Os ZAGUEIROS Colorados

Bem, mais um post lembrando alguns jogadores que marcaram a minha lembrança quando os vi jogar. No post anterior falei sobre GOLEADORES e a agora são os ZAGUEIROS. Certamente houveram outros grandes jogadores nesta posição, mas vou falar apenas de três ZAGUEIROS que para mim marcaram época. São eles:

Figueroa, xerife iluminado no primeiro título nacional

* Elías Ricardo Figueroa Brander, nasceu em 25 de  outubro de 1946 em Valparaíso  no Chile  e seu lema era : “A grande área é minha casa. Aqui só entra quem eu quero.”, usando  os cotovelos como arma para bloquear os “invasores”,que o digam Palhinha, Tarciso, dentre outros. Figueroa chegou ao Internacional em novembro de 1971, vindo do Peñarol do Uruguai, e era uma resposta do Inter a contratação de Ancheta pelo time da Azenha. No INTER, Figueroa fez 26 gols, sendo ao lado de Índio o zagueiro que mais fez gols. Foi hexacampeão gaúcho (71/72/73/74/75/76) e bicampeão brasileiro (1975/76). Disputou 17 Gre-Nais e perdeu apenas um. Nunca foi expulso ao longo de sua carreira, sendo técnico e ao mesmo tempo raçudo.

Pela seleção chilena disputou as Copas de 66, 74 (melhor zagueiro da Copa) e 82. Também foi considerado duas vezes melhor jogador do Mundo quando estava no Penharol , no Internacional duas vezes melhor central do mundo e duas vezes melhor central da América. Fez o gol da vitória por 1 x 0 sobre o Cruzeiro, na final do Brasileiro de 1975, nosso primeiro título nacional. Num cruzamento de Valdomiro, marcou de cabeça, lembro bem, estava na arquibancada inferior com meu pai e havia apenas um único raio de sol sobre o gramado do Beira-Rio vindo das janelas das cadeiras, e este ficou conhecido como “Gol iluminado”.

Jogou nos seguintes times:

Santiago Wanderes (1963), Unión La Calera (1964), Santiago Wanderes (1965/67), Peñarol (1967/71), Internacional (1971/77), Palestino (1977/79), Fort Lauderdale Strikers (1980)

Títulos:

Campeonato Uruguaio – Penharol (1967/68)
Campeonato Gaúcho – Internacional – 1971/72/73/74/75/76
Campeonato Brasileiro – Internacional – 1975/76

Prêmios – Bola de Prata (Placar): 1972, 1974, 1975 e 1976. Bola de Ouro (Placar): 1976.

Gamarra, ídolo Colorado nos anos 90

* Carlos Alberto Gamarra Pavón, mais conhecido como Gamarra, nasceu em Ypacaraí no Paraguai, em  em 1971 sendo considerado no seu pais como o melhor jogador de todos os tempos . Gamarra iniciou sua carreira no Cerro Portenho em 1991 e, em seguida, passou pelo Independiente, da Argentina, antes de retornar ao Cerro e ser campeão em 1992. Veio para o Inter em 1995 e ai que sua carreira realmente começou a deslanchar.

No Internacional, foi campeão gaúcho de 1997. Neste ano foi para o futebol europeu, jogar no Benfica, de Portugal. Sua passagem pela Europa não rendeu contratos com outros clubes europeus e ele resolveu voltar ao Brasil, indo para o Corinthians para ganhar mais títulos (Paulista 1999), quando se transferiu para o Atlético de Madri. Não deu certo novamente no futebol europeu retornando para o Flamengo. Depois do Flamengo mais uma tentativa na Europa, agora no AEK Atenas, sendo campeão da Copa da Grécia e alcançando finalmente seu objetivo, foi contratado pela Inter de Milão em 2002, onde jogou até 2005. Em 2006, retornou ao Brasil, agora pelo Palmeiras. Retornou mais uma vez ao futebol grego, jogando no Ethnikos Piraeus-AO Manis e encerrando sua carreira em 2007 no Olimpia

Sua consagração foi na Copa do Mundo de 1998, quando foi eleito o melhor zagueiro da Copa, pela sua capacidade técnica  e nos quatro jogos disputados pelo Paraguai não cometeu nenhuma falta. Na Copa do Mundo de 2006, Gamarra anunciou sua aposentadoria da Seleção Paraguaia.

