de novo.

Mas eu também fui a quase todos os jogos pelo Campeonato Brasileiro de 1997 (belo time com Fabiano e Christian no ataque), 2005 e 2006 (anos em que me associei e tinha mais facilidade para entrar no Beira-Rio). Em 2009 eu consegui ir ao Brasil e estive presente nos dois últimos jogos, contra Santos e Santo André.

Por que eu destaquei estes anos em específico? Simples: em todos estes anos o nosso Colorado chegou muito perto do título nacional. Em 1997 nós fizemos a segunda melhor campanha dos pontos corridos, mas fomos mal na segunda fase e ficamos fora da decisão.

Em 2005, nem preciso comentar. Chego a ter calafrios só de lembrar dos nomes Edílson, Zveiter e Márcio Rezende… Ganhamos no campo, mas perdemos no tapetão. 2006 nem foi tão ruim assim. Como o próprio Abel falou, nunca antes um campeão da Libertadores tinha conseguido chegar ao segundo lugar do Brasileiro no mesmo ano. E mesmo perdendo para o Goiás na última rodada, terminamos na frente delas… 🙂

Já 2009 doeu bastante, talvez mais até do que 2005. No ano dos jogos anulados, nós sabíamos que fomos melhor que todos os outros dentro de campo e, mesmo não levando a taça, terminamos com o sentimento de dever cumprido. Mas 2009 era para ser um ano mágico, o ano do centenário. Há 30 anos não levantávamos o caneco e tinha tudo para dar certo, só precisávamos mais dois pontinhos… onde será que erramos? Na venda do Nilmar e do Magrão? Ou na derrota para o Botafogo em casa? Ou será que foi no empate com o Barueri ou na derrota para o Flamengo no Rio? Pouco importa, o que importa é que chegamos em mais um final de campeonato com a possibilidade de levantar a taça mas, infelizmente, dependíamos delas para segurar o Flamengo. Não que eu acreditasse que isto fosse acontecer de verdade, mas um pouco de esperança eu tinha.

O resumo da ópera é que o Inter joga hoje por um campeonato que eu ainda não tenho, um campeonato que o nosso Colorado ganhou pela última vez exatamente no ano em que eu nasci. E pouco importa que seja o time reserva em campo: o nosso Colorado vai até Goiânia para enfrentar o Goiás, e isto basta para que os 11 guerreiros que vão entrar em campo tenham o meu apoio.

Lauro; Glaydson, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Juan; Derley, Wilson Mathias, Giuliano e Thiago Humberto; Taison e Edu. Pode não ser o time dos sonhos, mas dá pra jogar. E lembrando que em campeonato de pontos corridos não tem final, o jogo de hoje é tão importante quanto a partida contra o Prudente no dia 05 de dezembro. Eu espero que os nosso jogadores façam a sua parte e lutem por pontos em Goiânia, assim como eu espero que o torcedor Colorado em todo o mundo apóie do jeito que for possível.

Eu vou fazer a minha parte e procurar um bom link na internet para assistir a partida e mandar energias positiva para o nosso time, pois pouco me importa se o time é reserva: hoje tem jogo!

Fábio Wagner – Colônia/ALEMANHA
Vibra o MUNDO inteiro com o Clube do Povo do Rio Grande do Sul!

3 thoughts on “Hoje tem jogo!

  1. Fantástica a tua análise, Colorado Fábio. Continue nos prestigiando e fazendo teus comentários nos posts de outros Colorados. Uma visão de fora é sempre bem-vinda. Saudações Coloradas. Nolci

  2. Bela estréia Fábio, seja muito bem vindo ao nosso Blog. Fizeste uma análise perfeita, pois no ano passado perdemos o título para nós mesmos e temos que ficar com os olhos bem abertos. Vejamos os exemplos dos finalistas da Liga dos campeões, Bayern e Inter de Milão, ambos campeões nacionais e nem por isso perderam o foco no torneio europeu. Força para o nosso Colorado e que ele seja guerreiro também fora do Beira-Rio.

    Parabéns pelo texto!

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