O TRI pela frente!

Torcida ansiosa...
... mas sempre apoiando

Fora a dor nos rins, própria de quem tem já uma certa experiência, hoje só tenho uma perturbação mais forte: o clima no Beira-Rio.

Cada ano que começamos, cresce a expectativa de títulos e cresce minha visão particular das torcidas. Não vou dividir entre organizadas ou não. Vou pensar no Gigante lotado, cantando uma só música. Uma só voz capaz de fazer estremecer qualquer adversário, por mais forte que possa parecer.

Este clima é fundamental para que a equipe se sinta realmente em casa, que se agigante, que lute de verdade. Nós precisamos disso. Porém, sempre no início das grandes competições, temos um ar de desconfiança no Beira-Rio. Sim, as grandes derrotas nos fazem temer, tremer, mas não podem nos tirar o folego. E as divisões de canto não encantam. Ninguém entende nada e o clima fica tenso, e os passes não saem. Ainda que todos sejamos técnicos e que gostaríamos de ver o time diferente, ainda que tenhamos uma dor no estômago em função do final do ano passado, ainda que no Gauchão não tenhamos visto um time só, estruturado, fechado e forte, nós temos um time que está na Libertadores.

Nesta quarta-feira começamos tudo outra vez, temos o TRI pela frente e vamos em busca dele. O INTER precisa da torcida assim como a torcida precisa do INTER. É assim que tem que ser. Foi assim em 2006.

Adriana Paranhos – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
INTER, minha paixão verdadeira!

9 thoughts on “O TRI pela frente!

  1. Alô você!
    Cara Adri, muito obrigado pela oportunidade de me pronunciar a respeito do assunto. Houve um tempo em não tínhamos ambição e nem tampouco time para sequer encarar os “grandes” do futebol nacional. Talvez a exceção seja feita a 1967/68, com vice no Robertão (Competição Nacional da época) e 1974 quando o Palmeiras precisou de uma mãozinha do Sr Arnaldo Cesar Coelho para nos derrotar no Parque Antártica. Mas nesse último caso já se esboçava aquele que em breve se tornaria o primeiro grande time da era Beira-Rio. Naquele tempo a torcida chamava o Estádio de Gigante. Jogos com 70, 80 ou 90 mil de público não eram raros. Nesses tempos, nos dias de jogos, havia centenas ou, em alguns casos, milhares de bandeiras, quase todas do mesmo tamanho e se cantava: “CO-CO – COLORADO”, ou “COLORADO, FIU, FIU, FIU” (som dos assobios) ou até mesmo “OLÊ, OLÁ O COLORADO TÁ BOTANDO PRA QUEBRÁ”. A voz era uma só como tu dizes. Mas, atendendo a essa mania de imitar o que outros fazem (normalmente coisas ruins), iniciou-se um processo que hoje em alguns casos chega ao caso de profissionalização de torcidas. O “negócio” virou concorrência, quando deveríamos remar na mesma direção. Politizaram algumas torcidas e elas passaram a servir aos seus interesses sejam eles quais forem. Hoje, lamentavelmente podemos ler em redes sociais alguns pseudo-torcedores escreverem que torcem por suas torcidas, seus grupos em 1º lugar e depois para o time. Isso é um absurdo. Que saudade dos “Malditos da Coréia” que se recusavam a sair de lá daquele espaço desconfortável que era o mais barato e que Pinheiro Borda idealizou para a classe menos aquinhoada. Não saíam de lá mesmo que tivessem sido abertos os portões das sociais, mesmo que estivesse chovendo. Eles queriam ficar o mais próximo do time possível para que ouvissem seus incentivos e até xingamentos. ELES ERAM SÓ COLORADOS.

    1. Brilhante reflexão sobre a história recente do time e do relacionamento do time, do Clube com a torcida. Agora não posso deixar passar a piada……gostei muito do teu FIU FIU FIU…….hehehehe. Nolci

  2. Adriana
    Belo post! Tentamos trazer vários argentinos e até o Fossati para ganhar cara de time sul americano e aprender a jogar essa competição. Sem dúvida já aprendemos muito desde aquela tarde tirando fotos na Bombonera em uma simples Sul Americana 🙂
    Mas nossa torcida ainda está distante do comportamento da torcida de um Boca por exemplo! O dia que conseguirmos fechar esse ciclo seremos realmente diferenciados!
    Aureo

  3. Simone captaste bem o que havia em 2006, só acrescento que tínhamos um time batalhador, que buscava resultados como aquele contra o Pumas e que brigava dentro e fora de casa por cada centímetro quadrado de campo. Outra inquietação, além da que você comentou, era o estigma de Vice do Abel. Todos desconfiavam, mas o capitão Fernandão e seus companheiros passaram por cima de tudo isso e nos levaram à glória merecida e justa de Campeões da América e posteriormente do Mundo. O momento atual é diferente, temos impaciência e indignação com o que está acontecendo lá no Clube. Tomara que surja uma liderança dentro de campo, coisa que tem faltado na minha opinião. Em 2006 ainda tínhamos o Paixão que segura as pontas de alguns defeitos do Abel. Se houver um líder semelhante ao Fernandão ( ? ) talvez a Direção se atente ao que nós torcedores temos alertado em relação ao Roth.

  4. Essa perturbação, inquietação e ansiedade se dá porque entra ano e sai ano e o clube nunca está 100% certo daquilo que se esta fazendo. No ano passado entramos jogando mal com mil críticas ao Fossati e até fomos longe com ele (e um pouco de sorte, acho eu). Este ano o histórico de teimosia se repete e só mudou a mosca (Roth). Em 2006 não era inquietação, era insegurança, pois ainda não tínhamos ganho a competição. Quando fomos confiantes mesmo quebramos a cara (Libertadores 2007 e Mundial 2010). Espero que as coisas se aprumem com o passar dos jogos. As coincidências já começaram: desconfiança do time, Emelec….

  5. Falou tudo Adriana! A hora é de unir forças e afinar a garganta! Independentemente dos dissabores, temos que botar pra quebrar! É TRI da América pintando no Beira Rio!

    Abraços!

  6. É isso aí Adri, temos que mostrar a nossa força a cada adversário, mostrar que o Gigante tem dono, que o inferno é ensurdecedor e é aqui e que principalmente… A AMÉRICA É NOSSA E NINGUÉM TASCA!

    Rumo ao TRI e rumo ao APOIO AO TIME SEMPRE, 90 minutos de puro APOIO!

  7. Tenho a mesma preocupação. Já tive a oportunidade de escrever sobre a impaciência da torcida Colorada. Eu já vivi inúmeras fases do nosso INTERNACIONAL. Grande time dos anos 70, terror nos anos 80 e 90. Redenção nos anos 2000. Mesmo assim, o velho e ensurdecedor zum-zum-zum vindo das Sociais e das Cadeiras INCOMODA MUITO. Sei que o ambiente atual é explosivo, desde que perdemos em Abu Dhabi e, pior ainda, com a manutenção da Comissão Técnica e de alguns jogadores que não deram resultado em uma ou duas temporadas. Mas é o TRI da LIBERTADORES que está em jogo. Nossa torcida tem que ser NOSSA, com o perdão da redundância. Prestar serviço ao time adversário é um absurdo. Se tiver que haver alguma manifestação, que seja feita após o jogo, NUNCA DURANTE. Avante Nação Colorada….vamos empurrar nosso time do coração prá cima dos adversários. Nolci

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