Títulos

Campeonato Paraguaio – Cerro Porteño – 1992/94

Campeonato Gaúcho – Internacional – 1997

Campeonato Brasileiro – Corinthians – 1998

Campeonato Paulista – Corinthians – 1999

Campeonato Carioca – Flamengo – 2001

Taça Guanabara – Flamengo – 2001

Copa dos Campeões – Flamengo – 2001

Copa da Grécia – AEK Atenas – 2002

Copa da Itália – Inter de Milão – 2005

Ídolo Colorado e nacional

* Lucimar da Silva Ferreira, mais conhecido como Lúcio nasceu em Brasília em 1978. É um zagueiro  importante na seleção brasileira, por sua imposição física, arrancadas ao ataque e liderança.

Lúcio começou como atacante no Planaltina. Quando jogou contra o Inter, já pelo Guará, apesar de seu time ter sido goleado por 7 x 0, ele foi um dos destaques e foi contratado em 1997, ficando no Inter até 2000. Neste ano foi para o Bayern Leverkusen, ficando lá até 2004 e indo em 2004 para o Bayern de Munique, onde ficou até 2009.

Em 2009 transferiu-se para a Inter de Milão, onde foi destaque na conquista da Champions League, Série A italiana e Copa da Itália. Disputou as Copas de 2002, 2006 e 2010, sendo a partir de 2006 designado como capitão da equipe.

Títulos

Campeão Gaúcho – Internacional – 1997

Bundesliga – Bayern Munique – 2004 até 2008

DFB-Pokal – Bayern Munique – 2004 até 2008

DFB-LigaPokal – Bayern Munique – 2004 e 2007

Copa do Mundo FIFA – Brasil – 2002

Copa das Confederações – Brasil – 2005 e 2009

Série A Itália – Inter de Milão – 2009/10

Copa Itália – Inter de Milão – 2009/10

UEGA Champions League – Inter de Milão – 2009/10

Super Copa da Iália  – Inter de Milão – 2010

Prêmios

Bola de Prata – Placar: 2000

Melhor jogador da Bundesliga em 2001/02 e 2003/04

Marco Vinicio Barbosa Dutra
VAMO INTER !!!! VAMO INTER !!!! VAMO VAMO MEU INTER !!!

7 thoughts on “Os ZAGUEIROS Colorados

  1. Aureo,
    até nos comentários femininos mais exacerbados o Índio e o Figueroa são comparados. Um só não ganhou o título de mais belas pernas do brasileiro na década de 70 porque, é claro, um paulista (goleiro Leão) roubou no concurso. O outro tem umas panturrilhas, capaz de tirar o folêgo de qualquer uma. Mas eu que das arquibancadas coloradas vi o Figueroa jogando , vou confessar uma coisa. Que o Índio me desculpe, mas o chileno era MUITO jogador!

  2. Os três zagueiros citados são indiscutíveis, mas ao lado deles colocaria ORECO. Embora muito guri, cheguei a vê-lo jogar. Que zaguiraço. Ele fez parte daquele INTER de Teté, formava zaga ao lado de Florindo. Os mais antigos devem lembrar. Além dos vários títulos gaúchos ganhos pelo INTER, foi Campeão Panamericano pelo Brasil, em 1956 e Mundial Brasil em 1958 e/ ou 1962. Ficou na reserva porque lá na zaga estava o capitão Bellini. Nessa época ele já estava no Corinthians.
    Ele era tão bom que em todas as seleções do INTER de todos os tempos, a exemplo das edições do Centenário da Goool e Placar, ele aparece, ao lado de Figueroa, é claro.

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