Para quem viveu os anos 80 e 90, tempos das vacas magras, sem time, sem títulos, sem esperança, excessão a Copa do Brasil de 92 que foi um oásis de alegria num deserto de tristeza, mas sem nunca, jamais abandonar o nosso Inter. Dos anos 70 restaram fagulhas de lembranças, o tri do brasileiro, um invicto, que junto com a nossa história, por muitas vezes, davam a sustentação as discussões diante dos torcedores da azenha, sempre soberbos, arrogantes e petulantes diante dos títulos conquistados. Muitos deles de forma até hoje não explicadas, suspeita de dopping (a final da Copa Toyota), compra de resultados (jogo contra o Criciúma), indas e vindas do lado vergonhoso da série B, uma das vezes volta a elite pela porta dos fundos, por fim a união com uma máfia chamada ISL, vivem hoje num mundo paralelo, sustentado por uma imprensa local, parcial, radical e manipuladora.
Nós ali, na nossa humildade, porém com a cabeça erguida, nada de imortal, de batalhas inarráveis, feitos inegualáveis. Expomos nossa alma, um clube sem crédito, sem time, sem títulos em duas décadas, mas com um passado limpo, uma história imaculada e uma torcida inigualável. Das sombras dos anos 80 e 90 para a glória do século 21, o time brasileiro mais INTERNACIONAL nesta década. Conquistamos tudo o que se podia ser conquistado, mas nada disso nos leva a nos auto intitularmos de adjetivos tipo imortal, copeiro, peliador e tantos outros. Nós conquistamos muito mais que o mundo, conquistamos o respeito, a admiração e ,por que não, a inveja. Hoje somos uma referência em administração, futebol e a que mais me deixa orgulhoso, não renegamos nosso passado, nossas origens, não deixamos de mirar o horizonte, porém sem jamais esquecer como, onde e do que fomos forjados.
É a dor e as cicatrizes que nos levam em frente, as glórias são para aliviarem a dor da alma, mas o que nos move de verdade é a dor de um passado por muitos vividos na pele, por outros, principalmente pós 2006, apenas em relatos e histórias que passam de pai para filho. Talvez esteja aí a diferença entre as gerações, as cobranças de quem viveu o passado magro de títulos são e serão muito maiores, das de quem teve as glórias depois de 2006. Não podemos esquecer da nossa história, para que saíbamos conduzir o presente e preparar o futuro, num futuro que não sabemos ainda aonde iremos, mas sabemos como faremos, com humildade, com honestidade, valores morais acima dos materiais, podemos ser Campeões de Tudo, mas ainda somos o clube do povo, dos desdentados, dos assalariados, sem cor, credo ou classe social.
Colorado não tem distinção somos todos iguais. Essa é nossa maior herança, não importa aonde iremos ou onde estamos, importa é o que somos. Depois de reconquistar a América, vamos rumo ao brasileirão, o mundial será uma consequência. No final de 2010 teremos mais dvds, tanto no Beira-Rio quanto na azenha, a diferença é que cada torcida terá o dvd que merece!!!
Dauni Loko Colorado de Lima
Dauni Ricardo de Lima – Chapecó/SANTA CATARINA
Ser colorado é chegar ao topo do mundo como poucos, sem precisar ir ao fundo do poço como alguns!
Puxa lembrar daquela Copa do Brasil, naquele penalti onde o Celio Silva chutou grama e tudo o mais pela frente, chega a me doer a barriga…Aqueles anos todos nos fizerram mais fortes. Mas não podemos achar que tudo será sempre assim. Melo lembrou bem o detalhe do São Paulo… Xô pra lá coisa ruim!!!!!
sou do tempo que ia todas as terças-feiras bascar minha revista Placar para me deliciar com reportagens excelentes e capas sensacionais, capas de títulos então eram maravilhosas.
Mas aí meus irmãos colorados os tempos mudaram fui na banca buscar minha revista para ver uma bela reportagem sobre o BI da Libertadores e nada, apenas uma reportagem do Giuliano, já no mundial de 2006 eles colocaram o Kaká sentado numa cadeira em vez do Inter Campeão. cho que a imprensa argentina deu mais valor ao título colorado que o eixo rio-sp, se fosse oa favelados sem estádio, sem libertadores ganhariam umas 1000 páginas.
Este texto está perfeito durante os anos dificeis não nos escondemos atrás de paradigmas, não criamos nomes para nos escondermos na dor, encaramos a nossa realidade, o portão 8 era nossa voz, sabíamos que sem organização e planejamento o INTER nunca sairia do fundo do poço, mas daí surgiu o Fernando Carvalho e sua turma para colocar o Inter no seu verdaeiro lugar.
Grande texto, prezado Dauni !!!
Depois do êxtase pelo maravilhoso time dos anos 70, vivemos na penumbra nos anos 80 e 90, salvo uma ou outra conquista animadora.
Soubemos dar a volta por cima e estamos em nosso merecido lugar, em grande parte por um fato por magistralmente por vc citado: SOMOS O QUE SOMOS E NÃO O QUE TEMOS.
Muito importante para nós que temos mais estrada, passar essa mensagem para os mais novos, que não passaram esses anos cinzas, manterem o foco nos objetivos, mas nunca relegar ou esquecer nossas origens.
Um grande abraço,
João Colorado Bremer
Nossa futuro será maravilhoso e pela nossa essência nos manteremos desprovidos da soberba que habita a lombada dos cemitérios da Azenha !!! Falo isso porque nem precisamos humilhá-los tanto nesses atuais dias porque a angústia que estão passando e passarão até o final do ano é muito grande!!! Eles que aguardem sofrendo e assistam a conquista do nosso BI Mundial FIFA!!
Alô você, Dauni!
Existe uma máxima que diz que o mais difícil não é ganhar, mas sim se manter entre os candidatos. O Inter tem se mantido entre os postulantes e isso é um bom indicativo, sinal que o caminho é esse. Mas por conta da precaução miremos o exemplo do São Paulo que, recentemente, se manteve no podium durante algum tempo e dá visíveis sinais de falta de fôlego.
SC
MELO
Grande Dauni, para mim as angústias e os quases do passado serviram de força extra para as glórias de agora. Quem passou pelos anos escuros Colorado, foi um guerreiro que não deve medo de ver o time em um momento de baixa, mas sempre acreditou que a hora da virada e títulos chegariam. Eu nunca desisti e sempre acreditei no meu Inter, mesmo sem nunca ter visto as glórias dos anos 70, jamais desisti nas duas décadas que se seguiram sem muito louvor.
O Colorado é uma paixão colada na pele, por isso nunca se separa da gente. Essa nova geração já é diferente, conhece as glórias das vitórias, mas não podem deixar de conhecer o passado, pois como vc disse, só assim poderemos planejar o futuro sempre melhor. VIVA O INTER!