Em tempos de tentar vender o Alecsandro e chamar todo jogador mediano de “craque”, eu pergunto: Um Andrezinho vale pouco mais do que 10% de um D”Alessandro ou um D”Alê vale quase 10 Andrezinhos? Aí eu também me pergunto? Quanto valeria hoje o Valdomiro?
Os madrilenos desembolsaram 25 milhões de euros pelo atacante Robinho, em 2005. Receberam quase o dobro ao vender o rei das pedaladas para o Manchester City, depois, por 40 milhões de euros. Alexandre Pato custou 20 milhões de euros ao Milan. Hoje, sabe-se lá quanto vale no mercado europeu. Olhando para o nosso quintal, Ramires, grande destaque do Cruzeiro, saiu de Minas por irrisórios 7,5 milhões de euros – irrisórios para os padrões milionários do Velho Continente, que fique claro. Fico até com dó se tocar no caso do Giuliano. Mas foi melhor pra ele: o Roth iria acabar com o valor de mercado do guri. É tanto dinheiro que rola por todo mundo, e quando digo mundo é no sentido literal mesmo, só fala disso. Com um Kaká, o Atlético praticamente pagaria toda a sua dívida, que beira os R$ 200 milhões! O Grêmio entraria no semestre com o condomínio de credores pago… Quem dera, né, Seu Odone!? E no embalo da Copa do Mundo no Brasil, a grana poderia bancar uma reforma na beira do rio guaíba para diversificar o investimento (as obras devem custar R$150 milhões) . E se sonhar não custa nada… se tivéssemos um Valdomiro pra vender hoje ? Iríamos é garantir noites mais tranquilas de sono para nosso tesoureiro,não é?
A propósito, como se calcula quanto vale um jogador de futebol? Quais os fatores que compõe o calculo?
– marketing: o quanto a imagem do jogador é valorizada, o que pode resultar em retorno com a venda de camisas e produtos a ele relacionados.
– Idade: O quanto jovem o atleta é para eventualmente poder no futuro lucrar com sua venda
– Competência: aqui entra e capacidade do atleta em executar em campo as funções próprias de sua posição com qualidade.
Em épocas de valores astronômicos, quanto valeria um jogador com esta biografia:
Valdomiro Vaz Franco
Contratado junto ao Comerciário, de Criciúma , em 1968 , Valdomiro foi muito criticado no início pela imprensa e torcida, entrava em campo e era vaiado. Mas era um incansável aprendiz e sua vontade e dedicação, viraram o jogo e assinaram seu nome na história dos maiores craques do Internacional.
Era veloz, dono de um potente chute, cruzava com efeito, além de ser dedicado na marcação. Exímio cobrador de escanteios, Valdomiro era praticamente mortal nas cobranças de falta. Valdomiro é o único jogador Octacampeão Gaúcho, um feito jamais igualado no futebol do Rio Grande do Sul.
Pela Seleção Brasileira, Valdomiro foi titular na Copa da Alemanha em 1974. Após encerrar a carreira, Valdomiro ganhou uma placa no estádio, como atleta-símbolo do vitorioso período da década de 1970. Embora não exista uma estatística oficial, ele é o jogador com maior número de partidas pelo clube, mais de 800 jogos em 14 anos no Internacional. Tem coisas que não tem preço,para todas as outras existe o Internacional!
INTER CONTRA OS JAGUARAS: Não gostei do time do Roth. De positivo mesmo só o BOMllati que não vai sair mais do time. Não pelos gols,mas sim pelo futebol apresentado até então. Esse sim,parece espetacular. O Guiñazu como meia é um vexame. Além de perdemos o mordedor do meio,ainda ficamos sem um meia de chegada na frente. Naquele formato, o BOMllati devia ficar no lugar do Mathias,o Guina no lugar do BOMllati e Andrézinho (ou Oscar) no lugar do Guina. Devemos saber jogar sem o D”Alessandro pois nem sempre ele estará apto. E porquê o Rodrigo não joga? Vai pegar ritmo sentado no banco? Na frente tá certo,o Cavenaghi precisa de tempo mas o Damião deve ficar centralizado. O adversário era fraco,como todos no grupo. Nada mais natural vencer todas as partidas (a mais complicada estavamos bem e escapou a vitória aos 49). O jeito é impor padrão no time (já que o Roth deve ficar mesmo). E isso se só tem jogando. Mas como fazer se o clube não tem jogos para os próximos dias?
Beijocas…
Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
Que saudades do Valdomiro!!!
Simone… ácho que o Inter mais próximo do ideal seria: Lauro, Nei,Bolivar,Rodrigo,Kleber,GOLatti,Guiñazu,Tinga,D’Alessandro,CaveGOL e DamiGOL. Ainda temos as reposições como Índio,Rodrigo Moledo,Mathias,Oscar,Sóbis e Zé Roberto. Para o Brasileirão os 4 gringos vão ser muito atuantes (tanto como o Sobis,Mathias,Glaydson,Zé Roberto e Oscar) pois tem muita lesão, convocação e cartão….abraços.
O Valdomiro é uma jóia rara.
Muito bem lembrado por ti.
Simone,
Tive o privilégio de acompanhar toda a carreira do Valdomiro.
Não vi até hoje jogador que cruzasse tão bem da linha de fundo como ele. O Jairzinho, o furacão da copa de 1970, disse em 1974, quando Valdomiro foi ponteiro direito da seleção: “Com seus cruzamentos, o Valdomiro consagra qualquer centroavante”.
Suas cobranças de falta, também eram mortais. Só para exemplificar: O levantamento na área, e consequente gol do Figueroa de cabeça em 75 foi obra sua. Assim como os dois gols do Bi Brasileiro em 1976, sairam de seus pés, justamente com cobrança de faltas.
Além de ser decisivo no OCTA, como referiste, participou dos 3 títulos brasileiros conquistados pelo INTER.
Nunca esqueço num Grenal, em 1978 lá no Olímpico, eles ganhavam de 1×0, comemoravam, pois bastava o empate para serem campeões. Mas, esqueceram que o INTER tinha o Valdomiro, o qual virou o jogo com 2 gols seus e deu-nos o título.
Hoje, seu valor seria inestimável, mas, não deves esquecer que a figura do ponteiro direito foi abandonada. Só se fala em alas que apoiam ou jogadores que caiam para a direita para fazer a jogada, qye antes era do ponteiro.
É, os tempos são outros. Muito defensivismo e pouca ação no ataque. Nosso técnico que o diga.
Um abraço
Heleno
Cara Simone, quanto aos teus comentários, apenas uma ressalva: acredito que apesar da superioridade técnica indiscutível do Inter, esse time mexicano me surpreendeu belo bom toque de bola e capacidade de marcação, vai ser difícil enfrenta-los no México. Aliás, temos que parar de achar que não existe futebol fora dos países “convencionais”. Concordo com a tua escalação sugerida, apesar de enxergar uma evolução no “espetacular” este ano ( pior que estava, também ia ser difícil). Saudações vermelhas.